Ben Affleck dirige e atua neste filme de americanos para americanos. O fato é verdadeiro e conta o episódio de resgate de seis diplomatas durante uma das tantas crises no Irã. Desta vez foi em 1979, após a queda do Xá Reza Pahlavi. É mais uma das tantas histórias da CIA. Ben Affleck dá credibilidade ao filme e recria o personagem de Tony Mendez, o agente da CIA, com perfeição. O melhor do visual do ator fica por conta do blazer de lã e do corte de cabelo, muito dos anos 70.
Mais de 58 americanos tornam-se reféns dos iraquianos, mas seis diplomatas conseguem refugiar-se na casa do Embaixador do Canadá, durante a crise. Mendez com a ajuda de John Chambers (John Goodman) e do produtor cinematográfico Lester Siegel (Alan Arkin) cria a farsa de "Argo", o filme de ficção científica. Se a história é verdadeira, o filme é falso diz a propaganda de "Argo". A fantasia que estariam produzindo é um filme tipo "Star Wars". Os produtores precisariam de cenários exóticos, por isso estão em Teerã. Os seis diplomatas devem transformar-se em atores e precisam acreditar nesta história tola, considerada pelo próprio Mendez como muito idiota, mas ao que parece teria sido a única coisa em que conseguiram pensar.
O filme não emociona até a cena final, esta sim vale as 2h30m que ficamos sentados. A aeronave prepara-se para levantar vôo. As cenas se alternam, o enorme avião prepara-se para decolar & os iranianos desesperados fazem de tudo para reverter o que permitiram acontecer. O avião da Swissair nunca levantou vôo de forma tão bonita. Como um verdadeiro falcão, poderoso, alcança os céus e a liberdade, enquanto na terra, os homens bradam com fúria a sua impotência... O vôo é emocionante porque todo homem, no fundo de seu ser deseja voar como Ícaro, subir aos céus, voar e desfrutar o vento, livre como um pássaro. Naquele bendito dia dos seis diplomatas o avião da Swissair se transformou no pássaro e os homens em seres minúsculos...