- Não sou o Capitão Phillips, mas tenho lá a minha coragem!
Brincadeiras à parte, Capitão Phillips é um dos melhores filmes de 2013. Tom Hanks está muito, muito bom, você não consegue sequer imaginar. A emoção toma conta do espectador. Meu coração acelerou. Quando o capitão foi sequestrado, pensei: Só me faltava esta, morrer agora, de emoção, na sala de cinema, vendo Tom Hanks.
A história é verdadeira e conta o sequestro do navio Maersk Line Alabama, cujo capitão é sequestrado.
Quatro somalis provocam o terror dentro do navio. Ao mesmo tempo nos perguntamos, como aqueles quatro esmirrados e subdesenvolvidos conseguiram enfrentar o todo poderoso EUA?
O enfrentamento transforma-se em risível espetáculo. Atrás da baleeira estava o navio Maersk, do próprio Phillips, outro enorme navio de guerra americano, anti pirataria, e muitos helicópteros girando. O clima de tensão vai num crescendo até se instalar o caos total no espacinho claustrofóbico da baleeira. Os tempos do filme são perfeitos e Tom Hanks está simplesmente maravilhoso. Óbvio Paul Greengrass faz um filme para elevar aos céus a potência americana, embora não deixe de fazer uma sutil crítica: a verdadeira tropa de elite encarregada de salvar o Capitão é formada por um exército de brutamontes, verdadeiros robos com excesso de massa muscular.
Quanto aos sequestradores, vilões da história, de fato são uns coitados, sem esperança e sem futuro. Tão magros que, provavelmente passaram fome na infância. A verdadeira barbárie seria a situação econômica e política que gera esse tipo de conflito. Aqui Greengrass mostra um filme maniqueísta, com o mau e o bom, mas Moses, o capitão dos bandidos passa a sentir admiração por seu sequestrado. Inevitável não é mesmo?
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