"Una Pistola en cada Mano" relata cinco episódios de histórias masculinas. Eles se encontram, conversam e falam de tudo aquilo que mais atrai a curiosidade feminina. Mas aí é que está, não revelam tudo, se olham, se medem, fazem perguntas - um para o outro - de quem não suporta mais a curiosidade. Tentam esconder limites, fraquezas e carências. No primeiro, dois homens se encontram, se reconhecem e se abraçam. Um deles, emocionado, chora, mas porque chora?
As mulheres são firmes, bem resolvidas, como a ex do segundo episódio, que ouve o ex-marido, como alguém a quem se está fazendo um grande favor. Ele por sua vez, representa o papel do coitadinho. Não sabendo o que fazer da vida, quando tudo dá errado, tenta voltar. Coloca-se à disposição, nem que seja para lembra-la da hora do remédio.
O diretor espanhol não cria grandes expectativas, de falas dramáticas e contundentes. Tudo flui naturalmente.
Ricardo Darin, como o marido traído, está muito bom, representa "o cornudo", como o próprio se intitula! É tão convincente que parece que estamos conversando com ele. Sentado num banco de praça, olha para a janela do prédio onde sua mulher se encontra com o amante. Patético. Mais ainda quando afirma que vai telefonar para ele, quer esclarecer as razões pelas quais ela não deve abandoná-lo: por consideração! Mais simplório, só a Vanda de Abismo de Um Sonho!
Como as coisas sempre podem piorar, percebe tardiamente, aquele homem na sua frente, que conversa com ele e corre com o cachorro Ako, é quem vai atender ao celular!
Os quiprocós se sucedem. O diretor não tem pena dos pobres homens, como aquele que ganha carona da mulher dele, que conta tudo de seu desempenho sexual! Deus! O que os dois poderão fazer quando se encontrarem?
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