Refém
da Paixão à primeira vista parece daqueles filmes eróticos, de histórias de
mulheres reprimidas que terminam transgredindo - e muito - vítimas de paixões
avassaladoras. Até que o filme tem um pouquinho disso tudo, mas lá pelas
tantas, quando o espectador começa a imaginar possíveis desfechos, parece que a
história perde o ritmo.
Refém
da Paixão fala da mulher através da visão do filho. A personagem Adele
interpretada por Kate Winslet reflete sobre sua condição feminina. Acredita que
as pessoas discorrem sobre sentimentos e valores como honestidade, coragem e
perseverança, mas ninguém diz nada a respeito da necessidade que uma mulher
sente de ser tocada, desejada, amada. Adele vive a grande solidão com o filho adolescente.
Insegura e depressiva se movimenta nos limites do stress.
A
dedicação do adolescente à mãe emociona. No entanto, ele sabe que não pode
substituir as carências afetivas e sexuais de sua mãe. Eis que surge a
figura masculina que promoverá a grande transgressão. Despertará em Adele os
sentimentos mais contraditórios.
Em
uma espécie de Síndrome de Estocolmo, mãe e filho se envolvem com o fugitivo
Frank ( Josh Brolin) que por cinco dias se transforma em amante, pai e marido.
Diante da lei, ajudar um suposto criminoso, perseguido pela justiça é crime,
que poderia ser penalizado com a perda da guarda do filho.
A
cena clássica de erotismo que já vimos em Ghost, do outro lado da vida, com
Patrick Swayze e Demi Moore: Josh ensina mãe e filho a fazer uma torta de
pêssegos, com muita classe, açúcar e erotismo. Os cinco dias marcarão para
sempre as vidas dos personagens e contribuirão decisivamente para o
amadurecimento do menino.
Embora o inconveniente da presença de três atores para
o papel de Henry, é óbvio que Gattlin Griffith é o melhor. Refém da Paixão é um
belo filme que apesar das afinidades com Bonnie and Clyde, possui um final
conformista? Ou otimista? Confira.
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