quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Negóçio das Arábias

Negócio das Arábias é um velho ditado que tem seu fundo de verdade. Como bom funcionário da Reynold's, Alan Clay tentava fechar esse negócio com o rei da Arábia Saudita. 
O filme é tocante simplesmente pela presença de Tom Hanks. Ninguém seria tão perfeito para encarnar o homem comum, insatisfeito consigo mesmo, em busca de um novo sentido para a vida. A narrativa é marcada pelas inúmeras vezes que o personagem acorda tarde, bebe demais, dorme além da conta , e precisa - de última hora - alugar um carro com motorista.
Se o produto que a Reynold's desejava vender aos árabes, exigia wi-fi e ar condicionado, nada funcionava. Para completar as desventuras do personagem, surge um caroço em suas costas, o que termina afetando o íntimo de seu ser. A insegurança o desestabiliza. Frágil e incapaz, não consegue resolver com simplicidade os problemas cotidianos.
Até o dia em que seu olhar bate com a visão da médica que revolucionará sua vida. 
Não é chavão! O amor é lindo! Provoca mudanças! Produz maravilhas!
Tudo muda, Alan muda e as transformações são inimagináveis!   
Quem nos dera, simples mortais, sermos flexados pelo Cupido, que nem Alan! Quem nos dera, vivenciarmos o paraíso, como Alan e sua médica, prescrutando o fundo do mar azul das Arábias!
Se os chineses abocanharam as propostas e o grande negócio de realidade virtual, quem de fato, fez um Negócio das Arábias foi Alan Clay!

domingo, 10 de julho de 2016

Julieta

Almodóvar é imbatível! Não há como não amá-lo! Ninguém faz melhor um dramalhão!
Mas cá para nós, eu esperava uma daquelas histórias incríveis que ninguém  conseguiria imaginar como "Tudo por minha mãe"!
O drama de Almodóvar conta a história de Julieta, uma mulher que se apaixona por um pescador, muda de vida e tem uma filha com ele. Ironia do destino, um dia o mar leva seu grande amor. A filha, uma adolescente  imatura e desequilibrada culpa a mãe pela desgraça! Acabou minha paciência com essas maluquinhas! Ainda mais quando buscam refúgio em religiões alternativas, tipo Santo Dai-me!
Almodóvar destaca a relação entre mãe e filha, o drama da mãe, que se sente culpada por não ter educado melhor sua filha! 
Mas qual mãe ou pai que não se tortura por isso? Esse sentimento até é explorado em propagandas de carro na TV! Quando o pai, depois que o filho compra um carrão se penitencia por não ter-lhe dedicado um tempo maior. O filho responde : pai aqui está a tua segunda chance, minha mulher está grávida!
Enfim , as duas atrizes que fazem Julieta são muito bonitas. Mas a Julieta jovem é perfeita! Linda de morrer!
Ingrata mesmo, é a filha de Julieta, pune a mãe por mais de 12 anos, simplesmente desaparece! E a mãe sofre demais! Nada podia funcionar em sua vida sem a presença da filha! Estava certa ela! Nenhuma de nós gostaria de passar por essa experiência!
Engraçado, Almodóvar fala com conhecimento de causa sobre homossexualismo masculino, mas sobre o feminino apenas insinua. 
Entendi que a filha tinha se apaixonado pela colega de escola, não conseguindo superar seus conflitos, refugia-se na religião e pune a mãe porque esta teria discutido com o pai, justamente antes dele entrar no mar e ser surprendido pela tempestade!
Muito engraçada e genial é a empregada, com aquele narigão! Uma fofoqueira de marca maior! A atriz é ótima!
Enfim, não perca mais um Almodóvar e descubra que ainda existem homens que podem ser os maridos ideais mas que as mulheres não conseguem enxergar! 

Julieta

Almodóvar é imbatível! Não há como não amá-lo! Ninguém faz melhor um dramalhão!
Mas cá para nós, eu espera uma daquelas histórias incríveis, que nenhum de nós conseguiria imaginar como "Tudo por minha mãe"!
O drama de Almodóvar conta a história de Julieta, uma mulher que se apaixona por um pescador, muda de vida e tem uma filha com ele. Ironia do destino, um dia o mar leva seu grande amor. A filha, uma adolescente  imatura e desequilibrada culpa a mãe pela desgraça! Acabou minha paciência com estas louquinhas! Ainda mais quando elas buscam refúgio em religiões alternativas, tipo Santo Dai-me!
Desta vez, Almodóvar destaca a relação entre mãe e filha, o drama da mãe, que se sente culpada por não ter educado melhor sua filha! 
Mas qual mãe ou pai que não se tortura por isso? Esse sentimento até é explorado em propagandas de carro na TV! Quando o pai, depois que o filho compra um carrão se penitencia por não ter-lhe dedicado um tempo maior. Este responde : pai aqui está a tua segunda chance, minha mulher está grávida!
Enfim , as duas atrizes que fazem Julieta são muito bonitas. Mas a Julieta jovem é perfeita! Linda de morrer!
Filha ingrata mesmo, é a filha de Julieta, pune a mãe por mais de 12 anos, simplesmente desaparece! E a mãe sofre demais! Nada podia funcionar em sua vida sem a presença da filha! Estava certa ela! Nenhuma de nós gostaria de passar por essa experiência!
Engraçado, Almodóvar fala com conhecimento de causa sobre homossexualismo masculino, mas sobre o feminino apenas insinua. Entendi que a filha tinha se apaixonado pela colega de escola, não conseguindo superar seus conflitos, refugia-se na religião e pune a mãe porque esta teria discutido com a pai, justamente antes dele entrar no mar para pescar e ser surprteendido pela tempestade!
Muito engraçada e genial é a empregada, com aquele narigão! Uma fofoqueira de marca maior! A atriz é ótima!
Enfim, não perca mais um Almodóvar e descubra que ainda existem homens que podem ser os maridos ideais mas que as mulheres não conseguem enxergar! 

