terça-feira, 31 de março de 2015

Duas irmãs, uma paixão


Um amor, duas vidas, de Dominik Graf, conta da vida cotidiana e amorosa de Friedrich Schiller (Florian Stetter). No auge do romantismo na Alemanha, Schiller foi poeta , filósofo e historiador, tendo incentivado o movimento Sturm und  Drung.
No filme, os personagens falam tanto e acontece tanta coisa que foi preciso o diretor colocar um narrador. Na terceira pessoa, ele orienta o espectador em toda a movimentação de Schiller. Imagino que o diretor  considera o público muito fraquinho das ideias!  Em voz alta o narrador lê o texto traduzido na legenda! Como se o diretor tivesse pressa, tudo continua acontecendo na tela!
A sociedade alemã do século XVII é muito conservadora. Paradoxalmente,  eram mais ou menos como os romanos, rompiam qualquer regra de moral e comportamento. Enfim, cinicamente, ensinavam à mulher como comportar-se em sociedade para arranjar um casamento de interesse. No meio daquele clima bárbaro, o diretor mostra mulheres tendo ataques de histeria! Tudo o que Freud mais amava estudar!  Estranho... só vi crises de histeria no cinema... A professora de como  arranjar um marido rico grita histericamente quando é abandonada por Goethe! Naquele momento com certeza esqueceu tudo o que ensinava para as alunas - ser educada, inteligente, saber tocar piano, e fundamentalmente ser sedutora para conquistar um bom partido.  Enfim, é um filme cansativo, que fala de figurões da história oficial, mas que está sendo boicotado pela Zero. Imagine, quem  fez a sinopse com certeza não deve saber em que mundo vive. O famoso Schiller sequer é citado. Aparece apenas como um homem que vive com duas mulheres.  O pior é que fiquei chocada quando Schiller começou a viver com as duas irmãs! Charlotte ( Henriette Confutius) e Caroline Legenfeld (Hannah Herzsprung).
 As duas tinham feito o mais idiota dos pactos, à beira de uma cascata do Reno, uma nunca abandonaria a outra! E o diretor filma as duas próximas demais, exagero de amor e dedicação, quase incestuosas! Disso nos livramos! Schiller começa a mostrar uma paixão desenfreada por uma delas. Óbvio que o pacto não resiste à paixão devoradora que incendiava Schiller e Caroline! Nessas historias trágicas de dantes, quando alguém cospe sangue, morre de tuberculose. Schiller cuspia sangue, na verdade tinha malária!
Patética e de causar nojo, a mãe das meninas apenas desejava que as filhas casassem com um homem rico!

E Caroline, embora casada, se prostituía para contribuir com algum dinheiro quando morou na casa de Schiller! Pode? Não falei que eram como os romanos e rompiam qualquer regra de ética e moralidade? Dá-lhe Schiller! Estou escandalizada!

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