quinta-feira, 24 de abril de 2014

Refém da Paixão


Refém da Paixão à primeira vista parece daqueles filmes eróticos, de histórias de mulheres reprimidas que terminam transgredindo - e muito - vítimas de paixões avassaladoras. Até que o filme tem um pouquinho disso tudo, mas lá pelas tantas, quando o espectador começa a imaginar possíveis desfechos, parece que a história perde o ritmo. 
Refém da Paixão fala da mulher através da visão do filho. A personagem Adele interpretada por Kate Winslet reflete sobre sua condição feminina. Acredita que as pessoas discorrem sobre sentimentos e valores como honestidade, coragem e perseverança, mas ninguém diz nada a respeito da necessidade que uma mulher sente de ser tocada, desejada, amada. Adele vive a grande solidão com o filho adolescente. Insegura e depressiva se movimenta nos limites do stress.
A dedicação do adolescente à mãe emociona. No entanto, ele sabe que não pode substituir as carências afetivas e sexuais de sua mãe. Eis que surge a figura masculina que promoverá a grande transgressão. Despertará em Adele os sentimentos mais contraditórios. 
Em uma espécie de Síndrome de Estocolmo, mãe e filho se envolvem com o fugitivo Frank ( Josh Brolin) que por cinco dias se transforma em amante, pai e marido. Diante da lei, ajudar um suposto criminoso, perseguido pela justiça é crime, que poderia ser penalizado com a perda da guarda do filho. 
A cena clássica de erotismo que já vimos em Ghost, do outro lado da vida, com Patrick Swayze e Demi Moore: Josh ensina mãe e filho a fazer uma torta de pêssegos, com muita classe, açúcar e erotismo. Os cinco dias marcarão para sempre as vidas dos personagens e contribuirão decisivamente para o amadurecimento do menino. 
Embora o inconveniente da presença de três atores para o papel de Henry, é óbvio que Gattlin Griffith é o melhor. Refém da Paixão é um belo filme que apesar das afinidades com Bonnie and Clyde, possui um final conformista? Ou otimista? Confira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário