domingo, 17 de novembro de 2013

Cap. Phiillips

O personagem de Tom Hanks pode se transformar em verdadeiro ícone. Hoje, Marinalva estava no meio do verdadeiro dilúvio que tomou conta de Porto Alegre. O pior foi ter que voltar e fazer o caminho novamente por ter esquecido as roupas que deveria usar. Quando se desvencilhou da tranqueira, acelerou o carro. O Irinho voava , mandando água para todo lado, parecia uma lancha, quando sem querer molhou por completo um azulzinho vestido de amarelo, pode? E  Marinalva repetia em voz alta para si mesma:
- Não sou o Capitão Phillips, mas tenho lá a minha coragem!

Brincadeiras à parte, Capitão Phillips é um dos melhores filmes de 2013. Tom Hanks está muito, muito bom, você não consegue sequer imaginar. A emoção toma conta do espectador. Meu coração acelerou. Quando o capitão foi sequestrado, pensei: Só me faltava esta, morrer agora,  de emoção, na sala de cinema, vendo Tom Hanks. 

A história é verdadeira e conta o sequestro do navio Maersk Line Alabama, cujo capitão é sequestrado. 

Quatro somalis provocam o terror dentro do navio. Ao mesmo tempo nos perguntamos, como aqueles quatro esmirrados e subdesenvolvidos conseguiram enfrentar o todo poderoso EUA?

O enfrentamento transforma-se em risível espetáculo. Atrás da baleeira estava o navio Maersk, do próprio Phillips, outro enorme navio de guerra americano, anti pirataria, e muitos helicópteros girando. O clima de tensão vai num crescendo até se instalar o caos total no espacinho claustrofóbico da baleeira. Os tempos do filme são perfeitos e Tom Hanks está simplesmente maravilhoso. Óbvio Paul Greengrass faz um  filme para elevar aos céus a potência americana, embora não deixe de fazer uma sutil crítica: a verdadeira tropa de elite encarregada de salvar o Capitão é formada por um exército de brutamontes, verdadeiros robos com excesso de massa muscular.
Quanto  aos sequestradores, vilões da história, de fato são uns coitados, sem esperança e sem futuro. Tão magros que, provavelmente passaram fome na infância. A verdadeira barbárie seria a situação econômica e política que gera esse tipo de conflito. Aqui Greengrass mostra um filme maniqueísta, com o mau e o bom, mas Moses, o capitão dos bandidos passa a sentir admiração por seu sequestrado. Inevitável não é mesmo?  


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