Welcome New York não é uma mera semelhança com seres vivos, mortos conhecidos ou desconhecidos. É uma história verdadeira, e o personagem é Dominique Strauss- Kahn. Na dura realidade Depardieu está um verdadeiro " pig" para representar um verdadeiro "porco"! Quando fica nu, verdadeiramente pelado, é um Deus nos acuda. Pior, as mulheres não davam a mínima para o barrigão! Enfim... regiamente pagas… Acho que o próprio Depardieu, na vida real não se importa consigo mesmo.
Representou com perfeição o homem poderoso, que na intimidade, é um porco que grunhe e faz roc, roc, roc... Os primeiros quarenta minutos são longos demais para descrever toda a farra e orgias sexuais de M. Devereaux.
A seguir vem as cenas do cai na realidade. O personagem parece não se importar muito, tem certeza que seu infortúnio é passageiro. Permanece alguns dias na prisão, precisa se humilhar, nu na frente dos guardas, mas não se abala muito. Devereaux sabe que ele e a humanidade não querem ser salvos de si mesmos!
O porco é casado com uma mulher rica (Jaqueline Bisset) que não o abandona e ainda luta por ele. Faz planos e contrata bons advogados para salvá-lo. Mas o que se passa na cabeça de uma mulher dessas, além de se preocupar com as aparências?
Nosso personagem continua atendendo a seus instintos, vivendo sob o império dos sentidos, molestando as mulheres que encontra. Em geral, procura as mais frágeis, camareiras, mucamas, empregadas domésticas, que na escuridão e na solidão do lugar onde são atacadas, não possuem meios para provar sua inocência. E a vida continua, no mundo, quantas mulheres são mortas por dia, vítimas dessa violência?
E os senhores Devereaux continuam por aí, soltos ou absolvidos. Vocês leram o jornal de hoje? Viram que o atleta, na África, que deu um " tiro por engano" na própria mulher, foi inocentado de assassinato premeditado? Teria matado a mulher sem a menor intenção! Me enganem que eu gosto!
O filme de Abel Ferrara provoca mal- estar e indignação!Pensem bem, até do psiquiatra ele debocha e faz pouco! Numa única coisa estava certo! Não pasmem! M. Devereaux estava certo da impunidade!
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