Depois de quinze anos afastado da direção, com "The Wonders , o sonho não acabou", - alguém notou como passou esse tempos? - Tom Hanks dirige "Larry Crowne , o amor está de volta". A história tem a parceria de Nia Vardalos, de "Casamento Grego". "Larry..." reforça a imagem de bom moço, que Tom Hanks conquistou ao longo de uma carreira impecável. Assim, não é nenhuma novidade dizer que sou sua fã. Em "Larry Crowne...", ele convence com o jeito e de moço ingênuo, puro e honesto. Aliás, o que sempre foi em todos os personagens que interpretou. A isso soma-se a idéia de persistência. Tom Hanks sempre faz personagens persistentes, que vão fundo para concretizar seus sonhos e acertar na vida. Com Larry não é diferente. O personagem vive feliz, trabalhando no U-Mart. Pensa que será escolhido o funcionário do mês, quando, sem mais nem menos é despedido. Tudo devido à contenção de gastos e porque nunca estudou em uma universidade. Por isso nunca poderá ser promovido! Divorciado e desempregado, Larry separa-se de objetos que tornam-se desnecessários quando precisa mudar de vida. Impressiona a forma como aceita os novos fatos. Consegue matricular-se em uma universidade, separa-se da camioneta e adota uma moto simplezinha. Algumas coisas são muito simplificadas, como sua relação com o bando de motoqueiros e com a garota -namorada do motoqueiro de preto - que lhe dá lições de vida, arruma seu bagunçado apartamento, tudo numa boa, sem a menor maldade ou outro sentimento que não seja amor e bondade em relação ao outro. Ou será que estamos habituados a clichês? que basta ver um bando de motoqueiros para achar que vai haver confusão e violência?
Na universidade faz cursos de orátória e administração, encontra a professora Mercedes, a Mercy (Julia Roberts) por quem se apaixona. E eu que tinha perdido a paciência com Julia Roberts gostei da professora, de suas dicas de oratória e de seu cativante sorriso. Se os críticos se queixaram da falta de química entre o casal, pensem que a idéia era essa fazer um filme casto, com personagens puros e honestos, que tiveram a coragem de recomeçar suas vidas.