Julieta

Almodóvar é imbatível! Não há como não amá-lo! Ninguém faz melhor um dramalhão!
Mas cá para nós, eu espera uma daquelas histórias incríveis, que nenhum de nós conseguiria imaginar como "Tudo por minha mãe"!
O drama de Almodóvar conta a história de Julieta, uma mulher que se apaixona por um pescador, muda de vida e tem uma filha com ele. Ironia do destino, um dia o mar leva seu grande amor. A filha, uma adolescente  imatura e desequilibrada culpa a mãe pela desgraça! Acabou minha paciência com estas louquinhas! Ainda mais quando elas buscam refúgio em religiões alternativas, tipo Santo Dai-me!
Desta vez, Almodóvar destaca a relação entre mãe e filha, o drama da mãe, que se sente culpada por não ter educado melhor sua filha! 
Mas qual mãe ou pai que não se tortura por isso? Esse sentimento até é explorado em propagandas de carro na TV! Quando o pai, depois que o filho compra um carrão se penitencia por não ter lhe dedicado um tempo maior. Este responde : pai aqui está a tua segunda chance, minha mulher está grávida!
Enfim , as duas atrizes que fazem Julieta são muito bonitas. Mas a Julieta jovem é perfeita! Linda de morrer!
Filha ingrata mesmo, é a filha de Julieta, pune a mãe por mais de 12 anos, simplesmente desaparece! E a mãe sofre demais! Nada podia funcionar em sua vida sem a presença da filha! Estava certa ela! Nenhuma de nós gostaria de passar por essa experiência!
Engraçado,  Almodóvar fala com conhecimento de causa sobre homossexualismo masculino, mas sobre o feminino apenas insinua. Entendi que a filha tinha se apaixonado pela colega de escola, não conseguindo superar seus conflitos, refugia-se na religião e pune a mãe porque esta teria discutido com a pai, justamente antes dele entrar no mar para pescar e ser surprteendido por uma tempestade!
Mudo engraçada e genial é empregada com aquele narigão! Uma fofoqueira de marca maior! A atriz é ótima!
Enfim, não perca mais um Almodóvar e descubra que ainda existem homena que podem ser os marridos ideias mas que as mulheres não conseguem enxergar! 

Big Jato

O filme é baseado no livro do poeta Xico de Sá e conta sua vida na cidadezinha do interior, Peixe de Pedra. Adorei, embora o diretor Claudio de Assis tenha carregado nos palavrões! Marinalva é fichinha perto de Francisco, pai de Xico. 
Como a história é a visão do poeta, dá para entender o vocabulário, que tenta ser do povão, mas tem muito de erudito. A cada fala surgem palavras sofisticadas e um montão de ditados com filosofia de vida! Matheus Nachtergaele, o pai, puxa do português para surpreender o espectador. 
- "A curiosidade mata a coragem! "
E, na boleia do caminhão que desentupia fossa com um Big Jato, canta para o filho:
- "A curva é que dá sentido na estrada, a reta tem nada a ver na caminhada!"
Nachtergale faz dois papéis, do pai e do tio Nelson. Mas é um pai patrão, preconceituoso, que bate no filho e não aceita a sua vocação para a poesia.
O tio Nestor pode ter influenciado o menino, não parava de falar nos Beatles. Na falta destes, os Betos serviam e cantavam sem parar na Rádio Ororubá! Inventava mil e uma histórias divertidas!
O garoto que faz Xico de Sá ( Rafael Nicácio) é muito bom! Uma graça com aqueles óculos de aros grossos.
O personagem torna-se universal, muita gente tem ou teve familiares alcoólatras, como Francisco. Da mesma forma que nosso herói, apanharam de vara de marmelo e comeram o pão que o diabo amassou! 
Existem muitos Xicos que um dia decidiram abandonar aquela mesquinha cidadezinha do interior. Ficaram desgarrados e sem pátria. Para eles o melhor é não voltar nunca mais!
De qualquer forma Peixe de Pedra nunca abandonou o poeta. O próprio nome do lugar confirma, foi lá que sua consciência permaneceu petrificada.
Se, para o menino foi duro trabalhar sentindo o cheiro de merda o dia inteiro, dá para entender sua fascinação pelo perfume!
Finalmente, o poeta faz a escolha certa: opta pelo perfume!

