quinta-feira, 14 de abril de 2011

Rio

"Rio", o filme, não cabe dentro de um texto. "Rio" é cor, movimento, ação, música, samba, amor e carioquice. Além de ser uma história belíssima e colorida, acima de tudo, trata do amor. Primeiro, do amor de Linda (Leslie Mann) por seu bicho de estimação. Segundo do amor entre Linda e Jade. O diretor Carlos Saldanha -um dos criadores de "A Era do Gelo" - conhece muito bem os temas que mobilizam adultos e crianças. Como pai de Manuel, Julia, Sophia e Rafael conhece os assuntos "crica", que tratam de crianças e cachorros, e que nos emocionam tanto!

"Rio" inicia com o despertar de aves coloridas, que dançam e celebram a vida na floresta da cidade maravilhosa. Mas o mal espreita. "Rio" não esquece o grande drama do Brasil, que precisa despertar do berço esplêndido para salvar suas florestas, seus bichos e suas crianças. Carlos Saldanha não esquece a face escura do Rio, que esmaga sua natureza com o crime do tráfico de animais silvestres. Se Linda tem o seu Blu - que sequer aprendeu a voar- é graças a essas ações criminosas. Consciência à parte entramos no mundo maravilhoso da fantasia, que extasia qualquer um. Você consegue imaginar o que Walt Disney sentiria?

Blu é uma arara em vias de extinção. Seria o último da espécie, quando um veterinário aventureiro descobre que existe uma ararinha azul, Jewel, no Rio de Janeiro, e que portanto ele e Linda podem salvar a espécie. Embora o veterinário deseje o mesmo, salvar a espécie humana, com Linda, de quem se enamora!

O desenho, a criação, o movimento, a expressão dos bichos não é possível descrever. É preciso ver o azul forte que cobre as penas de Blu e suas inúmeras tentivas de aprender a voar. Carlos Saldanha como um verdadeiro carioca que se orgulha de sua cidade natal mostra Blu voando de asa delta, sobre a paisagem do Pão de Açúcar e do Cristo, de Paul Landowski. Vejam só, foi preciso a contribuição de um escultor francês para enriquecer ainda mais uma paisagem por si só maravilhosa. Quando vi o Rio de Janeiro pela primeira vez pensei, Deus estava de bem mesmo com este lugar!

Após chegarem ao Rio, Blu e Jade são sequestrados por um bando. O traficante - muito bem caracterizado: magro, feio e com um cavanhaque desenhado - é auxiliado por dois patetas cujo maior sonho é desfilar em uma escola de samba! Mas o criminoso mór é uma cacatua velha e enrrugada, que arrepia com suas garras ponteagudas e obedece cegamente às ordens do mandante. Imagine todas estas aventuras com muitas aves ajudando Blu e Jewel, que por ironia do destino ficam amarrados por uma corrente e espetados pelo Cupido!


Vozes famosas fazem as falas dos bichos. Blu tem a voz de Jesse Eisenberg, a mais fácil de reconhecer. Jade possui a voz delicada de Anne Hathaway. O Tucano Rafael, meio espanhol tem a voz de George Lopez. Mas o personagem adorável é o buldogue Luiz, um cachorrão muito parecido com a Angel, a buldogue de minha filha Lucia. Possui os dentes inferiores proeminentes e cruzados, tentando segurar uma baba que teima em cair em câmera lenta, numa queda live, vagarosa e ininterrupta. Para mim, a sequência com Luiz é um dos pontos altos do filme. A minha vizinha da vilinha onde morei em São Paulo dizia que todo Luiz é um cara terrível, que os Luizes são danados. Bem, o Luiz do filme não foge à regra. Você precisa ver!


Finalmente um pequeno problema não consegui identificar a voz de Rodrigo Santoro. Li que ele faz Tulio. Mas um personagem tão pequeno? Será? Não lembro. Preciso rever. Desta vez será em 3 D é claro!

Um comentário:

  1. Oi Dóris.tudo bem!Gostei do comentário sobre o filme.Vou procurar assistir.
    Quanto ao livro que te falei, chama-se A História da Arquitetura Mundial - de MICHAEL FAZIO, MARIAN MOFFETT & LAWRENCE WODEHOUSE - Editora Bookman.Está a venda no site Portal de Livros, caso se interesse (http://www.portaldelivros.com.br/).Eu adorei o livro, é muito bom.Mais de 500 páginas com belas imagens, desenhos, englobando a história da arquitetura ocidental e também da arquitetura oriental.
    Abraço

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