A Índia vende não somente Bollywood, mas a mística da espiritualidade. As três brasileiras que chegam lá em busca do sonho Bollywoodiano querem ser atrizes. No Brasil estão insatisfeitas com a vida cotidiana, a família e a mediocridade do dia a dia. Tanto, que uma delas opta por deixar o filho. O garoto seria menos importante que a crise pessoal? Apesar das rúpias indianas valerem muito pouco, precisam pechinchar ou, pelo menos, trabalhar. Ana (Paula Braun), Luna (Lorena Lobato) e Sofia (Nataly Cabanas) estão tão bem, tão naturais que parecem fazer parte de nossa vida, como se as conhecessemos. A Índia é diferente, os valores são outros, mas tem suas aproximações com o Brasil, na cultura e vida terceiro mundista. Aqui você não ouvirá de ninguém que Deus gosta de quem trabalha, mas ama quem dança! É preciso dançar para honrar os deuses. E nessa dança de pura alegria as três se divertem com o menino professor. Beatriz Steigner - diretora e roteirista- demonstra sua vivência do mundo indiano com o questionamente colocado à Ana, Luna e Sofia: Você pertence a quem? Você sentiu alguma vez o sentimento de pertencer a alguém ou a algo? Ou ainda, você pertence a si mesma? Você possui ligações profundas, que dêem um sentido para sua vida? O questionamento, em nossas mentes, poderá transformar-se em pensamento recorrente e muitos não terão resposta. Mas sempre poderão buscá-las. As dificuldades se alternam, uma atrás da outra. Depois de muitas aventuras, as personagens percebem que mais do que correr atrás do sonho Bollywoodiano, estão em busca do caminho e do sentido para a vida. Para os indianos - poderia ser para nós também? - em nossas vidas buscamos um caminho, mas nunca alcançaremos o fim desse caminho. Sempre ficará algo por fazer. Se existe o caminho que cada um trilha por livre escolha, também existe o destino. Na maior parte das vezes trilhamos caminhos distintos de nosso destino. O ideal seria fazer dos dois uma unidade. Fazer da estrada da vida e do destino um único caminho. Eis o desafio para Ana, Luna, Sofia e para cada um de nós. Eis uma reflexão que poderíamos enfrentar. Difícil, não é?
quarta-feira, 1 de junho de 2011
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