"Refém de Ilusões" é um filme argentino dirigido por Eliseo Subiela. Daniel Fanego interpreta Pablo, um escritor e professor de 60 anos, que cria personagens tão verdadeiros quanto a história sangrenta da didatura militar na Argentina. Os fantasmas dos argentinos mortos, desaparecidos e assassinados batem à porta do escritor. Desesperados, voltam vida com seus males e suas dores, clamam por vingança e justiça. Mas somente o autor conhece o destino que pretende dar a seus personagens.
Repentinamente Pablo sai da ficção e entra na vida. Encontra Laura (Romina Ricci) uma ex-aluna dos tempos da Faculdade, que na época estava apaixonada por ele.
Laura é cheia de vida, dedica-se intensamente a seu novo amante-professor. Os dois vivem intensamente seus dias e noites de paixão tresloucada. Apesar da dedicação à amante, Pablo não pretende oferecer-lhe mais nada além de outras e outras noites de amor. E daí? Um amante pode ser tão limitado quanto um marido? Alguém entusiasmou-se pelo amante de Marguerite Duras, no "Amante", com aquele enorme complexo de inferioridade do colonizado? E que também nunca conseguiu oferecer mais nada à sua amante senão banhos e depois... cama?
Se os problemas de Laura fossem apenas esses ainda suportaríamos sua história de amor que terminaria em zero. Pablo jamais trocaria sua esposa pela amante! Pior, o fantasma que paira sobre os argentinos sombriamente toma conta de Laura. Pablo descobre que ela desapareceu, teve um ataque psicótico. Mas como, asssim? De repente a desculpa é o desequilíbrio de Laura?
Em cenas anteriores a vemos feliz, brincando e debochando dos milicos que vivem marchando, batendo continência, tocando tambor, corneta e cantando hinos à Pátria defronte à sua sacada portenha (bem pequeninha). Laura odeia os milicos. Apenas ela? Laura odeia o autoritarismo. Apenas ela?
Em algum momento a personagem desconfiou de seu pai, um coronel que aposentou-se após a Guerra das Malvinas? Todos sabem que muitos filhos de prisioneiros desaparecidos foram adotados por militares... Laura estaria no meio dessa vergonha? desse absurdo? Como se sente um filho adotivo de pais desaparecidos adotado pelo próprio torturador? Você algum dia pensou nisso? O horror e o paradoxo só poderiam trazer o inferno para essas crianças, que hoje teriam a idade de Laura...
"Refém de Ilusões" discute, insinua e devolve ao espectador a barbárie da ditadura militar na Argentina. De fazer pensar e deixar-nos arrepiados e apavorados. Os fantasmas que perseguiram as mães da Praça de Maio ainda assombram argentinos e brasileiros, acreditem... Brasil e Argentina são países irmãos, mais ainda nestas tristes lembranças que teimam em voltar em "Refém de Ilusões". Óbvio sofremos dos mesmo males.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
A Pele que Habito
"A Pele que Habito" é mais um na lista de fimes insólitos de Almodóvar. Luiz Fernando Veríssimo refere-se a ele como um filme louco, estranho e diferente..., mas que deve ser visto por todos. Lembrando os filmes de Almodóvar, penso que relatam histórias incríveis, com uma trama tão enredada como nenhum de nós jamais conseguiu imaginar. Não por obra do acaso, alguns dão o tiro certeiro e tocam nos pontos frágeis do espectador, nas lembranças mais dolorosas, nos sentimentos mais escondidos, no mais sensível do ser.
Em determinados momentos alguns de seus filmes rasgam nossa alma, nos fazem chorar, depois rir. Quando o filho de Manuela é atropelado, em «Tudo sobre minha mãe» o espectador é pego de surpresa. A mãe trabalhava com doações de órgãos, precisa inverter seu papel. Ao invés de receber os órgãos de parentes transtornados pela morte de seus entes queridos, transforma-se na doadora dos órgãos do filho. A sequência é extremamente emocionante.