Big Jato

O filme é baseado no livro do poeta Xico de Sá e conta sua vida na cidadezinha do interior, Peixe de Pedra. Adorei, embora o diretor Claudio de Assis tenha carregado nos palavrões! Marinalva é fichinha perto de Francisco, pai de Xico. 
Como a história é a visão do poeta, dá para entender o vocabulário, que tenta ser do povão, mas tem muito de erudito. A cada fala surgem palavras sofisticadas e um montão de ditados com filosofia de vida! Matheus Nachtergaele, o pai, puxa do português para surpreender o espectador. 
- "A curiosidade mata a coragem! "
E, na boleia do caminhão que desentupia fossa com um Big Jato, canta para o filho:
- "A curva é que dá sentido na estrada, a reta tem nada a ver na caminhada!"
Nachtergale faz dois papéis, do pai e do tio Nelson. Mas é um pai patrão, preconceituoso, que bate no filho e não aceita a sua vocação para a poesia.
O tio Nestor pode ter influenciado o menino, não parava de falar nos Beatles. Na falta destes, os Betos serviam e cantavam sem parar na Rádio Ororubá! Inventava mil e uma histórias divertidas!
O garoto que faz Xico de Sá ( Rafael Nicácio) é muito bom! Uma graça com aqueles óculos de aros grossos.
O personagem torna-se universal, muita gente tem ou teve familiares alcoólatras, como Francisco. Da mesma forma que nosso herói, apanharam de vara de marmelo e comeram o pão que o diabo amassou! 
Existem muitos Xicos que um dia decidiram abandonar aquela mesquinha cidadezinha do interior. Ficaram desgarrados e sem pátria. Para eles o melhor é não voltar nunca mais!
De qualquer forma Peixe de Pedra nunca abandonou o poeta. O próprio nome do lugar confirma, foi lá que sua consciência permaneceu petrificada.
Se, para o menino foi duro trabalhar sentindo o cheiro de merda o dia inteiro, dá para entender sua fascinação pelo perfume!
Finalmente, o poeta faz a escolha certa: opta pelo perfume!

sábado, 16 de abril de 2016

A senhora da van

Fui assistir à comédia dramática, "A senhora da van". Tinha certeza que ía gostar muito, enfim Ms. Sheperd apesar de excêntrica, não era tão simpática…
A ideia do filme é boa, trata-se de uma relação que durou 15 anos, entre um escritor e uma senhora, que morava numa van.
Em um bairro de Londres, o escritor tentava resolver seus próprios conflitos. Até por isso, ele o autor , era duplo, como a personagem Marinalva, do meu blog Marinalvamaisdezessete, que tem mais de dezessete Marinalvas, falando ao mesmo tempo,  dentro dela.
No filme eram dois, um que vivia e o outro que escrevia. O que vivia era o tipo de pessoa folgada. Não fazia nada e sentia o maior prazer em criticar o seu outro. Os dois eram iguais, como um par de vasos. O diretor, sutilmente permite que eles se alternem, um e outro surge com o colarinho aberto, como que a sinalizar que naquele dia estaria menos ferino nas críticas  ao seu gêmeo.
Ms. Sheperd, por sua vez, como toda idosa, fazia chantagem emocional, gritava para quem quisesse ouvir que ela era  muito doente, que estava à beira da morte! Buscava satisfazer o próprio interesse, que lhe ajudassem a empurrar a van, que lhe permitissem estacionar defronte a alguma garagem. Enfim - dentro das limitações de vida de uma idosa que vive dentro de uma van - ela desejava o melhor para si…Ranzinza,  permaneceu indiferente e nunca quis saber quantos minutos de seu precioso tempo o autor dedicou a ela.
Este por sua vez, tinha uma certa fascinação pela velhinha. Se a própria mãe ele cuidava quase por obrigação, permitia que Ms. Sheperd avançasse os limites e invadisse sua privacidade. Ela morava na vaga externa da garagem de nosso duplo e usava o seu banheiro sempre que estava apertada! Fora a quantidade de lixo que produzia e jogava em torno da van! Para espanto do autor e seu duplo, os cocôs da velha senhora saltavam a mais de 1 km. de distância!
Ms. Sheperd não teve uma vida fácil. Mas isso aí de vida fácil não existe hoje em dia! Pena da idosa, isso, acho que alguém na plateia deve ter sentido, quem sabe…
Enfim, o autor que descobria a si mesmo discutindo e enfrentando seu duplo, com certeza estava resolvendo seus conflitos e "A senhora da Van", com certeza  lhe ajudou na empreitada. Pois, como ele mesmo dizia: "Você não se coloca naquilo que escreve, você se encontra!"