quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Que Mal eu fiz a Deus?

Mais um filme francês adorável. Desta vez o diretor quase ganha do genial Woody Allen, que na juventude trabalhava na TV, criando mais de cinquenta piadas por dia! Mesmo assim, Phillipe de Chauveron não fica atrás! A história pode parecer um sinal de boa vontade do diretor? Como se na França  pudesse acontecer uma aproximação entre  imigrantes e a tradicional família francesa?
Pelo menos é o que ele acena neste filme divertidíssimo e inteligente, onde a plateia ri de minuto em minuto! Será que as risadas bobas que damos incomodam os outros?
Não importa! o fato é que o Claude e Marie Verneuil ficam inconsoláveis quando suas adoráveis filhas começam - cada uma -  a casar em sequência, primeiro com o judeu David,  depois, com o muçulmano Rachid e logo em seguida com o chinês Chaou. 
Tudo é motivo para brincadeiras e descontração. Chauveron conquista o público na primeira cena. Os atores  Christian Clavier e Chantal Lauby, que fazem os pais desapontados com a nova vida estão ótimos! Imaginem,  terão de conviver com três  genros de nações  distintas!
A vida do casal piora, a última filha solteira fica noiva de Charles Koffi, um africano, com um sorriso lindo! Lembra o de Morgan Freeman na juventude, mas olhe lá,  nunca vi nenhuma foto do atour quando era jovem!!! Enfim, é só imaginar!
E as diferenças entre judeus, muçulmanos e chineses aos poucos vão sendo aparadas, até que David e Chaou se unem para produzir um Halal Eco, com o auxílio de um bom advogado muçulmano! Quando os Verneuils estão se recuperando do golpe, surge Koffi... O problema é que faltara coragem para a fofíssima filha loura revelar aos pais que o futuro marido  era africano! A cara de surpresa de Claude é hilária! E Koffi observa que o futuro sogro vai ter um derrame!
Muitas piadas são calcadas na realidade, o que torna tudo mais engraçado! Digam-me qual o idoso, que não levou um escorregão, já na terceira idade? E qual o idoso que não teimou em deixar pendurada na sala a foto da filha com o primeiro namorado? Quando o mundo já andara  mais rápido? E ele teimava em escondê-la  quando a filha vinha de visita! He! he! he! Claude fazia o mesmo, tirava do sótão o quadro tenebroso, pintado pela filha deprê, somente quando ela vinha de visita! O problema surge quando ele  escorrega no brinquedo dos netos,  cai de bunda no chão e fica com a cabeça atravessada no quadro! Impossível não identificar-se com o pobre Verneuil! He! He! He!  Imaginem a reação da filha depressiva!
 Foi muito, muito engraçado! As piadas se sucedem,   a da aproximação entre Verneil e o sogro africano é demais! Idem a do policial que simplemente não acredita que aqueles quatro imigrantes,  todos são literalmente genros do  francês mal comportado que mantém preso!
Não perca este filme,  assista duas vezes! Você terá uma dupla diversão!
E para finalizar tique atento ao recado do diretor:
-  "Le monde a changé, il faut être tolerant!"
-  "O mundo mudou é preciso ser tolerante!"



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