Em « Volver » algumas sequências são inesquecíveis. A mãe - em uma atuação genial de Carmem Maura- supostamente morta, aparece para uma das filhas. Esconde-se embaixo da cama para a outra filha não saber que continua por ali, conversando com sua irmã. Apesar de morta precisa resolver assuntos pendentes... «Volver» mostra um jeito espanhol - pode tornar-se universal - de conviver com a morte. Vivos e mortos convivem em situações hilárias. A relação entre a mãe – morta - e a filha nos diz que podemos conviver bem com nossos mortos, como se eles estivessem vivos. Quando precisamos enfrentar situações difíceis, sempre podemos fazer como Raymunda (Penélope Cruz)e dizer tranquilamente para a mãe morta: – « Mãe ainda bem que passaste sem esta. Estás livre»!
Em dois de seus filmes « Fale com Ela » e « A Pele que Habito » surgem especulações em torno do corpo feminino. Em ambos o corpo da mulher é cultuado, limpo, construído e tratado como obra de arte. Em « Fale com ela», o enfermeiro fascinado pela mulher, imóvel e silenciosa, fala com ela, usa a narrativa como forma de se comunicar e fugir da solidão. Em «A Pele que Habito» o inescrupuloso cirurgião transforma o homem e cria a mulher. Cria um novo corpo e uma nova mente feminina. Assim, o criador apaixona-se pela criatura. Almodóvar discute a questão do masculino-feminino, a identidade sexual. Se somos XX ou XY - homem e mulher - cada um com seus cromossomos femininos e masculino, a questão da homo ou heterosexualidade ainda precisa ser remetida ao âmbito cultural.
Até que ponto somos homem ou mulher? Ou ambos? O tema fascina e enlouquece Almodóvar. Como se o diretor ou espectador pudessem se identificar com o feminino, com a perfeição do corpo feminino e negassem a alteridade. Além de falar com ela, quero ser ela. Não interessa a alteridade, mas ser o outro, ser a mulher, transformar-se nela. O corpo feminino, eis o grande mistério e o grande mito. O mistério do feminino, para quem não se reconhece dentro de um corpo masculino, ou vice versa.
Em «A pele que Habito» o cirurgião Robert Ledgard (Antonio Banderas) pesquisa a criação de uma nova pele desde que sua mulher morreu em um incêndio. Suas cobaias humanas talvez sejam algumas daquelas tantas pessoas que desapareceram. Quando desconfia que Vincent (Jan Cornet) é o responsável pela infelicidade de sua filha Norma (Bianca Suárez) - o rapaz a teria seduzido e violentado - decide vingar-se. Seu desejo de vingança o envolve em um emaranhado de acontecimentos inacreditáveis. Resultado de seus experimentos surge Vera, a mulher perfeita, o corpo esculpido, feminino e delicado. Afinal qual é a identidade sexual de sua criatura? Ela deixou de ser? Perdeu a própria identidade sexual?
E aí, a psicóloga Rosa Helena Schuch Santos contribui com meu blog. Segundo ela a vingança maior de Ledgard pode esconder suas verdadeiras intenções. Ele deseja possuir a mulher, desde que ela tenha os cromossomos masculinos. Aliás ele é o único que sabe que Vera - ainda que mulher - é Vincent! Ledgard camufla sua verdadeira identidade homossexual.
Para nos escandalizar um pouco mais, como na relação entre torturador e sua vítima, a criatura sente-se atraída por seu torturador... Será? Enfim Almodóvar sempre esteve fascinado pela questão da identidade sexual. E você?
Em determinados momentos alguns de seus filmes rasgam nossa alma, nos fazem chorar, depois rir. Quando o filho de Manuela é atropelado, em «Tudo sobre minha mãe» o espectador é pego de surpresa. A mãe trabalhava com doações de órgãos, precisa inverter seu papel. Ao invés de receber os órgãos de parentes transtornados pela morte de seus entes queridos, transforma-se na doadora dos órgãos do filho. A sequência é extremamente emocionante.
Em « Volver » algumas sequências são inesquecíveis. A mãe - em uma atuação genial de Carmem Maura- supostamente morta, aparece para uma das filhas. Esconde-se embaixo da cama para a outra filha não saber que continua por ali, conversando com sua irmã. Apesar de morta precisa resolver assuntos pendentes... «Volver» mostra um jeito espanhol - pode tornar-se universal - de conviver com a morte. Vivos e mortos convivem em situações hilárias. A relação entre a mãe – morta - e a filha nos diz que podemos conviver bem com nossos mortos, como se eles estivessem vivos. Quando precisamos enfrentar situações difíceis, sempre podemos fazer como Raymunda (Penélope Cruz)e dizer tranquilamente para a mãe morta: – « Mãe ainda bem que passaste sem esta. Estás livre»!
