tag:blogger.com,1999:blog-47733794690240712382024-03-13T17:16:47.080-03:00De olho no cinemaUm belo dia, resolvi escrever sobre os filmes que eu via, para não esquecer. Gostei dos meus textos e comecei a enviar para os amigos. Então, decidi criar o blog "De Olho no Cinema", onde escrevo sobre filmes, que não são necessariamente recentes. Eles têm a minha cara, neles coloco muito de mim, de meus sentimentos e de minha vida. Espero que você leia e goste.Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.comBlogger473125tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-46046551497419063322016-08-10T18:35:00.001-03:002016-08-10T18:35:10.626-03:00Negóçio das Arábias<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Negócio das Arábias é um velho ditado que tem seu fundo de verdade. Como bom funcionário da Reynold's, Alan Clay tentava fechar esse negócio com o rei da Arábia Saudita. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O filme é tocante simplesmente pela presença de Tom Hanks. Ninguém seria tão perfeito para encarnar o homem comum, insatisfeito consigo mesmo, em busca de um novo sentido para a vida. A narrativa é marcada pelas inúmeras vezes que o personagem acorda tarde, bebe demais, dorme além da conta , e precisa - de última hora - alugar um carro com motorista.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se o produto que a Reynold's desejava vender aos árabes, exigia wi-fi e ar condicionado, nada funcionava. Para completar as desventuras do personagem, surge um caroço em suas costas, o que termina afetando o íntimo de seu ser. A insegurança o desestabiliza. Frágil e incapaz, não consegue resolver com simplicidade os problemas cotidianos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até o dia em que seu olhar bate com a visão da médica que revolucionará sua vida. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não é chavão! O amor é lindo! Provoca mudanças! Produz maravilhas!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo muda, Alan muda e as transformações são inimagináveis! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem nos dera, simples mortais, sermos flexados pelo Cupido, que nem Alan! Quem nos dera, vivenciarmos o paraíso, como Alan e sua médica, prescrutando o fundo do mar azul das Arábias!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se os chineses abocanharam as propostas e o grande negócio de realidade virtual, quem de fato, fez um Negócio das Arábias foi Alan Clay!</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-17852832677151235442016-07-10T12:34:00.005-03:002016-07-11T17:20:55.559-03:00Julieta<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Almodóvar é imbatível! Não há como não amá-lo! Ninguém faz melhor um dramalhão!</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas cá para nós, eu esperava uma daquelas histórias incríveis que ninguém conseguiria imaginar como "Tudo por minha mãe"!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O drama de Almodóvar conta a história de Julieta, uma mulher que se apaixona por um pescador, muda de vida e tem uma filha com ele. Ironia do destino, um dia o mar leva seu grande amor. A filha, uma adolescente imatura e desequilibrada culpa a mãe pela desgraça! Acabou minha paciência com essas maluquinhas! Ainda mais quando buscam refúgio em religiões alternativas, tipo Santo Dai-me!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Almodóvar destaca a relação entre mãe e filha, o drama da mãe, que se sente culpada por não ter educado melhor sua filha! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas qual mãe ou pai que não se tortura por isso? Esse sentimento até é explorado em propagandas de carro na TV! Quando o pai, depois que o filho compra um carrão se penitencia por não ter-lhe dedicado um tempo maior. O filho responde : pai aqui está a tua segunda chance, minha mulher está grávida!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enfim , as duas atrizes que fazem Julieta são muito bonitas. Mas a Julieta jovem é perfeita! Linda de morrer!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ingrata mesmo, é a filha de Julieta, pune a mãe por mais de 12 anos, simplesmente desaparece! E a mãe sofre demais! Nada podia funcionar em sua vida sem a presença da filha! Estava certa ela! Nenhuma de nós gostaria de passar por essa experiência!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Engraçado, Almodóvar fala com conhecimento de causa sobre homossexualismo masculino, mas sobre o feminino apenas insinua. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entendi que a filha tinha se apaixonado pela colega de escola, não conseguindo superar seus conflitos, refugia-se na religião e pune a mãe porque esta teria discutido com o pai, justamente antes dele entrar no mar e ser surprendido pela tempestade!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Muito engraçada e genial é a empregada, com aquele narigão! Uma fofoqueira de marca maior! A atriz é ótima!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enfim, não perca mais um Almodóvar e descubra que ainda existem homens que podem ser os maridos ideais mas que as mulheres não conseguem enxergar! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-33558740535609154182016-07-10T12:34:00.004-03:002016-07-10T12:39:17.829-03:00Julieta<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Almodóvar é imbatível! Não há como não amá-lo! Ninguém faz melhor um dramalhão!</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas cá para nós, eu espera uma daquelas histórias incríveis, que nenhum de nós conseguiria imaginar como "Tudo por minha mãe"!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O drama de Almodóvar conta a história de Julieta, uma mulher que se apaixona por um pescador, muda de vida e tem uma filha com ele. Ironia do destino, um dia o mar leva seu grande amor. A filha, uma adolescente imatura e desequilibrada culpa a mãe pela desgraça! Acabou minha paciência com estas louquinhas! Ainda mais quando elas buscam refúgio em religiões alternativas, tipo Santo Dai-me!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Desta vez, Almodóvar destaca a relação entre mãe e filha, o drama da mãe, que se sente culpada por não ter educado melhor sua filha! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas qual mãe ou pai que não se tortura por isso? Esse sentimento até é explorado em propagandas de carro na TV! Quando o pai, depois que o filho compra um carrão se penitencia por não ter-lhe dedicado um tempo maior. Este responde : pai aqui está a tua segunda chance, minha mulher está grávida!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enfim , as duas atrizes que fazem Julieta são muito bonitas. Mas a Julieta jovem é perfeita! Linda de morrer!</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Filha ingrata mesmo, é a filha de Julieta, pune a mãe por mais de 12 anos, simplesmente desaparece! E a mãe sofre demais! Nada podia funcionar em sua vida sem a presença da filha! Estava certa ela! Nenhuma de nós gostaria de passar por essa experiência!</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Engraçado, Almodóvar fala com conhecimento de causa sobre homossexualismo masculino, mas sobre o feminino apenas insinua. Entendi que a filha tinha se apaixonado pela colega de escola, não conseguindo superar seus conflitos, refugia-se na religião e pune a mãe porque esta teria discutido com a pai, justamente antes dele entrar no mar para pescar e ser surprteendido pela tempestade!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Muito engraçada e genial é a empregada, com aquele narigão! Uma fofoqueira de marca maior! A atriz é ótima!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enfim, não perca mais um Almodóvar e descubra que ainda existem homens que podem ser os maridos ideais mas que as mulheres não conseguem enxergar! </span></div>
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Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-61280969753578234562016-07-10T12:34:00.002-03:002016-07-10T12:34:45.984-03:00JulietaAlmodóvar é imbatível! Não há como não amá-lo! Ninguém faz melhor um dramalhão!<br />
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Mas cá para nós, eu espera uma daquelas histórias incríveis, que nenhum de nós conseguiria imaginar como "Tudo por minha mãe"!</div>
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O drama de Almodóvar conta a história de Julieta, uma mulher que se apaixona por um pescador, muda de vida e tem uma filha com ele. Ironia do destino, um dia o mar leva seu grande amor. A filha, uma adolescente imatura e desequilibrada culpa a mãe pela desgraça! Acabou minha paciência com estas louquinhas! Ainda mais quando elas buscam refúgio em religiões alternativas, tipo Santo Dai-me!</div>
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Desta vez, Almodóvar destaca a relação entre mãe e filha, o drama da mãe, que se sente culpada por não ter educado melhor sua filha! </div>
