Thomas Emhoff (Matt Demon) é o último a saber, a bela Beth Emhoff (Gwyneth Paltrow) o traía em mais uma de suas inúmeras viagens a trabalho. Por simples acaso é justamente ela a primeira a contrair o vírus mortal, mutante, capaz de dizimar a humanidade. O filme de Steven Soderbergh é bom, convincente e verdadeiro. Sem emoção parece um documentário, ou uma reportagem , em que o espectador vai recebendo as informações necessárias aos poucos. Os personagens são muitos e os atores famosos dão credibillidade ao filme. Kate Winsley é a médica, Erin Mears, que tenta salvar a humanidade, mas sucumbe, vítima do contágio.Jude Law é Alan Krumwiede, o jornalista desajeitado que adora criar polêmicas com propostas de tratamentos alternativos. Jude Law faz gênero, que nem em "A estrada da perdição". Transforma-se num jornalista comum, feio de dar dó, que não se sabe porque cargas d'água não tem o seu ortodontista. Hoje todo mundo alinha os dentes, menos Alan Krumwiede e Ronaldinho, ambos não economizam sorrisos com seus dentes horrosos!
Steven Soderbergh discute seriamente o problema das doenças infecto-contagiosas que assombram a humanidade desde sempre. Quando se trata de combater epidemias, os momentos críticos da história da humanidade revelam os múltiplos interesses que se chocam. Se existem heróinas como as doutoras Mears e Orantes (Marion Cotillard), ou ainda a jovem epidemiologista que inocula o vírus em si mesma para testar a vacina, os interesses espúrios andam à solta.
Medo do contágio e pânico são o grande perigo. Podemos tentar nos convencer que não temos nada a ver com isso - pura ilusão - quem não lembra do pavor da gripe H1N1?Quando as férias escolares foram prolongadas e as pessoas entravam no ônibus com o rosto coberto por máscaras! Cruz credo, que "meda"!
Quem leu os jornais de Porto Alegre de 1917 ficou sabendo. A "espanhola" matou tanta gente, que naquele ano houve mais mortes que casamentos e nascimentos! Na Espanha morreram 1% da população, segundo Soderbergh. Diretor sério, rodeou-se das pessoas certas como o virologista Ian Lipkin, que o assessorou nos meandros da terrível doença. "O Contágio" foi dado a conhecer como nos atos de uma peça de teatro, primeiro dia, segundo dia e lá se foi além do décimo oitavo dia. Não deixe de assistir e descubra como os personagens do filme que nós também poderíamos estar à mercê do vírus mutante, resultado de prosaica mistura entre excreções de morcego que alimentam porcos!
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
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