segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Steve Jobs

Gostei do filme sobre a vida Steve Jobs. Quem sabe quantos de nós o endeusávamos?  Terminamos chegando à conclusão que apesar de seus talentos foi um ser humano, com defeitos e virtudes. Enfim, desconhecíamos o outro lado, os problemas e fragilidades do super-homem da Apple. Por mais má vontade que alguém tenha, por mais preconceito, nunca poderá negar a genialidade de Steve Jobs.
Alguns detalhes no filme me surpreenderam, ficaram muitos bons. Na cena inicial, quando Ashton Kutcher vai começar seu discurso, pensei que era uma filmagem do verdadeiro Steve Jobs. O corpo esguio, em calças jeans largas que lhe acentuam a magreza, pés enormes metidos em tênis, Deus!,  ficou igual ao verdadeiro Jobs. Muito bom, dava gosto olhar o gingado de Steve ao caminhar. As filmagens tiraram partido da caracterização de Ashton de seu personagem. Steve, meio orangotango, com pernas arqueadas - dava vontade de rir - de tão bom que ficou!
Enfim, o verdadeiro homem da Apple era diferente, quem sabe, super dotado? Viram que ele nem ligava, gostava de tirar os sapatos e sair por aí de pés descalços? E não fazia gênero, como muitos o fazem, para chamar a atenção. Era autêntico.
Foi bom conhecer o outro lado do super-homem. Jobs foi um menino adotado, e não conseguia entender como um pai e uma mãe têm um filho e o jogam fora? Claro, ele esqueceu que essa guinada do destino fez a felicidade de seus pais adotivos, Paul e Clara Jobs.
Eis a questão, talvez por todos esses questionamentos Jobs relutava em reconhecer a filha. Porém, quando decidiu colocar o nome Lisa, em seu computador, estava se entregando ao papel de pai e ao amor da filha. Achei lindo!
Quanto à Apple, só com um cara genial como Steve Jobs conseguiu ser em 2012 a empresa mais valiosa do mundo!
E aí? Mirem-se no exemplo dele e tentem fazer a diferença, como Steve aconselhava. Por menor que seja, nos atos mais simples do dia a dia. Acho que o incentivo vale a pena! Tente ser criativo e não aceite jamais a pecha da palavra Medíocre!
 

Flores Raras

"Flores Raras" não é um bom filme e não leva a sério coisas importantes. Enfim , trata da vida de Lota Macedo Soares, uma mulher que pode ter sido considerada corajosa, mas que antes de tudo foi muito esnobe e prepotente. Se foi corajosa por ter lutado por seus direitos e assumido sua homossexualidade em tempos difíceis, exagerou quando humilhou suas duas mulheres, deixando-as desarmadas, morando uma defronte à outra. Para completar, adotou uma criança envolvendo "moeda" na transação.  Imperdoável e criminoso.
Porém,  ficou verdadeiramente ruim aquela perspectiva do Parque do Flamengo, que o diretor Bruno Barreto deixou passar. Será que a produção não sabia - ou não deu importância? -, que nos anos 60 a representação gráfica em arquitetura estava no auge? Arquitetos, estudantes de arquitetura e desenhistas sabiam desenhar uma perspectiva e certamente não fariam aquele desenho primário. Ou será que era para criticar Lota que de fato não era arquiteta? Ninguém entendeu!
Não foi mencionado o nome de nenhum arquiteto. Affonso Eduardo Reidy assinou o projeto do Parque do Flamengo. E, se a Casa de Lota Macedo Soares foi projetada por Sérgio Bernandes, Bruno Barreto delegou a autoria do projeto à sua proprietária! E o cenário da Casa de Lota era um projeto de Oscar Niemeyer! Enfim atribuir à Lota todos os créditos de autoria do projeto retira do filme qualquer credibilidade.
Enfim , desta vez o diretor fez a história das elites, bem podres do tempo da ditadura, Lota trabalhava alinhada com a UDN e com Carlos Lacerda. E não cabia nenhuma crítica? Carlos Lacerda foi mostrado muito amiguinho! Observe,  filmes  como "Repare Bem " e "Flores Raras" são com água e azeite...
Óbvio, Glória Pires e a atriz que representa Elizabeth Bishop estão ótimas, mas não seguram o filme de Bruno Barreto.