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Mas qual mãe ou pai que não se tortura por isso? Esse sentimento até é explorado em propagandas de carro na TV! Quando o pai, depois que o filho compra um carrão se penitencia por não ter lhe dedicado um tempo maior. Este responde : pai aqui está a tua segunda chance, minha mulher está grávida!</div>
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Enfim , as duas atrizes que fazem Julieta são muito bonitas. Mas a Julieta jovem é perfeita! Linda de morrer!</div>
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Filha ingrata mesmo, é a filha de Julieta, pune a mãe por mais de 12 anos, simplesmente desaparece! E a mãe sofre demais! Nada podia funcionar em sua vida sem a presença da filha! Estava certa ela! Nenhuma de nós gostaria de passar por essa experiência!</div>
<div style="text-align: justify;">
Engraçado, Almodóvar fala com conhecimento de causa sobre homossexualismo masculino, mas sobre o feminino apenas insinua. Entendi que a filha tinha se apaixonado pela colega de escola, não conseguindo superar seus conflitos, refugia-se na religião e pune a mãe porque esta teria discutido com a pai, justamente antes dele entrar no mar para pescar e ser surprteendido por uma tempestade!<br />
Mudo engraçada e genial é empregada com aquele narigão! Uma fofoqueira de marca maior! A atriz é ótima!<br />
Enfim, não perca mais um Almodóvar e descubra que ainda existem homena que podem ser os marridos ideias mas que as mulheres não conseguem enxergar! </div>
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Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-80467850186778573822016-07-10T11:31:00.003-03:002016-07-10T11:34:33.198-03:00Big Jato<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O filme é baseado no livro do poeta Xico de Sá e conta sua vida na cidadezinha do interior, Peixe de Pedra. Adorei, embora o diretor Claudio de Assis tenha carregado nos palavrões! Marinalva é fichinha perto de Francisco, pai de Xico. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Como a história é a visão do poeta, dá para entender o vocabulário, que tenta ser do povão, mas tem muito de erudito. A cada fala surgem palavras sofisticadas e um montão de ditados com filosofia de vida! Matheus Nachtergaele, o pai, puxa do português para surpreender o espectador. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- "A curiosidade mata a coragem! "</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E, na boleia do caminhão que desentupia fossa com um Big Jato, canta para o filho:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- "A curva é que dá sentido na estrada, a reta tem nada a ver na caminhada!"</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nachtergale faz dois papéis, do pai e do tio Nelson. Mas é um pai patrão, preconceituoso, que bate no filho e não aceita a sua vocação para a poesia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O tio Nestor pode ter influenciado o menino, não parava de falar nos Beatles. Na falta destes, os Betos serviam e cantavam sem parar na Rádio Ororubá! Inventava mil e uma histórias divertidas!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O garoto que faz Xico de Sá ( Rafael Nicácio) é muito bom! Uma graça com aqueles óculos de aros grossos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O personagem torna-se universal, muita gente tem ou teve familiares alcoólatras, como Francisco. Da mesma forma que nosso herói, apanharam de vara de marmelo e comeram o pão que o diabo amassou! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Existem muitos Xicos que um dia decidiram abandonar aquela mesquinha cidadezinha do interior. Ficaram desgarrados e sem pátria. Para eles o melhor é não voltar nunca mais!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">De qualquer forma Peixe de Pedra nunca abandonou o poeta. O próprio nome do lugar confirma, foi lá que sua consciência permaneceu petrificada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se, para o menino foi duro trabalhar sentindo o cheiro de merda o dia inteiro, dá para entender sua fascinação pelo perfume!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente, o poeta faz a escolha certa: opta pelo perfume!</span></div>
<br />Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-61560909594914737772016-07-10T11:31:00.002-03:002016-07-10T11:33:51.900-03:00Big Jato<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O filme é baseado no livro do poeta Xico de Sá e conta sua vida na cidadezinha do interior, Peixe de Pedra. Adorei, embora o diretor Claudio de Assis tenha carregado nos palavrões! Marinalva é fichinha perto de Francisco, pai de Xico. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Como a história é a visão do poeta, dá para entender o vocabulário, que tenta ser do povão, mas tem muito de erudito. A cada fala surgem palavras sofisticadas e um montão de ditados com filosofia de vida! Matheus Nachtergaele, o pai, puxa do português para surpreender o espectador. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- "A curiosidade mata a coragem! "</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E, na boleia do caminhão que desentupia fossa com um Big Jato, canta para o filho:</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- "A curva é que dá sentido na estrada, a reta tem nada a ver na caminhada!"</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nachtergale faz dois papéis, do pai e do tio Nelson. Mas é um pai patrão, preconceituoso, que bate no filho e não aceita a sua vocação para a poesia.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O tio Nestor pode ter influenciado o menino, não parava de falar nos Beatles. Na falta destes, os Betos serviam e cantavam sem parar na Rádio Ororubá! Inventava mil e uma histórias divertidas!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O garoto que faz Xico de Sá ( Rafael Nicácio) é muito bom! Uma graça com aqueles óculos de aros grossos.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O personagem torna-se universal, muita gente tem ou teve familiares alcoólatras, como Francisco. Da mesma forma que nosso herói, apanharam de vara de marmelo e comeram o pão que o diabo amassou! </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Existem muitos Xicos que um dia decidiram abandonar aquela mesquinha cidadezinha do interior. Ficaram desgarrados e sem pátria. Para eles o melhor é não voltar nunca mais!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">De qualquer forma Peixe de Pedra nunca abandonou o poeta. O próprio nome do lugar confirma, foi lá que sua consciência permaneceu petrificada.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se, para o menino foi duro trabalhar sentindo o cheiro de merda o dia inteiro, dá para entender sua fascinação pelo perfume!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente, o poeta faz a escolha certa: opta pelo perfume!</span><br />
<br />Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-61154195811903470672016-04-16T11:47:00.002-03:002016-04-16T11:53:43.351-03:00A senhora da van<div style="text-align: justify;">
Fui assistir à comédia dramática, "A senhora da van". Tinha certeza que ía gostar muito, enfim Ms. Sheperd apesar de excêntrica, não era tão simpática…</div>
<div style="text-align: justify;">
A ideia do filme é boa, trata-se de uma relação que durou 15 anos, entre um escritor e uma senhora, que morava numa van.<br />
Em um bairro de Londres, o escritor tentava resolver seus próprios conflitos. Até por isso, ele o autor , era duplo, como a personagem Marinalva, do meu blog Marinalvamaisdezessete, que tem mais de dezessete Marinalvas, falando ao mesmo tempo, dentro dela.<br />
No filme eram dois, um que vivia e o outro que escrevia. O que vivia era o tipo de pessoa folgada. Não fazia nada e sentia o maior prazer em criticar o seu outro. Os dois eram iguais, como um par de vasos. O diretor, sutilmente permite que eles se alternem, um e outro surge com o colarinho aberto, como que a sinalizar que naquele dia estaria menos ferino nas críticas ao seu gêmeo.<br />
Ms. Sheperd, por sua vez, como toda idosa, fazia chantagem emocional, gritava para quem quisesse ouvir que ela era muito doente, que estava à beira da morte! Buscava satisfazer o próprio interesse, que lhe ajudassem a empurrar a van, que lhe permitissem estacionar defronte a alguma garagem. Enfim - dentro das limitações de vida de uma idosa que vive dentro de uma van - ela desejava o melhor para si…Ranzinza, permaneceu indiferente e nunca quis saber quantos minutos de seu precioso tempo o autor dedicou a ela.<br />
Este por sua vez, tinha uma certa fascinação pela velhinha. Se a própria mãe ele cuidava quase por obrigação, permitia que Ms. Sheperd avançasse os limites e invadisse sua privacidade. Ela morava na vaga externa da garagem de nosso duplo e usava o seu banheiro sempre que estava apertada! Fora a quantidade de lixo que produzia e jogava em torno da van! Para espanto do autor e seu duplo, os cocôs da velha senhora saltavam a mais de 1 km. de distância!<br />
Ms. Sheperd não teve uma vida fácil. Mas isso aí de vida fácil não existe hoje em dia! Pena da idosa, isso, acho que alguém na plateia deve ter sentido, quem sabe…<br />
