terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Questão de Tempo

Poucas vezes em minha assisti a um filme que  trate do amor de uma maneira tão delicada. O relacionamento  entre  os dois jovens Tim Lake ( Domhnall Gleeson)  e  Mary ( Rachel Mc Adams)  é narrado  do ponto de vista masculino.  
Ele tem um visual frágil. Descreve a si mesmo para a platéia, dizendo que é muito alto e magro. Pensei alto, nem tanto! Leonardo, meu ex - aluno  é muito mais alto. Porém o que o moço tem é muito encanto. É simplesmente uma gracinha e não tem nada daqueles jovens atléticos e sarados de hoje em dia. Os ombros são pequenos,  o cabelo é avermelhado. Os lábios violáceos são o que ele tem de mais bonito. E assim Tim é muito britânico,  possui uma pele quase cor de rosa se é que dá para entender.  Quem sabe, essa composição do visual facilite a identificação da plateia com o personagem. E, óbvio dá certo!
Ela Rachel McAddams é tão graciosa que pensei, mas como já vi essa moça, onde? Sei que não foi no cinema. Pura ilusão do “ déjà vu” !
A genialidade do diretor Richard Curtis reside na tentativa de mostrar para o espectador a passagem do tempo, de alguns segundos a minutos ou ainda a passagem dos anos. O interessante - no início,  e você deve prestar atenção - - são as peripécias de Tim para reencontrar a jovem que faz balançar seu coração. 
Finalmente  a grande motivação do filme. O pai Tim, interpretado por Bill Nighy, lhe conta um segredo, os homens da família tem a capacidade de viajar no tempo. Não para mudar o destino da humanidade, não para matar Hitler antes  do holocausto, mas se o próprio assim o desejar, pode  mudar pequenos ou grandes acontecimentos da própria vida em frações de segundos. Você lembra de tudo o que poderia ter feito e não fez, no calor do momento, na atrapalhação da emoção?
E Tim se concentra, volta ao passado e corrige o tempo. Absolutamente genial. Você já pensou se tivesse conseguido explicar para ele tudo direitinho naquele dia fatídico? Pensou se não tivesse dito aquilo que disse sem pensar, tudo teria sido diferente? E hoje que estamos fazendo o balanço de 2013, que tal  poder mudar tudo o aconteceu e que você gostaria que não tivesse acontecido? Poder voltar no tempo e corrigir os próprios erros?

Enfim é disso tudo e de muito amor que “ Questão de Tempo” nos fala. Para nós simples humanos nos resta com muito esforço e reflexão tentarmos corrigir nossos próprios erros sem a mínima chance de voltarmos no tempo não é mesmo? Por isso tudo,  é tão bom ir ao cinema, sonhar e tentar arrumar a casa das próprias emoções e pensamentos! Voilà!

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