segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Bem Amadas

O filme é realizado em família e a história trata do que acontece na vida real. Catherine Deneuve e Chiara Mastroianni como as personagens Madeleine e Vera também são mãe e filha. A história trata das diversas fases da vida amorosa de cada uma. O restante do elenco são atores interessantes como o belo Louis Garrel, Milos Forman e Paul Schneider.  Ludivine Sagnier é Madeleine na juventude. Tudo tem início na Paris dos anos sessenta. Madeleine é  uma mulher jovem, loura, sonhadora e feminina.  Caminha pelas ruas de Paris com o futuro marido, um médico (Milos Forman). Ingenuidade e juventude  a impedem de perceber que Milos não é emocionalmente estável. Deseja outras mulheres, a trai sem o menor pudor. Casamento caído por terra e Madeleine volta à Paris. Saltando no tempo a vemos gorda, velha senhora, com cirurgia plástica no rosto. Pior, cirurgia que ao invés de ajudar piora o visual. Esta é a bela Cathérine, "A bela da tarde". Óbvio , inesquecível. Sempre será chamada de bela, embora a beleza verdadeira esteja somente em nossas lembranças. A vida de mãe e filha vai aos trancos e barrancos.  Faltam objetivos de vida para todos. Invariavelmente os personagens enveredam por caminhos  obscuros. O ex marido, por sua vez, volta para relações com a ex mulher que só poderiam resultar em  poeira levada pelo vento.  Nunca assumiu o papel de pai. A filha não encontra rumo, sua vida resulta de um tal enredo, que não consegue manter um relacionamento.
Madeleine, depois da primeira traição não ama ninguém. Casa com outro, não o ama. E o diretor Christophe Honoré fala de pequenas vidas, de amores infelizes que não foram. Deixaram   de ser antes de existir. Mas que, apesar de tudo enredaram três pessoas pelo resto de suas vidas. Todos  passaram a fazer parte de uma família, diferente, mas família.
A vida de Chiara tem um bocado de drama, é a personagem trágica. Chega a ser patética. Não aceita Garrel, mas apaixona-se por um homossexual. Para afastá-la  ele afirma: "I am gay". Tanto mãe como filha criam situações limites  e insustentáveis. Ambas cometem profundo erro ao não tentar uma auto descoberta, antes de buscar o outro. Mãe e filha buscam o próprio inferno, são responsáveis pelas próprias desgraças.
Vera se humilha, se esforça para conseguir a própria destruição e humilhação. Vai para a cama em trio, com dois gays. Constrangimento que só pode terminar em tragédia. E assim a nossa patética heroína inferniza um pouco mais a vida do resto da família...

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