Enfim, o autor que descobria a si mesmo discutindo e enfrentando seu duplo, com certeza estava resolvendo seus conflitos e "A senhora da Van", com certeza lhe ajudou na empreitada. Pois, como ele mesmo dizia: "Você não se coloca naquilo que escreve, você se encontra!" </div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-52937436922976511312016-04-09T16:22:00.001-03:002016-04-09T16:40:19.009-03:00Cemitério do Esplendor<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Cemitério do Esplendor mostra o lado místico e pobre da Tailândia. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O diretor Apichatpong Weerasthakul fala de pobreza e da irresponsabilidade do ditador. Era dele a foto na sala enorme , sem mobiliário? O diretor, imagino, tinha quase nada de recursos para fazer o filme, tipo uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Tudo o que envolve a história é um verdadeiro drama sem solução. Soldados sofrem da doença do sono e dormem, sem a menor possibilidade de cura. O filme fala sobre o tempo, a exasperação de um tempo perdido. Por isso a cena do dormitório coletivo, somente o ruído dos ventiladores girando, num movimento perpétuo. Quando os irmãos Wright inventaram o cinema, o fizeram passando vinte e quatro quadros por segundo. Apichatpong, tentando passar a ideia da relatividade do tempo, exagera, a câmera literalmente pára em determinadas cenas, tudo permane imóvel por mais de 30 segundos! Quem suporta tanta exasperação de um tempo que não passa?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Acho que ele escolheu a Jenjira Pongpas - que fazia o papel da enfermeira voluntária - porque de fato ela tinha uma perna mais curta que a outra?… Enfim, Jenjira sente-se atraída pelo soldado adormecido, Itt ( Banlop Lomnoi) - que lá pelas tantas acorda e novamente cai dormindo. C</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">onsegue comunicar-se com ele, através da vidente que lambe a sua perna deformada, num misto de erotismo e comportamento canino! </span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">- dai-me paciência! -</span><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"> </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Lembrei que a enfermeira o chamava de meu cachorrinho! Enfim, q</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">uando fala de sexo, novamente Apichatpong provoca mal estar e desassossego...</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-3385951154371226052016-04-09T15:51:00.001-03:002016-04-09T15:55:41.891-03:00Entre Gigantes<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se você puder alugue o filme, já saiu de cartaz! Mesmo assim aqui vai um comentário!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Embora não tenha concorrido ao Oscar "Entre Gigantes" é um belo filme que conta uma história verdadeira. O médico legista Dr. Omalu Bennet trabalha em autópsias. Quando é contestado na justiça por ter descoberto a ETC, uma doença causada por choques violentos em lutas de box americano, discorre com tal fluência sobre suas especialidades médicas que encanta a plateia do filme e do cinema. Will Smith está muito bom como o médico legista. Como todo imigrante, o Dr. Bennet achava que o sonho americano existia de verdade. Só não conseguia acreditar que na América alguém pudesse posicionar-se contra a ciência. Que nem Galileu e Copérnico, é pressionado pela poderosa NFL, a desmentir suas descobertas. Além de telefonemas ameaçadores, sua família é intimidada. Afinal, como um imigrante africano teria a coragem de dizer que a Liga da NFL não dá a mínima para os problemas de saúde que acometem ex-jogadores? Médicos conceituados estudam os casos que levam à ex-jogadores à morte precoce. Justificam com Alzheimer, depressão ou demência aos 50 anos! A doença é negada por antecipação no país que mais ama o seu futebol de porradas e pancadas na cabeça. Dr. Omalu explica que se o pica-pau suporta bater a cabeça num tronco de árvore, o cerébro humano não possui o mesmo tipo de proteção, está apenas envolvido por um líquido protetor. Assistir a esta história de um homem que se preocupa com sua contribuição médica para o futuro da humanidade é uma benção!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Lamentavelmente assistimos às artimanhas e aos desmandos do FBI.. Teriam algumas coisa em comum FBI e Lava Jato? Estariam acima de tudo e de todos?</span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-4531557255320443852016-02-20T17:43:00.001-02:002016-02-25T17:03:42.454-03:00O Regresso<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Precisei assistir duas vezes a O Regresso. Conclusão, realmente o filme do mexicano Alejandro González Iñarritu é muito bom. Em um primeiro momento poderíamos pensar que narra apenas o retorno doloroso do personagem Glass, sem grandes conflitos. Não é verdade, O Regresso mostra os limites de resistência do ser humano em luta pela vida e pela dignidade. O Regresso conta a história verdadeira de Hugh Glass, um caçador de peles, que foi abandonado semi morto por seu companheiro de aventuras John Fitzgerald (Tom Hardy). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O diretor escolheu um cenário belíssimo, gélido e da mais difícil sobrevivência. Leonardo DiCaprio foi submetido às mais dolorosas condições de trabalho. A temperatura atingia verdadeiros 40 graus abaixo de zero. A paisagem do Alaska é fascinante e assustadora. A história é verdadeira e se baseia em um romance de Michael Punke. Em 1823, no Velho Oeste, uma expedição do exército deve caçar e carregar peles. Glass faz parte do grupo, juntamente com o filho Hawk ( Forrest Googluck). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Desde o início estão presentes as ideias de companheirismo, amor paterno, compaixão, e generosidade ou sua ausência completa. O personagem de Tom Hardy mostra esta última em sua incapacidade de partilhar a vida, dominado pela enormidade do mal, alguém capaz de matar sem jamais sentir remorso. Temos também, o medo da morte, desejo de vingança e instinto de sobrevivência.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">De início Fitzgerald mostra a que veio, provoca Glass, afirmando que seu filho índio é um selvagem, que não merece consideração. Logo, logo, vem a luta pela sobrevivência quando Glass é atacado pela ursa. O animal era uma fêmea, cuidava de dois filhotes. O ataque é violento e foi uma das poucas cenas criadas pelos realizadores, sem enfrentamento direto com a natureza. Quando DiCaprio está com o rosto, face a face, com o monstro recebe uma lambida, a ursa prova o seu </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">sangue. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ataca uma vez, pára, volta uma segunda vez e na terceira leva o tiro e as facadas.</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente, cai sobre o corpo dilacerado do caçador.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O sofrimento do personagem está apenas iniciando, o grupo é liderado por um homem integro, mas frágil, (Domhnall Gleeson), que decide deixar dois homens acompanhando Glass em seus momentos finais. Os exploradores estão seguros que ele sobreviverá apenas algumas horas. O ato criminoso de Fitzgerald é quase inacreditável, intimida o jovem companheiro Bridger (Will Poulter), abre uma cova para enterrar Glass, ainda vivo, não satisfeito dá uma punhalada mortal em seu filho. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assim, o sofrimento do herói é quase insuportável, impotente , assiste à morte do próprio filho, e tal qual uma Phenix, renasce, cheio de ódio e desejo de vingança. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não é somente Glass que sabe e conhece o medo de seu inimigo Fitzgerald. Coberto de experiência ele sabe que renasceu das cinzas, que morreu uma vez, deixou de temer a morte e vai cumprir seu desejo de vingança. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Bonito no filme é a trajetória do herói, em seu renascimento. Cruza com personagens diversos que lhe dão lições de vida como índio, que lhe ensina que a vingança deve permanecer nas mãos de Deus.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assista a este belíssimo filme e torça para que Leonardo DiCaprio ganhe seu merecido Oscar!</span><br />
