sábado, 22 de agosto de 2015

Missão Impossível -Nação Secreta

No mundo das franquias, Tom Cruise é a própria franquia Tom Cruise! Ponto final! Missão Impossível, dirigido por Christopher McQuarie é muito bom! Reúne todas as qualidades, tem  Cruise, como o agente secreto da IMF, mostrando uma coragem particular, que é só dele, de assombrar o mundo. O ator faz pessoalmente todas as cenas, não aceita nenhum "stuntman" nas mais explosivas situações de perigo ou correria.
Ethan Hunt (Tom Cruise) busca a Nação Secreta que pretende dominar o mundo. Descobre que essa sociedade, o Sindicato, é real e está tentando terminar com a organização a que pertence, a IMF.
Os atores foram cuidadosamente escolhidos. Tom Cruise continua o mesmo, um pouco mais velho, mas nada que prejudique sua performance. Preste atenção no olhar ou no trejeito dos lábios, quando coisas surpreendentes acontecem exatamente como ele previa! É muito divertido!
Hunt precisa agir sozinho, mas não sem a parceria dos amigos e companheiros Benji Dunn ( Simon Pegg), Luther Stickell (Ving Rhanes) , William Brant (Jeremy Renner) - adoro as caras e bocas  deste último, quando não quer falar nas sessões que decidem os grandes rumos das agências de segurança nacional! 
Alec Baldwin -  um bolão - onde está o belo de Kim Bassinger? é o chefe descrente -Hungley - que abandona Ethan à própria sorte e ainda o persegue! Assim se desenrolam as cenas de suspense e velocidade.
Missão Impossível tem qualidades raras hoje em dia, deixa muito claro, a existência de um mundo de corrupção, roubo, assassinatos gratuitos, personagens falsos, traidores, criaturas que nascem com parte com o mal, na mais simples das conceituações. E o grupo de nosso super herói tenta restabelecer o equilíbrio, e não estamos questionando se é para o domínio dos americanos, enfim… aqui ninguém é especialista em política internacional…
As cenas iniciais provocam o frisson, Cruise pula para um avião em movimento que contém uma caixa - que não deve partir, segundo Brant! - O genial Ethan fica pendurado na porta da nave - fechada-  constatamos que  levanta vôo! Benji, para nossa aflição se engana e abre a porta do outro lado!
Genial mesmo é a personagem feminina. Ilsa Fast (Rebecca Ferguson) é uma agente britânica, que precisa acender uma vela para deus e outra para o diabo, na tentativa de sobreviver em um mundo cão! A mais perigosa das criaturas é seu chefe, Atllee (Simon McBurney).
Acho que Rebecca Ferguson tem todas as condições de transformar-se em símbolo da nova mulher do século XXI. Ela é linda, rosto belíssimo, cheio de voltinhas, olhos verdes? ou azuis? A personagem é a própria Athena. A deusa tinha uma escultura enorme dentro do Partenon, e possuía uma armadura e uma lança que pesavam mais de 26 kg de ouro! Cheguei a ver a deusa Athena saindo voando de dentro do Partenon para salvar Cruise  da morte. Em 1984, Linda Hamilton, a Sara Connor, mãe de John Connor, em O Exterminador do Futuro, era a personagem da hora! Magra, era só músculos! Alguns anos depois esse tipo de mulher virou moda! Agora é a vez de Rebecca Ferguson!
A atriz faz cenas incríveis! Quem é  aquela mulher alta, que sobe os degraus do teatro em Viena, com um vestido amarelo, que mostra as pernas, cintura fina, e belíssimo dorso? Quem é a mulher que mergulha, serena, no cofre de água que contém os segredos da Sindicato e salva Ethan? Observe, ela nada, como uma grande ave-mãe. Envolve Ethan, com pernas muito fortes, aperta e segura,  levando-o para  um lugar protegido! Observe o charme com que levanta a perna direita e voa na motocicleta!
A cena do teatro, em Viena,  mostra que o diretor aprendeu com o grande mestre Hitchcock. Faça a analogia entre O Homem que Sabia Demais e as cenas de suspense no teatro. Alternam-se   convidados, músicos preparam seus instrumentos, Ethan desliza pela estrutura dos cenários. Enquanto o pior prepara-se para acontecer, indiferente, o espetáculo continua. Como no filme de Hitchcock, está marcado o momento do grande acorde musical, onde o plano maldito pretende concretizar-se! 
Finalmente cabe observar que os agentes são símbolos de honestidade,  companheirismo e generosidade, quando permitem que  o chefe Hungley se redima e usufrua das glórias, como se ele próprio tivesse  resolvido o grande problema!
A música de Lalo Schifrin é alta, belíssima, enquanto os dois companheiros caminham rápido, lado a lado, mostrando seu valor e trabalho de equipe. Não perca! Este filme também deve ser visto duas vezes!



