sábado, 9 de abril de 2016

Cemitério do Esplendor

Cemitério do Esplendor mostra o lado místico e pobre da Tailândia. O diretor Apichatpong Weerasthakul fala de pobreza e da irresponsabilidade do ditador. Era dele a foto na sala enorme , sem mobiliário? O diretor, imagino, tinha quase nada de recursos para fazer o filme, tipo uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Tudo o que envolve a história é um verdadeiro drama sem solução. Soldados sofrem da doença do sono e dormem, sem a menor possibilidade de cura. O filme fala sobre o tempo, a exasperação de um tempo perdido. Por isso a cena do dormitório coletivo, somente o ruído dos ventiladores girando, num movimento perpétuo. Quando os irmãos Wright inventaram o cinema, o fizeram passando vinte e quatro quadros por segundo. Apichatpong, tentando passar a ideia da relatividade do tempo, exagera, a câmera literalmente pára em determinadas cenas, tudo permane imóvel por mais de 30 segundos! Quem suporta tanta exasperação de um tempo que não passa?
Acho que ele escolheu a Jenjira Pongpas  - que fazia o papel da enfermeira voluntária - porque de fato ela tinha uma perna mais curta que a outra?… Enfim, Jenjira sente-se atraída pelo soldado adormecido, Itt ( Banlop Lomnoi) - que lá pelas tantas acorda e novamente cai dormindo. Consegue comunicar-se com ele, através da vidente que lambe a sua perna deformada, num misto de erotismo e comportamento canino! - dai-me paciência! - Lembrei que a enfermeira o chamava  de meu cachorrinho! Enfim, quando fala de sexo, novamente Apichatpong provoca mal estar e desassossego... 

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