<br /></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-1145742178570999462016-02-07T17:55:00.001-02:002016-02-07T17:55:43.658-02:00O Filho de Saul<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Filho de Saul é um filme sobre o Holocausto. Aliás é o mais doloroso que existe sobre o tema. O diretor não permite dois minutos de descanso para o espectador. Do início ao fim , o horror está escancarado na tela. Se cada um pode interpretar à sua maneira, entendo que Saul assiste abismado, ao assassinato de um menino, que se transforma em sua razão de viver e lutar. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fazia parte do grupo de judeus que era obrigado a participar da matança de seu povo, nos campos de concentração. Deveriam juntar cadáveres, roupas, pertences e partes dos corpos que sobravam após as dissecações. Tudo deveria ser incinerado. Não havia espaço para tantos corpos. Sempre chegava mais um caminhão cheio de judeus. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estas são as cenas que tomam conta do filme em seus 120 minutos de duração aproximadamente. O espectador jura que não vai suportar assistir à tanta violência, olha no relógio, o tempo todo. Mas o tempo pára!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Saul tenta esconder o corpo do menino para dar-lhe um enterro digno. Ali, ninguém era enterrado! Todos os pedaços de corpos nus eram cremados… O menino transforma-se no Filho de Saul, que pateticamente mantém e jamais se afastará de sua missão nesta vida de sofrimento, enterrar seu filho…. </span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-48274759484157538082016-02-07T17:26:00.001-02:002016-02-07T17:35:26.657-02:00Trumbo: Lista Negra<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Dalton Trumbo revive o período da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, quando os americanos iniciaram uma perseguição aos comunistas. Os adeptos do macartismo, fizeram alegações injustas e tentaram restringir qualquer crítica ao capitalismo. Atores famosos como John Wayne ou a jornalista Hedda Hopper fizeram uma campanha difamatória que atingiu gente importante. Esse período de caça às bruxas permitiu que profissionais de renome, geniais e talentosos fossem impedidos de trabalhar. Muitos foram para a prisão, outros permaneceram nessa situação por muitos anos, e outros até cometeram o suicídio. O macartismo faz referência ao Senador McCarthy, que liderou a patrulha anticomunista em Wisconsin. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em Hollywood, atores, diretores e roteiristas que tivessem simpatia pelo comunismo eram considerados traidores. Daltron Trumbo era um deles. Negou-se a cooperar com o Comitê de Atividades Antiamericanas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O filme é interpretado por Brian Cranston - o ator da série Breaking Bed -, que está ótimo como o roteirista que não pára de trabalhar!</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esta característica de Trumbo, esta necessidade de trabalhar é impressionante! Acho até que o magnetismo do personagem deve-se a esse fato. No que se refere ao desejo de produzir, ele e o Luiz Carlos Merten são parecidos, com a diferença que Trumbo bebia e fumava enquanto batia naquela máquina de escrever e ainda tomava benzedrina! Afinal, com tantos problemas...</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O filme é baseado no livro sobre a vida de Dalton Trumbo, revela detalhes de sua vida. Para o espectador o genial é descobrir a trajetória do roteirista, alguém que simplesmente não desiste. Ele nunca deixou de criar, conseguiu fazer de sua família, um time. Amigos assinaram seus trabalhos e ainda ganharam dois Oscars por ele. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Gostei de aprender alguma coisa a mais sobre Hollywood, por exemplo, sobre o empenho de John Wayne e Hedda Hopper - dois odiados - que fizeram de tudo para perseguir seus colegas. Isso - eu sempre ouvI - que John Wayne era um reacionário, mas que no cinema era um gentleman, respeitava as mulheres. De que adiantou esta imagem de bom moço? O que fazia na vida real, poderia cobrir quem quer que fosse de vergonha. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Guardadas algumas diferenças, no Brasil da ditadura, quando cheguei na arquitetura da Ufrgs, os melhores professores tinham sido expurgados, delatados que foram por seus colegas. Muitas disciplinas não eram ministradas - Planejamento Urbano, por exemplo - Não sabiam o que fazer sem o meu querido professor Demétrio Ribeiro...</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Posso ter gostado em geral do filme, por esclarecer muita coisa sobre Hollywood e valorizar a genialidade de Trumbo. Mas, duas coisas são imperdoáveis em Jay Roach, o diretor, a escolha dos atores que encarnaram John Wayne e Kirk Douglas. Credo! </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">David James Elliott estava um fracasso como John Wayne, tão ruim quanto Anthony Hopkins tentando interpretar Alfred Hitchcock. Dean O'Goorman não estava melhor como Kirk Douglas. Acho que Roach subestimou o espectador. Afinal interpretando Spartacus ou falando por si mesmo, Kirk Douglas era um verdadeiro charme! E carisma não lhe faltava, como do diretor não percebeu?</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente, se não faltou perseverança a Trumbo, ressalta-se a sua luta, em busca de trabalho. Lamentavelmente muita coisa foi omitida, por exemplo, as razões que levaram Trumbo, - antes do início da narrativa do filme - a delatar pessoas que lhe enviaram cartas solicitando uma cópia de seu livro Jonny Vai à Guerra, quando ele suspendeu a sua reimpressão. Nazistas estariam interessados e Trumbo os delatou ao FBI. A história é bem mais complicada…</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Passado o tempo, os motivos persecutórios caíram de maduros. Trumbo teve seu nome reconhecido, com o apoio de Otto Preminger e Kirk Douglas. Juntamente como outros nove diretores e roteiristas, ele integrava a Lista Negra de Hollywood, que levou-o à prisão por nove meses. </span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-39041803959269586582016-01-26T18:09:00.003-02:002016-01-29T17:31:32.519-02:00Carol<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Carol é um filme feminino e delicado. Conta uma história de amor entre duas mulheres. Nesta questão sexual, principalmente, a luta está longe de terminar. L</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">embro o quanto nossas avós precisaram batalhar para conquistar a liberdade.</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> O filme se passa nos anos 50, tempo em que o homossexualismo era considerado doença. Por falar em liberdade feminina, sempre que vejo uma mulher com vestido comprido até o tornozelo, me parece que ela está indo na contra mão de tudo, de todas as razões pelas quais nossas bisas lutaram. Certo, eu poderia pensar que usar vestidos longos também é uma conquista libertária, mas não. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O filme é belíssimo, as duas mulheres são lindas, diferentes uma da outra, talvez por isso, se completam. Carol Aird (Cate Blanchett) é uma mulher rica, elegante, poderosa e dominante, para ela dinheiro não é problema. Difícil sim, é suportar a presença do marido, </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Harge Aird (Kyle Chandler),</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- de quem está se separando - e da sogra. Therèse Belivet (Roney Mara) é mignon, lembra Audrey Hepburg, com um rostinho pequenino e olhos de bichinho de estimação, uma graça. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A caracterização da família do esposo rejeitado, é perfeita, os Aird são o protótipo do conservadorismo, nos Estados Unidos. Com certeza pertenceriam ao Partido Republicano, se fosse no Brasil seriam simpáticos à TFP, quem sabe...Tudo isso transparece nos assuntos à mesa. Flagrada pelo marido, Carol deve submeter-se às imposições da família, almoçar com o sogro e a sogra, ter as visitas à filha monitoradas e prestar contas de seu tratamento com o psiquiatra. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O filme mostra a evolução da relação entre as personagens, até o momento em que precisam se separar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O guarda roupa de Carol é sofisticado, circulam em ambientes glamourosos, desfila terninhos, casaco de pele, chapéus e casacões godê. A mim parece que Carol representa uma burguesia endinheirada, nada simpática aos olhos do público. Mas quem se importa com isso, quem detesta por tabela mulheres que usam casaco de pele?- eu, por exemplo! levantaria timidamente a mão. Mas não é esta a questão que o diretor Todd Haynes coloca, e sim o direito que Carol e Thèrese possuem, de fazer o que quiserem com seus corpos. Para Hynes, isso é o que realmente interessa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Fique atento à coragem da personagem quando decide rejeitar as imposições de uma sociedade hipócrita e conservadora. Escandaliza a todos quando afirma que não deseja mais a guarda da filha, que é preciso dar uma basta em tudo aquilo e que não pretende negar suas inclinações. Eis aí o recado do diretor. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente observe a beleza do filme, das roupas que combinam com a personalidade de cada uma e o décor de Todd Haynes. As fotos de Therèse evidenciam o sentimento do belo. As cenas eróticas perfeitas, como se o diretor entrasse de vez na estética do Renascimento, corpos nus, róseos, que se entrelaçam e completam.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-37390534250863108772016-01-25T16:34:00.002-02:002016-01-25T16:38:07.456-02:00Snoopy e Charlie Brown- Peanuts, o Filme<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Snoopy e Charlie Brown estão mais próximos de minha filha Lucia. Guardo até hoje o carro de bombeiros pilotado pelo Charlie Brown, em companhia de Snoopy e Woodstock. Mesmo assim, eu não poderia perder uma aventura dessas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Amei o filme, o que mais me interessou foi a personalidade do Charlie Brown, muito sério, honesto e inseguro! Quem não se viu, quando criança, ou quem sabe nem tão criança... na pele desse menino adorável? Afinal são muitos os questionamentos e ele quer saber!