domingo, 1 de junho de 2014

Malévola

Malévola é um filme para quem gosta de contos de fadas, para as eternas crianças que ganharam de suas mães, aqueles enormes livros coloridos com os contos dos Irmãos Grimm,  Perrault ou as Fábulas de Esopo. Angelina Jolie está absolutamente linda, magra, é verdade!
A história é baseada na Bela Adormecida dos Irmãos Grimm. Malévola (Angelina Jolie) é uma fada com asas, protetora do Reino dos Moors. Stefan, herdeiro do trono no reino vizinho, inicia um namoro com a jovem. Tudo dá errado, quando vence a ambição. Stefan dá um poderoso veneno para Malévola adormecer, corta-lhe as asas e abre caminho tornar-se o líder do reino. A belíssima sofre  e jura vingança: a filha do rei, aos dezesseis anos furaria o dedo em uma roca de fiar e adormeceria para sempre! Somente o amor verdadeiro, o beijo do príncipe  encantado poderia trazê-la de volta à vida!
O problema é que naquela época, pelo menos, ninguém acreditava na existência do verdadeiro amor! Pelo visto os Irmãos Grimm, pelo menos, acreditavam!
E tem mais, o filme é sob medida para mães de coração. Notaram que a mãe da Bela Adormecida sequer aparece? É vista em uma única cena antes da menina nascer. Assim, a emoção vai tomando conta de Malévola e das mães, na platéia. 
As mais remotas lembranças de Aurora, a Bela Adormecida (Elle Fanning), incluem Malévola. A própria princesinha diz que a sombra de sua fada madrinha sempre esteve perto dela. E tudo começa quando a menina rechonchuda percebe a presença de Malévola à espreita, lhe dá um abraço que só criança sabe dar, e pede colo! Ninguém poderia resistir... Naquele instante, Malévola é picada pelo amor materno, sem saber se transforma de verdade em madrinha e mãe da Bela Adormecida.
O filme de Robert Stromberg mostra essa versão diferente e mais interessante do que a clássica  caracterização da Bela Adormecida, com personagens entre o bem e o mal. Na Malévola atual, ninguém é absolutamente mau ou inteiramente bom e perfeito. Angelina Jolie, a malvada,  é a própria contradição! Entendemos  suas razões e compreendemos seu sofrimento. 
Quase tudo é genial! Com excessão do lobo de computador - um fracasso! - o filme, tem belos efeitos cenográficos. Para nosso deleite, possui todo tipo de personagens de contos de fadas, fadinhas atrapalhadas, soldados fracos e ignorantes, rei mau e ambicioso, muita luta e muitos efeitos digitais. No final, surge um dragão que cospe fogo, apagando os inimigos! 
Gostei da forma como foi resolvida a questão de acordar a Bela Adormecida, sem alterar demais a história. Tanto Malévola como Diaval, o fiel servo, reconhecem que o beijo do príncipe  é a única chance de Aurora.
E o destino se cumpre, do nada, surge o belo mancebo - o que menos convenceu a platéia diga-se - com seu beijo puro, de amor, traz Aurora de volta à vida! Ou seria o amor verdadeiro de Malévola que faz  a jovem acordar de seu sono profundo? 
Para finalizar, a fada madrinha dá um show com suas belíssimas asas, recuperadas graças à ajuda da princesinha. Prestem atenção ao som do bater das asas e à forma como ela toca no chão com a elegância de uma ave de rapina! 
Esta história deve ter me marcado tanto, que sempre que vejo alguém com os cabelos absolutamente lindos, digo que a pessoa tem os cabelos da Bela Adormecida! 

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