Um amor, duas vidas, de Dominik Graf, conta da vida cotidiana e amorosa
de Friedrich Schiller (Florian Stetter). No auge do romantismo na Alemanha,
Schiller foi poeta , filósofo e historiador, tendo incentivado o movimento Sturm
und Drung.
No filme, os personagens falam tanto e acontece tanta coisa que foi
preciso o diretor colocar um narrador. Na terceira pessoa, ele orienta o
espectador em toda a movimentação de Schiller. Imagino que o diretor considera o público muito fraquinho das
ideias! Em voz alta o narrador lê o
texto traduzido na legenda! Como se o diretor tivesse pressa, tudo continua
acontecendo na tela!
A sociedade alemã do século XVII é muito conservadora.
Paradoxalmente, eram mais ou menos como
os romanos, rompiam qualquer regra de moral e comportamento. Enfim,
cinicamente, ensinavam à mulher como comportar-se em sociedade para arranjar um
casamento de interesse. No meio daquele clima bárbaro, o diretor mostra
mulheres tendo ataques de histeria! Tudo o que Freud mais amava estudar! Estranho... só vi crises de histeria no
cinema... A professora de como arranjar
um marido rico grita histericamente quando é abandonada por Goethe! Naquele
momento com certeza esqueceu tudo o que ensinava para as alunas - ser educada,
inteligente, saber tocar piano, e fundamentalmente ser sedutora para conquistar
um bom partido. Enfim, é um filme
cansativo, que fala de figurões da história oficial, mas que está sendo
boicotado pela Zero. Imagine, quem fez a
sinopse com certeza não deve saber em que mundo vive. O famoso Schiller sequer
é citado. Aparece apenas como um homem que vive com duas mulheres. O pior é que fiquei chocada quando Schiller
começou a viver com as duas irmãs! Charlotte ( Henriette Confutius) e Caroline
Legenfeld (Hannah Herzsprung).
As duas tinham feito o mais
idiota dos pactos, à beira de uma cascata do Reno, uma nunca abandonaria a
outra! E o diretor filma as duas próximas demais, exagero de amor e dedicação,
quase incestuosas! Disso nos livramos! Schiller começa a mostrar uma paixão
desenfreada por uma delas. Óbvio que o pacto não resiste à paixão devoradora
que incendiava Schiller e Caroline! Nessas historias trágicas de dantes, quando
alguém cospe sangue, morre de tuberculose. Schiller cuspia sangue, na verdade
tinha malária!
Patética e de causar nojo, a mãe das meninas apenas desejava que as
filhas casassem com um homem rico!
E Caroline, embora casada, se prostituía para
contribuir com algum dinheiro quando morou na casa de Schiller! Pode? Não falei
que eram como os romanos e rompiam qualquer regra de ética e moralidade? Dá-lhe
Schiller! Estou escandalizada!
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