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Afinal, quem sou eu? O que quero da vida ? Como devo me comportar?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O bom mesmo em Charlie Brown, é que ele não desiste nunca de querer acertar e ama verdadeiramente seu Snoopy! Ele sabe, que o cachorro "sabe'' de seus fracassos, mas não julga jamais, só presta atenção no dono!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E quando o menino se apaixona, lá estão os questionamentos:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Ela é alguma coisa e eu não sou nada! Então não posso falar com ela! Deus, como o rosto dela é bonito!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E Charlie Brown ainda não acredita em si mesmo, quando se pergunta:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Por que ela me escolheu? Ela sente pena de mim... Numa hora sou herói, na outra não sou ninguém!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enquanto ele filosofa sobre a própria existência, Snoopy nos diverte. O cachorro é o oposto de Charlie. Não se importa em transgredir, e sai furioso atrás do aviãozinho vermelho, o vilão da história, o avião mais famoso da Primeira Guerra!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E preste atenção! Os questionamentos de Charlie Brown valem para qualquer um de nós! </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Gostam de mim pelo que eu sou ? Ou pelo que acham que eu sou?</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sem a menor dúvida todos nós amamos Charlie Brown pelo que ele é, amoroso, honesto, e inseguro!</span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-12717169696346819782016-01-17T18:38:00.000-02:002016-01-22T09:25:30.957-02:00A Grande Aposta<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para gostar de "A Grande Aposta" seria importante entender de finanças e do mundo dos negócios. Mesmo não correspondendo a nenhum desses itens, gostei do filme. O elenco é de primeira, inclui Christian Bale, como o excêntrico Michel Burry, dono de uma empresa de médio porte que depois de ler profundamente sobre o sistema imobiliário americano, chega à conclusão que tudo vai desabarar. A história é verdadeira e aconteceu em 2007. Até nós </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">brasileiros, sabíamos que nos Estados Unidos, qualquer um sem sequer comprovar renda conseguia um empréstimo para comprar um imóvel. Todos acreditavam na estabilidade do sistema. Como ideia geral o diretor mostra que a fraude existe no mundo inteiro, não é apenas no Brasil. Na terra dos dólares não é diferente. Se milhões de americanos, nesses anos, ficaram na pobreza, muitos investidores levaram vantagens. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É desse rolo todo que o diretor trata, com "timming", e uma certa eletricidade. Para o espectador não ficar tão bobinho, sem entender grande coisa, ele faz analogias, com ingredientes de cozinha. O Grand Chef de cozinha mostra, que os títulos podres que o grupo adquire, são como o peixe na cozinha, se não for comprado e consumido, tudo é misturado. O peixe, antes fresco e genuíno transforma-se numa sopa, que será servida, quem sabe no dia seguinte. Assim, Michel Burry consegue comprar a ''famosa sopa podre'', que ganha um nome novo no mercado e é uma aposta de seguro a descoberto! Ou seja se houver inadimplência, ele, Michel Burry, o comprador dos títulos podres, levará a melhor.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No desenrolar da história, outros investidores percebem o mesmo, o diretor nos mostra Ryan Gosling, como o corretor Jared Vennett. Aliás, o que houve com o charme de Ryan Gosling. Sumiu? que nem o dinheiro? Acho que sei, ele deve ter colocado placas dentárias, para ficar com dentes lindos, não foi o que aconteceu. E o cabelo e a barba? Pintados , credo! que desastre! Será que o personagem exigia tal transformação?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Steven Carrel está ótimo como o corretor nervoso, Mark Baum, que só ouve a si mesmo. Não sabe e não quer ouvir o que seus colegas falam. Além do que nega-se a falar de seu mais recente problema psicológico, enfrentar a morte do irmão. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente conseguimos ver Brad Pitt, uma graça! Fazendo o investidor de Wall Street aposentado, que ajuda dois espertos iniciantes, que também querem se dar bem, sem terem a menor consciência que tudo aquilo poderia prejudicar sua próprias famílias</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">…</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não perca este filme inquietante e divirta-se com o visual de Christian Bale, que não dá a mínima para placas dentárias!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-22223358557812923272016-01-10T18:47:00.001-02:002016-01-10T18:47:20.116-02:00Diplomacia<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diplomacia é um filme sério, conta a história verdadeira do que aconteceu no final da Segunda Guerra Mundial, quando o general nazista Dietrich von Choltitz prepara-se para cumprir as ordens de Hitler e destruir Paris. O relato é impressionante e as atuações de Niels Arestrup, o nazista, e André Dussolier, o diplomata, são impecáveis. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo o que o espectador pode sentir, além de observar o quarto de hotel onde o general está hospedado, é a paisagem de Paris à noite e quando a escuridão do céu vai sendo iluminada pela aurora, tudo também simbolizando o final que todos conhecemos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O general e o diplomata iniciam um diálogo, que se estende por toda a noite e por todo o filme. De início, Choltitz é o perfeito nazista, cruel, insensível, não cansa de afirmar que somente cumpre ordens. Em muitos filmes se pode observar a falsa cegueira dos nazistas que dizem estar cumprindo ordens. Lembram de Kate Winslet em O Leitor? Hanna Schmitz, a personagem justificava o fato de ter fechado a porta da igreja, permitindo que dezenas de judeus fossem queimados vivos, simplesmente porque cumpria ordens. Triste e abominável comportamento... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O horror quase se repete, não fosse a genialidade do diplomata. O ator, André Dussolier é soberbo, fiquei magnetizada e emocionada. Você consegue imaginar se os desígnios de Hitler tivessem sido cumpridos? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A habilidade do diplomata aos poucos vai minando o duro general, titubeante e inseguro, chega o momento em que o próprio nazista resvala em sua suas convicções, criticando o Fuhrer, revelando para o cônsul, que após e sua chegada em Paris, Hitler teria baixado uma ordem para prender executar sua mulher e filhos se ele não denotasse as bombas nos principais prédios e monumentos. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando Choltitz confessa seus planos, percebemos que nos dias atuais a Cidade Luz pode estar passando por momentos semelhantes, sabe-se lá que planos podem estar sendo germinados em mentes perversas…</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois que você assistir ao filme, diga-me, tudo o que Raoul Nordling (André Dussolir) promete para o general nazista, no sentido de retirar sua família da Alemanha era blefe? Enfim a realidade mostrou a grandeza do diplomada, quando este entregou sua medalha para Choltitz, após os dois anos de prisão do general. Observem, o ponto alto do filme é quando o nazista sente-se sufocado devido à asma, e Nordling lhe alcança os medicamentos. Chotitz lhe pergunta:</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">- Porque você não me deixou morrer? Ao que Nordling replica, eu trabalho com a vida, não com a morte!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Anote, este filme é obrigatório em sua agenda! Não perca!</span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-12199386989321548212015-12-30T17:32:00.002-02:002015-12-30T17:37:41.903-02:00Star Wars<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assistir a Star Wars, episódio VII é como visitar um passado que está se reinventando. Esqueci muita coisa, e me surpreendo ao ver que o tempo passou para Hans Solo e a princesa Leia. Tento lembrar-me de minha vida nessa época, esqueci, não lembro nada… Mesmo assim, ao que parece os cinquentões e sessentões de hoje são os que mais amam a série de George Lucas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O novo diretor J. J. Abrams se permite algumas mudanças, mas o essencial está ali. A luta do Bem contra o Mal, o eterno embate entre jedis e os que optaram pelo lado sombrio da Força. Adoro esta parte, e sempre me inquieto e surpreendo com os que, como Darth Vader e Kylo Ren ( Adam Driver), escolheram a escuridão do Mal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desta vez a estrela é a catadora de lixo, Rey (Daisy Ridley), interessa muito mais saber que são seus pais, do que se preocupar com a identidade de Kylo, o herdeiro da Darth Vader. Hans Solo e Leia comentam sobre a ambiguidade do filho, que teria nascido ao lado das forças do Bem, por isso não desistem de tentar reconquistá-lo…</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A série reproduz momentos da história da humanidade, a cena que mostra o grande exército da Primeira Ordem, pronto para a guerra, é a mesma que vimos no documentário Nazista sobre o Terceiro Reich, em Nuremberg, dirigido por Leni Riefenstahl.