Questão de Tempo
Poucas
vezes em minha assisti a um filme que trate
do amor de uma maneira tão delicada. O relacionamento entre os dois jovens Tim Lake ( Domhnall Gleeson) e Mary
( Rachel Mc Adams) é narrado do ponto de vista masculino.
Ele
tem um visual frágil. Descreve a si mesmo para a platéia, dizendo que é muito
alto e magro. Pensei alto, nem tanto! Leonardo, meu ex - aluno é muito mais alto. Porém o que o moço tem é muito
encanto. É simplesmente uma gracinha e não tem nada daqueles jovens atléticos e
sarados de hoje em dia. Os ombros são pequenos,
o cabelo é avermelhado. Os lábios violáceos são o que ele tem de mais
bonito. E assim Tim é muito britânico, possui
uma pele quase cor de rosa se é que dá para entender. Quem sabe, essa composição do visual facilite
a identificação da plateia com o personagem. E, óbvio dá certo!
Ela
Rachel McAddams é tão graciosa que pensei, mas como já vi essa moça, onde? Sei
que não foi no cinema. Pura ilusão do “ déjà vu” !
A
genialidade do diretor Richard Curtis reside na tentativa de mostrar para o
espectador a passagem do tempo, de alguns segundos a minutos ou ainda a passagem
dos anos. O interessante - no início, e
você deve prestar atenção - - são as peripécias de Tim para reencontrar a jovem que faz balançar seu coração.
Finalmente a grande motivação do filme. O pai Tim,
interpretado por Bill Nighy, lhe conta um segredo, os homens da família tem a
capacidade de viajar no tempo. Não para mudar o destino da humanidade, não para
matar Hitler antes do holocausto, mas se
o próprio assim o desejar, pode mudar
pequenos ou grandes acontecimentos da própria vida em frações de segundos. Você
lembra de tudo o que poderia ter feito e não fez, no calor do momento, na
atrapalhação da emoção?
E
Tim se concentra, volta ao passado e corrige o tempo. Absolutamente genial.
Você já pensou se tivesse conseguido explicar para ele tudo direitinho naquele
dia fatídico? Pensou se não tivesse dito aquilo que disse sem pensar, tudo
teria sido diferente? E hoje que estamos fazendo o balanço de 2013, que
tal poder mudar tudo o aconteceu e que
você gostaria que não tivesse acontecido? Poder voltar no tempo e corrigir os
próprios erros?
Enfim
é disso tudo e de muito amor que “ Questão de Tempo” nos fala. Para nós simples
humanos nos resta com muito esforço e reflexão tentarmos corrigir nossos próprios
erros sem a mínima chance de voltarmos no tempo não é mesmo? Por isso
tudo, é tão bom ir ao cinema, sonhar e
tentar arrumar a casa das próprias emoções e pensamentos! Voilà!
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