quarta-feira, 30 de abril de 2014

Alabama Monroe


O tema de Alabama Monroe é a dor e o sofrimento. Felix Van Groeningen, o diretor, marca os tempos com perfeição. O resultado é um filme diferente, embora os temas da perda e da dor pungente sejam recorrentes no cinema. Alice (Veerle Baetens) e Didier ( Johan Heldenbergh) se conhecem e se apaixonam. Ela é tatuadora, ele cantor folk. Desta forma, os temas do amor e da paixão são marcados com ardor! O casal literalmente pega fogo. Depois vem a paixão do cantor pela música e seu gosto por grandes compositores. Além de compor e cantar, Didier demonstra profundo conhecimento musical. 

Van Groeningen marca os momentos de felicidade com a banda tocando as mais belas canções. A seguir, vem o tempo da família. Maybelle, a graciosa menina vem aumentar a felicidade do casal. E, quando a doença se instala e toma conta da criança, não existe equilíbrio capaz de suportar tamanha dor.
Quando o casal entra em crise, surgem críticas e físsuras que se aprofundam, enormes como as de San Andreas.    Um destino trágico se cumpre, o inevitável acontece, e marido e mulher se devoram. Felix Van Groeningen fala dessa dor e desse sofrimento. Mostra as tentativas que as pessoas fazem para sobreviver, como por exemplo, acreditar que o ser amado, morto, poderá voltar sob a forma de um passarinho. Por que não? Em Alabama Monroe, o tempo da dor e do vazio, também é marcado pelas melancólicas canções da banda. Finalmente, o conflito entre o caráter sonhador da mulher e visão realista do homem destrói qualquer tentativa de superação da perda. 
Embora pesado e doloroso, Alabama Monroe é um belo filme. Não deixe de assistir!

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