Assistir a Star Wars, episódio VII é como visitar um passado que está se reinventando. Esqueci muita coisa, e me surpreendo ao ver que o tempo passou para Hans Solo e a princesa Leia. Tento lembrar-me de minha vida nessa época, esqueci, não lembro nada… Mesmo assim, ao que parece os cinquentões e sessentões de hoje são os que mais amam a série de George Lucas.
O novo diretor J. J. Abrams se permite algumas mudanças, mas o essencial está ali. A luta do Bem contra o Mal, o eterno embate entre jedis e os que optaram pelo lado sombrio da Força. Adoro esta parte, e sempre me inquieto e surpreendo com os que, como Darth Vader e Kylo Ren ( Adam Driver), escolheram a escuridão do Mal.
Desta vez a estrela é a catadora de lixo, Rey (Daisy Ridley), interessa muito mais saber que são seus pais, do que se preocupar com a identidade de Kylo, o herdeiro da Darth Vader. Hans Solo e Leia comentam sobre a ambiguidade do filho, que teria nascido ao lado das forças do Bem, por isso não desistem de tentar reconquistá-lo…
A série reproduz momentos da história da humanidade, a cena que mostra o grande exército da Primeira Ordem, pronto para a guerra, é a mesma que vimos no documentário Nazista sobre o Terceiro Reich, em Nuremberg, dirigido por Leni Riefenstahl.
A primeira Ordem tem em Snoke (Andy Serkins), o líder supremo, que insiste em completar o treinamento de seu pupilo Kylo. Porém quando este último enfrenta Rey, surprende-se com a grandiosidade da Força não treinada da jovem, mesmo assim, capaz de combater o Mal. Aguardem os próximos episódios, com certeza Rey será a grande atração!
Kylo, comparado a Darth Vader, é frágil, franzino, desengonçado. Sua voz não assusta nem criança… Talvez o dIretor tenha escolhido o ator Adam Driver para mostrar seu lado ambíguo e indeciso. O jovem com uma veste negra e cabelos cor de ébano parece mais conquistador espanhol , daqueles que dizimaram as culturas indígenas das Américas.
Kylo sofre, não consegue decidir-se inteiramente pelo Mal, surpreende quando, finalmente toma a decisão fatal e mata o pai! Credo, que horror para os espectadores que se perguntam, mas Star War sobrevive sem Hans Solo? Sabemos que para crescer e tornar-se adulto, qualquer filho, na face da terra, psicologicamente, mata o pai, pois J. J. Abrams levou esta máxima ao pé da letra!
Não deixe de assistir a Star War, preste atenção à beleza das naves, quem sabe anunciando um futuro próximo e se delicie com os robôs R2-D2, C-3PO e o novo BB-8, são eles os detentores do segredo do episódio!