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A primeira Ordem tem em Snoke (Andy Serkins), o líder supremo, que insiste em completar o treinamento de seu pupilo Kylo. Porém quando este último enfrenta Rey, surprende-se com a grandiosidade da Força não treinada da jovem, mesmo assim, capaz de combater o Mal. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aguardem os próximos episódios, com certeza Rey será a grande atração!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Kylo, comparado a Darth Vader, é frágil, franzino, desengonçado. Sua voz não assusta nem criança… Talvez o dIretor tenha escolhido o ator Adam Driver para mostrar seu lado ambíguo e indeciso. O jovem com uma veste negra e cabelos cor de ébano parece mais conquistador espanhol , daqueles que dizimaram as culturas indígenas das Américas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Kylo sofre, não consegue decidir-se inteiramente pelo Mal, surpreende quando, finalmente toma a decisão fatal e mata o pai! Credo, que horror para os espectadores que se perguntam, mas Star War sobrevive sem Hans Solo? Sabemos que para crescer e tornar-se adulto, qualquer filho, na face da terra, psicologicamente, mata o pai, pois J. J. Abrams levou esta máxima ao pé da letra!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não deixe de assistir a Star War, p</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">reste atenção à beleza das naves, quem sabe anunciando um futuro próximo </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e se delicie com os robôs R2-D2, C-3PO e o novo BB-8, são eles os detentores do segredo do episódio! </span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-64245272857955721862015-12-18T17:30:00.000-02:002015-12-30T16:05:40.463-02:00O Clã<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pablo Trapero é genial em O Clã. Nos últimos tempos, poucos filmes causaram-me tanta emoção! Ao que parece, os argentinos estão anos-luz à nossa frente, pelo menos no que se refere ao cinema e à capacidade para denunciar a corrupção e o desmoronamento da intituição família…</span></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A história é real e fala sobre o Clã dos Pucci. Arquímedes (Guillermo Francella), o pai, é um verdadeiro produto da ditadura militar, na Argentina. Veja-se as referências a Comodoro, que dava-lhe todo o apoio. Na falta do que fazer, com a evolução da sociedade argentina em direção à democracia, Arquímedes, especialista em aprisionar e matar, durante a ditadura militar, sequestra pessoas ricas, exigindo resgate. Nunca devolve a vítima às famílias, um tiro certeiro termina com tudo.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O mais chocante é que as pessoas ficam presas em sua própria casa. A mulher e os filhos fingem que não sabem o que se passa. Nos telefonemas aos parentes, fala em nome de uma suposta organização guerrilheira.</span></div>
</div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Impressiona a calma e frieza com que o suposto bom pai de família envolve os filhos em seus planos diabólicos. A mãe ao que parece, venera o marido, solidariza-se com ele, em uma atitude de submissão, tipicamente machista. Muitas mulheres adotam esse comportamento sem ter a menor consciência de quem, ou do que são. Além de alienada, a mãe é uma criminosa, tão podre quanto o vilão.</span></div>
</div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em todas as cenas, Arquímedes não perde a fleugma. Domina o filho ( Lanzana) , suposto herói de um time, Os Puma. No final, quando quer que este o agrida para parecer que apanhou na prisão, humilha-o a tal ponto, que fora de si, Lanzana bate para valer, a tal ponto que o pai pede clemência! Pablo Trapero é soberbo quando mostra a decadência da família, alternando cenas de sexo selvagem - do filho, dentro de um automóvel - com a sequência de sequestro! E a música! Deus é absolutamente perfeita para as cenas de violência! E Arquímedes trai a todos, muitos dos sequestrados o conhecem e acolhem na pura ingenuidade… Em casa, no doce recanto do lar ensina a filha a fazer os deveres da escola.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você consegue imaginar se um diretor brasileiro fizesse um filme sobre a vida e a personalidade do presidente da Câmara dos Deputados? Pense bem, até as famílias, os dois clãs, tem suas afinidades…, pelo menos no que se refere ao silêncio da mulher e filhos. Não sei se resolveria alguma coisa, mesmo assim, seria interessante. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para dominar Lanzano, o pai lhe oferece dinheiro, se havia qualquer resquício de dignidade ou honestidade, tudo cai por terra, o filho se vende ao pai. Enfim, o que mobiliza e choca a todos é esta história de destruição da família. No final, tal qual Judas, Lanzana desespera-se e tenta o suicídio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando os créditos revelam o final desta história dramática, sinto-me profundamente abalada e dominada pelo mais triste e doloroso dos sentimentos - dor e pena do filho. Na tentativa de acabar com tudo, ele simplesmente sobrevive... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Surpreendendo a todos, o pai , condenado à prisão perpétua ainda - quem sabe? - realiza seu último sonho, formar-se em Direito!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não é uma verdadeira loucura e insanidade esta história de argentinos?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Corra, vá ao cinema , assista ao Clã de Pablo Trapero!</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-25826091724623760792015-10-18T21:32:00.002-02:002015-10-18T21:32:59.996-02:00La Sapienza<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O título do filme "La Sapienza" muito provavelmente se refere à Igreja de Sant' Ivo a la Sapienza, de Francesco Borromini. A obra de Eugène Green é ambiciosa e hermética, ele fala muito de arquitetura, criação, luz e espaço. O mais interessante é a maneira de realizar seu filme e de apresentar sua obra ao público. Todas cenas são filmadas com a câmera parada, Eugène leva a sério a simetria. Os atores recitam um texto sem a menor emoção, olhando no vazio. Os quadros parecem obras de arte, verdadeiras pinturas. Alexandre Schmid ( Fabrizio Rongionne) e sua mulher Elienor ( Chriestelle Prot) estão sentados em uma mesa, conversando, almoçando ou jantando. Em lados opostos, brindam, mantendo a simetria através de gestos cuidadosamente estudados, mãos, cálices, tudo tem o seu correspondente separado pelo eixo de simetria. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A composição é tão marcante que o drama entre os personagens se dilui, torna-se desinteressante. Alexandre, acompanhado de Elienor, viaja à Roma, em busca de inspiração. Visitam as mais belas igrejas. A Catedral de San Lorenzo em Turim, de Guarino Guarini revela toda a magia do espaço barroco, que Alexandre tanto venera. Em sequência vemos a Igreja de San Carlo a Le Quatre Fontane, de Borromini, e Sant' Andrea al Quirinale, de Giam Lorenzo Bernini, todas, obras primas. Finalmente, a Igreja de Sant' Ivo a la Sapienza, consagra o que existe de mais belo, capaz saciar a sede de Alexandre por beleza, luz e espaço arquitetônico. O casal encontra dois irmãos, Goffredo (Ludovico Succio ) e Lavínia ( Arianna Castro). Enfim , se o drama inconsciente destes é um possível incesto, o encontro entre os quatro permite a solução através do reencontro e da beleza da arquitetura.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porém , emoção você só vai sentir na cena entre Elienor e o imigrante</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, quando este fala de sua morte próxima e do desejo de reencontrar a filha antes de morrer. Enfim, beleza, simetria, arquitetura , drama e espaço tudo isso você terá ao alcance dos olhos quando assistir com sabedoria a 'La Sapienza". Não Perca!</span></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-50917135701939159582015-08-22T19:44:00.000-03:002015-08-28T16:53:19.626-03:00Missão Impossível -Nação Secreta<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No mundo das franquias, Tom Cruise é a própria franquia Tom Cruise! Ponto final! Missão Impossível, dirigido por Christopher McQuarie é muito bom! Reúne todas as qualidades, tem Cruise, como o agente secreto da IMF, mostrando uma coragem particular, que é só dele, de assombrar o mundo. O ator faz pessoalmente todas as cenas, não aceita nenhum "stuntman" nas mais explosivas situações de perigo ou correria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ethan Hunt (Tom Cruise) busca a Nação Secreta que pretende dominar o mundo. Descobre que essa sociedade, o Sindicato, é real e está tentando terminar com a organização a que pertence, a IMF.