quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Hobbit: uma jornada inesperada

Hobbit: uma jornada inesperada,  por enquanto é o melhor da série de Peter Jackson. John Ronald Reuel Tolkien, tornou-se famoso com suas histórias Hobbit, O Senhor dos Anéis e Smilgram. Ele cria a idéia de um Mundo Secundário, onde Arda é a Terra povoada de magia e seres fantásticos como os Valar,  Maiar, os hobbitt, elfos, anões, ocs e trolls. Hobitt se passa na Terceira Era, 2463 quando o reino dos anões - a Montanha Solitária - é destruído pelo dragão Smaug. Bilbo Bolseiro (Martin Freeman), o hobitt vive em uma casa subterrânea, uma espécie de tubo com uma decoração rústica e ambiente cheirando a lar doce lar. Liderado pelo Mago Gandalf (Ian McKellen), Hobbit é convidado a reunir-se a um  grupo de treze anões, apesar dos protestos destes, que não acreditam em sua capacidade. Bilbo, o Bolseiro tem papel importante na luta dos anões para recuperar o Reino de Erebor.
Liderados por Thorin Escudo - de - Carvalho (Richard Armitage), os anões precisam vencer os obstáculos interpostos pelos inimigos Trolls e Ocs. É uma eterna luta do bem contra o mal, onde os heróis precisam sofrer muito antes de atingir seus objetivos. Como Ulisses antes de voltar para casa. Precisam descobrir a saída dos túneis para encontrar a salvação.
Hobbit encontra-se com um anão, Gollum, interpretado por Andy Serkis, o ator que especializou-se em interpretar personagens de computação gráfica, onde seu corpo serve de molde para a criação digital. Andy Serkis era o King Kong, o César de Planeta dos Macacaos e agora o Sméagol, ou Gollum. Em priscas eras, Sméagol matou seu primo Déagol para apoderar-se do Um Anel, pertencente ao Senhor das Trevas Sauron. Dominado pelo mal, Sméagol passou a fazer um som horroroso na garganta. Ganhou o apelido de Gollum e seu corpo sofreu profundas modificações. Ficou magro e disforme. Os olhos se dilataram, viraram duas enormes pedras azuis, o cabelo caiu e a boca virou um horror de  dentes sujos e caquitos em ponta.
O encontro entre Gollum e Hobbit é uma das melhores partes do filme. Por obra do destino o Um Anel de ouro, mágico e poderoso encaixa no dedo de Hobbit. Gollum, morto de fome de gente, quer comer a macia e gostosa carne de Hobbit. Para vencê-lo o homenzinho lhe propõe, decifrar charadas. Gollum não consegue vencer o jogo e Hobbit torna-se invisível por mérito do Um Anel maravilhoso.  Assim em 2941 Hobbit rouba o Um Anel que tem vontade própria.
Gandalf aconselha e oferece a Hobbit a espada prodigiosa, que fica azul quando o perigo se aproxima. O pequeno segue à risca o conselho do Mago: a coragem não está em saber quando tirar uma vida, mas em saber quando poupá-la! E Hobbit poupa a vida de Gollum quando foge da caverna.
Finalmente o clímax ocorre durante na batalha final, em cenas tão perfeitas que a gente pensa. É isso, Deus, cinema é esta sequência magistral de Peter Jackson. O diretor cria um herói anão, mais  alto que um verdadeiro anão. Talvez a razão seja porque ele é o herói?! Como se anões, ou heróis, com  corpos e caras de anões não pudessem ser belos e heróis!? É isso! a estética grega ainda domina sobre o mundo. Com uma vasta cabeleira negra e um mantô escuro,  Thorin - lindo de morrer - luta contra o monstro de quem tinha cortado a mão. Mas, perde a batalha. Vencido, parece morto, quando aves gigantescas entram na luta  para vencer. Arrancam Thorin das garras do inimigo, como o fazem contra suas presas  na hora da rapina. Desta vez a rapina é a forma de proteção. As patas gigantescas seguram o pequeno Thorin, como um bebê que deve ser protegido. Tudo está conectado e tem parte com a magia de Gandolf que conta com a proteção da única mulher do filme, Galadriel, a belíssima Cate Blanchett . Visão do paraíso, ela é como uma efígie com vestes azuladas e transparentes, que se movimentam como num desenho de Klimt, mas de um Klimt leve e esvoaçante que nunca existiu .  Não perca, as sequências de luta são perfeitas. Aliás tudo é beleza no filme de Peter Jackson, que nesse aspecto supera o Avatar de James Cameron.

 

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