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Que Mal eu fiz a Deus?

Mais um filme francês adorável. Desta vez o diretor quase ganha do genial Woody Allen, que na juventude trabalhava na TV, criando mais de cinquenta piadas por dia! Mesmo assim, Phillipe de Chauveron não fica atrás! A história pode parecer um sinal de boa vontade do diretor? Como se na França  pudesse acontecer uma aproximação entre  imigrantes e a tradicional família francesa?
Pelo menos é o que ele acena neste filme divertidíssimo e inteligente, onde a plateia ri de minuto em minuto! Será que as risadas bobas que damos incomodam os outros?
Não importa! o fato é que o Claude e Marie Verneuil ficam inconsoláveis quando suas adoráveis filhas começam - cada uma -  a casar em sequência, primeiro com o judeu David,  depois, com o muçulmano Rachid e logo em seguida com o chinês Chaou. 
Tudo é motivo para brincadeiras e descontração. Chauveron conquista o público na primeira cena. Os atores  Christian Clavier e Chantal Lauby, que fazem os pais desapontados com a nova vida estão ótimos! Imaginem,  terão de conviver com três  genros de nações  distintas!
A vida do casal piora, a última filha solteira fica noiva de Charles Koffi, um africano, com um sorriso lindo! Lembra o de Morgan Freeman na juventude, mas olhe lá,  nunca vi nenhuma foto do atour quando era jovem!!! Enfim, é só imaginar!
E as diferenças entre judeus, muçulmanos e chineses aos poucos vão sendo aparadas, até que David e Chaou se unem para produzir um Halal Eco, com o auxílio de um bom advogado muçulmano! Quando os Verneuils estão se recuperando do golpe, surge Koffi... O problema é que faltara coragem para a fofíssima filha loura revelar aos pais que o futuro marido  era africano! A cara de surpresa de Claude é hilária! E Koffi observa que o futuro sogro vai ter um derrame!
Muitas piadas são calcadas na realidade, o que torna tudo mais engraçado! Digam-me qual o idoso, que não levou um escorregão, já na terceira idade? E qual o idoso que não teimou em deixar pendurada na sala a foto da filha com o primeiro namorado? Quando o mundo já andara  mais rápido? E ele teimava em escondê-la  quando a filha vinha de visita! He! he! he! Claude fazia o mesmo, tirava do sótão o quadro tenebroso, pintado pela filha deprê, somente quando ela vinha de visita! O problema surge quando ele  escorrega no brinquedo dos netos,  cai de bunda no chão e fica com a cabeça atravessada no quadro! Impossível não identificar-se com o pobre Verneuil! He! He! He!  Imaginem a reação da filha depressiva!
 Foi muito, muito engraçado! As piadas se sucedem,   a da aproximação entre Verneil e o sogro africano é demais! Idem a do policial que simplemente não acredita que aqueles quatro imigrantes,  todos são literalmente genros do  francês mal comportado que mantém preso!
Não perca este filme,  assista duas vezes! Você terá uma dupla diversão!
E para finalizar tique atento ao recado do diretor:
-  "Le monde a changé, il faut être tolerant!"
-  "O mundo mudou é preciso ser tolerante!"