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os atores foram cuidadosamente escolhidos. Tom Cruise continua o mesmo, um pouco mais velho, mas nada que prejudique sua performance. Preste atenção no olhar ou no trejeito dos lábios, quando coisas surpreendentes acontecem exatamente como ele previa! É muito divertido!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hunt precisa agir sozinho, mas não sem a parceria dos amigos e companheiros Benji Dunn ( Simon Pegg), Luther Stickell (Ving Rhanes) , William Brant (Jeremy Renner) - adoro as caras e bocas deste último, quando não quer falar nas sessões que decidem os grandes rumos das agências de segurança nacional! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alec Baldwin - um bolão - onde está o belo de Kim Bassinger? é o chefe descrente -Hungley - que abandona Ethan à própria sorte e ainda o persegue! Assim se desenrolam as cenas de suspense e velocidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Missão Impossível tem qualidades raras hoje em dia, deixa muito claro, a existência de um mundo de corrupção, roubo, assassinatos gratuitos, personagens falsos, traidores, criaturas que nascem com parte com o mal, na mais simples das conceituações. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o grupo de nosso super herói tenta restabelecer o equilíbrio, e não estamos questionando se é para o domínio dos americanos, enfim… aqui ninguém é especialista em política internacional…</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As cenas iniciais provocam o frisson, Cruise pula para um avião em movimento que contém uma caixa - que não deve partir, segundo Brant! - O genial Ethan fica pendurado na porta da nave - fechada- constatamos que levanta vôo! Benji, para nossa aflição se engana e abre a porta do outro lado!</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Genial mesmo é a personagem feminina. Ilsa Fast (Rebecca Ferguson) é uma agente britânica, que precisa acender uma vela para deus e outra para o diabo, na tentativa de sobreviver em um mundo cão! A mais perigosa das criaturas é seu chefe, Atllee (Simon McBurney).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acho que Rebecca Ferguson tem todas as condições de transformar-se em símbolo da nova mulher do século XXI. Ela é linda, rosto belíssimo, cheio de voltinhas, olhos verdes? ou azuis? A personagem é a própria Athena. A deusa tinha uma escultura enorme dentro do Partenon, e possuía uma armadura e uma lança que pesavam mais de 26 kg de ouro! Cheguei a ver a deusa Athena saindo voando de dentro do Partenon para salvar Cruise da morte. Em 1984, Linda Hamilton, a Sara Connor, mãe de John Connor, em O Exterminador do Futuro, era a personagem da hora! Magra, era só músculos! Alguns anos depois esse tipo de mulher virou moda! Agora é a vez de Rebecca Ferguson!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A atriz faz cenas incríveis! Quem é aquela mulher alta, que sobe os degraus do teatro em Viena, com um vestido amarelo, que mostra as pernas, cintura fina, e belíssimo dorso? Quem é a mulher que mergulha, serena, no cofre de água que contém os segredos da Sindicato e salva Ethan? Observe, ela nada, como uma grande ave-mãe. Envolve Ethan, com pernas muito fortes, aperta e segura, levando-o para um lugar protegido! Observe o charme com que levanta a perna direita e voa na motocicleta!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A cena do teatro, em Viena, mostra que o diretor aprendeu com o grande mestre Hitchcock. Faça a analogia entre O Homem que Sabia Demais e as cenas de suspense no teatro. Alternam-se convidados, músicos preparam seus instrumentos, Ethan desliza pela estrutura dos cenários. Enquanto o pior prepara-se para acontecer, indiferente, o espetáculo continua. Como no filme de Hitchcock, está marcado o momento do grande acorde musical, onde o plano maldito pretende concretizar-se! </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Finalmente cabe observar que os agentes são símbolos de honestidade, companheirismo e generosidade, quando permitem que o chefe Hungley se redima e usufrua das glórias, como se ele próprio tivesse resolvido o grande problema!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A música de Lalo Schifrin é alta, belíssima, enquanto os dois companheiros caminham rápido, lado a lado, mostrando seu valor e trabalho de equipe. Não perca! Este filme também deve ser visto duas vezes!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-17594937036866680382015-08-12T21:28:00.003-03:002015-08-23T07:53:30.441-03:00Que Mal eu fiz a Deus?<div style="text-align: justify;">
Mais um filme francês adorável. Desta vez o diretor quase ganha do genial Woody Allen, que na juventude trabalhava na TV, criando mais de cinquenta piadas por dia! Mesmo assim, Phillipe de Chauveron não fica atrás! A história pode parecer um sinal de boa vontade do diretor? Como se na França pudesse acontecer uma aproximação entre imigrantes e a tradicional família francesa?</div>
<div style="text-align: justify;">
Pelo menos é o que ele acena neste filme divertidíssimo e inteligente, onde a plateia ri de minuto em minuto! Será que as risadas bobas que damos incomodam os outros?</div>
<div style="text-align: justify;">
Não importa! o fato é que o Claude e Marie Verneuil ficam inconsoláveis quando suas adoráveis filhas começam - cada uma - a casar em sequência, primeiro com o judeu David, depois, com o muçulmano Rachid e logo em seguida com o chinês Chaou. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo é motivo para brincadeiras e descontração. Chauveron conquista o público na primeira cena. Os atores Christian Clavier e Chantal Lauby, que fazem os pais desapontados com a nova vida estão ótimos! Imaginem, terão de conviver com três genros de nações distintas!</div>
<div style="text-align: justify;">
A vida do casal piora, a última filha solteira fica noiva de Charles Koffi, um africano, com um sorriso lindo! Lembra o de Morgan Freeman na juventude, mas olhe lá, nunca vi nenhuma foto do atour quando era jovem!!! Enfim, é só imaginar!<br />
E as diferenças entre judeus, muçulmanos e chineses aos poucos vão sendo aparadas, até que David e Chaou se unem para produzir um Halal Eco, com o auxílio de um bom advogado muçulmano! Quando os Verneuils estão se recuperando do golpe, surge Koffi... O problema é que faltara coragem para a fofíssima filha loura revelar aos pais que o futuro marido era africano! A cara de surpresa de Claude é hilária! E Koffi observa que o futuro sogro vai ter um derrame!<br />
Muitas piadas são calcadas na realidade, o que torna tudo mais engraçado! Digam-me qual o idoso, que não levou um escorregão, já na terceira idade? E qual o idoso que não teimou em deixar pendurada na sala a foto da filha com o primeiro namorado? Quando o mundo já andara mais rápido? E ele teimava em escondê-la quando a filha vinha de visita! He! he! he! Claude fazia o mesmo, tirava do sótão o quadro tenebroso, pintado pela filha deprê, somente quando ela vinha de visita! O problema surge quando ele escorrega no brinquedo dos netos, cai de bunda no chão e fica com a cabeça atravessada no quadro! Impossível não identificar-se com o pobre Verneuil! He! He! He! Imaginem a reação da filha depressiva!<br />
Foi muito, muito engraçado! As piadas se sucedem, a da aproximação entre Verneil e o sogro africano é demais! Idem a do policial que simplemente não acredita que aqueles quatro imigrantes, todos são literalmente genros do francês mal comportado que mantém preso!<br />
Não perca este filme, assista duas vezes! Você terá uma dupla diversão!<br />
E para finalizar tique atento ao recado do diretor:<br />
- "Le monde a changé, il faut être tolerant!"<br />
- "O mundo mudou é preciso ser tolerante!"<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-25993194052248733252015-07-26T11:13:00.004-03:002015-07-26T11:23:11.589-03:00Samba<div style="text-align: justify;">
Omar Sy é lindo! As mulheres concordam, é claro! E ainda faz um par perfeito com Charlotte Gainsbourg. Verdade, ela interpretou papéis difíceis com Lars Von Trier - Deus me livre, cansei! Pelo menos no Samba de Eric Toledano e Olivier Nakache, a atriz tem um brilho muito especial no olhar. Aliás, o filme poderia ser acompanhado e saboreado justamente através dessa melodia do olhar, como diria o Luiz Carlos Merten. Enfim, não sei se ele concordaria comigo... Quando Samba e Alice se encontram, ficam magnetizados e atraídos um pelo outro, o olhar dos dois não esconde o quanto a presença de um é importante para o outro. Manu, a colega que trabalha junto aos imigrantes, tipo "façam o que eu digo mas não façam o que eu faço", já havia alertado: mantenha distância, não diga para ele o número de seu telefone! Mas como resistir a um pedido de Samba?</div>
<div style="text-align: justify;">
O jogo e a paquera entre o imigrante e Alice tornam o filme adorável! Por isso mesmo, Samba é um filme feminino. Na plateia, as mulheres não contêm o riso, felizes - embora não tenham coragem para revelar. Garanto! Sonham, e por algumas horas esquecem namorados e maridos, cansativos e repetitivos! Quem sabe?</div>
<div style="text-align: justify;">
Trata-se da história de Samba, um imigrante senegalês, que há dez anos vive na clandestinidade. Preso, tenta conseguir os documentos certos para permanecer na França. Alice é uma executiva que teve um colapso nervoso e quebrou o telefone na cabeça do colega! Tenta recuperar-se acariciando cavalos e pôneis. Belo tratamento, se ela tivesse uma Lolinha - cachorrinha- em sua vida nada disso seria necessário, poderia ter quebrado o telefone na mesa! Ha! ha! ha!<br />
Por mais que os críticos falem mal de Samba e o considerem uma versão menor de "Os Intocáveis", o filme tem seu valor, muito mais pelos aspectos relacionados ao amor e solidariedade, do que ao tema da imigração, propriamente dito.<br />
Samba e Alice entram em tal sintonia, que passam a respirar juntos. Nada, diferenças de classe social, ou outras, nada poderia separá-los. O "début d'abus" é algo que preocupa o dois, não sabem se desejam iniciar o relacionamento pelo "classic ou pas classic"? Enquanto cérebros maquinam, sentidos decidem, vence a atração celebrada pelo mais "caliente" dos beijos! Está certo que o beijo de John Wayne e Maureen O'Hara, em "Depois do Vendaval", virou um clássico e está na memória coletiva como sendo o máximo em termos de beijo cinematográfico. Mas o beijo recente de Omar e Charlotte não fica atrás.<br />
Não percam as piadas adoráveis do falso brasileiro dançando ao som da música da Coca-Cola e a do aeroporto que ficava ao lado da penitenciária, quem sabe para mandat logo embora aqueles estrangeiros indesejáveis!<br />
<br /></div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-46943448183685688202015-06-17T08:54:00.002-03:002015-06-19T16:56:21.893-03:00De Cabeça Erguida<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;">De
Cabeça Erguida fala da vida do menino Malony, dos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>4 aos<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>18 anos. Obviamente o garoto é o reflexo da mãe (Sara Forestier), mulher
instável e desequilibrada, muito louca mesmo! Quando o menininho tinha 4 anos
chegou a abandoná-lo na sala da juíza, interpretada por Catherine Déneuve.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;">Desta
vez não tenho queixas da deusa e não sinto-me tão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>frustrada por ela não ser mais a atriz
belíssima de "Os<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Guarda Chuvas do Amor"!
Ha, ha, ha! Como <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>conseguiria o
milagre?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;">Malony
torna-se um jovem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>incapaz de suportar frustações!
Em alguns momentos entendi a irritação de Yann, um dos educadores, interpretado
por Benôit Magimel,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quando este perde a
cabeça e dá uns sopapos no chatonildo !<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Aliás, Magimel está ótimo e para o cúmulo é um homem muito bonito! <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;">A
vida rola, o tempo passa, juízes e educadores não desistem.<span style="mso-spacerun: yes;"> Quando estou quase sem esperanças, descubro um brilho no olhar do menino, iluminado pelo sol, com a paisagem verdejante por trás.</span></span><br />
<span lang="EN-US" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-spacerun: yes;">Finalmente quando Malony diz para Yann: eu te amo! Percebo que a transformação aconteceu! O adolescente emociona, filmado - De Cabeça Erguida - subindo as escadarias, com o filho nos braços, está preparado para enfrentar o mundo! Não percam , o Festival Varilux do cinema francês está muito bom!</span></span><br />
<span lang="EN-US" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span>
<span lang="EN-US" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
</div>
Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-37786794474321621262015-06-01T17:35:00.003-03:002015-06-01T17:37:51.665-03:00A Estrada 47<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;">A
história dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial pode emocionar
alguns como eu, que nasci no ano em que a guerra terminou. Meu tio Cici era um
dos soldadinhos voluntários que apareciam no filme. Para mim foi duro constatar
que "esqueci o gesto". Como dizia o poeta, " ó que saudades das
pessoas e dos lugares que não foram bastante amados na época passageira, quem
me dera devolver-lhes o gesto esquecido, a ação suplementar... (RILQUE)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;">Assim,
esqueci a foto do tio Cici abraçado no desenho de uma pin-up, recortada em
papelão em tamanho natural! Eu pensava, que idiota esse meu tio, com essa
lembrança da guerra!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;">Agora
, entendi! Os soldadinhos eram uns inocentes guris de 18 anos, que não sabiam nada
sobre a vida, muito menos sobre a guerra... <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;">No
filme, gostei <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do distanciamento proposto
pelo diretor - Vicente Ferraz - e da forma como ele deixa claro, o despreparo
dos brasileiros . Fizeram o que tinham que fazer sem pensarem em ser heróis. Desbloqueram
a Estrada 47, deixando os louros para os americanos.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;">Jecas,
no meio da guerra e da neve, somente trouxeram de volta aquele hino de dar nó
na garganta:<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;">“Não
permita Deus que eu morra sem que eu volte para lá, sem que eu leve por divisa
este V que simboliza a vitória que virá!”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;">Sonhadores
e eternamente estrangeiros eles voltaram, um queria agradar ao pai, o outro
teve sua máquina fotográfica esmagada pelo tanque do herói amigo, americano!<o:p></o:p></span></div>
</div>
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<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: EN-US;">Acho
que Ferraz é o primeiro a nos fazer ver uma verdadeira e belíssima história, a
do tio Cici...<o:p></o:p></span></div>
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Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4773379469024071238.post-46227608237429256122015-05-25T17:42:00.001-03:002015-05-25T17:42:46.901-03:00A Incrível História de Adaline<div style="text-align: justify;">
O tema parece insólito e incrível, uma mulher que não envelhece. A Incrível História de Adaline possui uma temática que agrada ao público. Nas séries de heróis tipo Superman, há uma explicação para o personagem principal possuir super poderes. Adaline (Blake Lively), depois de um acidente de carro, adquire o poder maior de tornar-se imortal. A explicação parece lógica e o que intriga o espectador é a ausência da sensação da relatividade do tempo. Não a relatividade de Einstein, mas a de nossas lembranças e memórias. </div>
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Adaline, nascida em 1908, mais de 50 anos depois, parece a mesma jovem, bela, cintura fina e cabelos longos! Para sempre? quando sua filha já está uma senhora de cintura grossa, cabelos brancos e muitas rugas, ela permanece impassível. </div>
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Para uma simples mãe mortal, a sensação de ser mais jovem que a filha, torna-se um drama incomensurável. A cena em que mãe e filha se encontram é emocionante. Mas, parece que o diretor ainda não conseguiu explorar todas as potencilidades de tremendo drama. Mesmo assim, me emocionei, pensando no horror que seria se minha adorável filha ficasse mais velha que eu, como se fosse minha mãe. O diretor Toland Krieger até brinca com esse detalhe, quando a filha afirma que é mãe de Adaline.</div>
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Enfim, fugindo do preconceito e não querendo ser tratada como um ET, ela deixa de atender e de viver com a filha. </div>
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Finalmente Adaline vive praticamente duas vidas. Enamora-se do filho (Michiel Huisman), quando descobre que o pai ( Harrison Ford) foi seu verdadeiro amor! </div>
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Enfim, as cenas mais divertidas e emocionantes ficam por conta da relação com o pai, que não cansava-se de afirmar o quanto tinham sido íntimos!</div>
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Por mais que a história fosse diferente, o espectador sabe quando o óbvio vai acontecer. E por mais lindo que seja o filho - o ator Michiel Huisman é belíssimo - preferimos a história de amor do velho Harrison Ford.</div>
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Doris Maria M. de Bittencourthttp://www.blogger.com/profile/14865345160371762594noreply@blogger.com0