Em dois de seus filmes « Fale com Ela » e « A Pele que Habito » surgem especulações em torno do corpo feminino. Em ambos o corpo da mulher é cultuado, limpo, construído e tratado como obra de arte. Em « Fale com ela», o enfermeiro fascinado pela mulher, imóvel e silenciosa, fala com ela, usa a narrativa como forma de se comunicar e fugir da solidão. Em «A Pele que Habito» o inescrupuloso cirurgião transforma o homem e cria a mulher. Cria um novo corpo e uma nova mente feminina. Assim, o criador apaixona-se pela criatura. Almodóvar discute a questão do masculino-feminino, a identidade sexual. Se somos XX ou XY - homem e mulher - cada um com seus cromossomos femininos e masculino, a questão da homo ou heterosexualidade ainda precisa ser remetida ao âmbito cultural.
Até que ponto somos homem ou mulher? Ou ambos? O tema fascina e enlouquece Almodóvar. Como se o diretor ou espectador pudessem se identificar com o feminino, com a perfeição do corpo feminino e negassem a alteridade. Além de falar com ela, quero ser ela. Não interessa a alteridade, mas ser o outro, ser a mulher, transformar-se nela. O corpo feminino, eis o grande mistério e o grande mito. O mistério do feminino, para quem não se reconhece dentro de um corpo masculino, ou vice versa.
Em «A pele que Habito» o cirurgião Robert Ledgard (Antonio Banderas) pesquisa a criação de uma nova pele desde que sua mulher morreu em um incêndio. Suas cobaias humanas talvez sejam algumas daquelas tantas pessoas que desapareceram. Quando desconfia que Vincent (Jan Cornet) é o responsável pela infelicidade de sua filha Norma (Bianca Suárez) - o rapaz a teria seduzido e violentado - decide vingar-se. Seu desejo de vingança o envolve em um emaranhado de acontecimentos inacreditáveis. Resultado de seus experimentos surge Vera, a mulher perfeita, o corpo esculpido, feminino e delicado. Afinal qual é a identidade sexual de sua criatura? Ela deixou de ser? Perdeu a própria identidade sexual?
E aí, a psicóloga Rosa Helena Schuch Santos contribui com meu blog. Segundo ela a vingança maior de Ledgard pode esconder suas verdadeiras intenções. Ele deseja possuir a mulher, desde que ela tenha os cromossomos masculinos. Aliás ele é o único que sabe que Vera - ainda que mulher - é Vincent! Ledgard camufla sua verdadeira identidade homossexual.
Para nos escandalizar um pouco mais, como na relação entre torturador e sua vítima, a criatura sente-se atraída por seu torturador... Será? Enfim Almodóvar sempre esteve fascinado pela questão da identidade sexual. E você?
sábado, 5 de novembro de 2011
O Palhaço
Selton Mello é "O Palhaço" Benjamin, Benja para os íntimos. Faz os outros rirem, mas quem o faz rir? Benja não escolheu a profissão, herdou-a do pai, o velho palhaço que ainda atua - interpretado por Paulo José. Benja é ingênuo e triste. Em sua vida só cabem preocupações. Como se tivesse somente deveres e nenhum direito, ou pelo menos, nenhum direito à felicidade. "O Palhaço" lembra Fellini em seu amor ao circo, embora os personagens do grande mestre do cinema fossem mais exagerados e inusitados. Sua obra é uma reflexão amarga sobre a vida anônima de seres esquecidos, que muitas vezes representam seus próprios papéis.
Selton é felliniano quando mostra o pequenino Ferrugem, o menino que fazia sucesso em programas de televisão nos anos 70, agora adulto e patético. Benja tem múltiplas obrigações desde comprar tinta para clarear os cabelos de seus artistas - para parecerem russos - até conseguir um enorme soutien para a mulher tetuda, que rebentou o seu. Selton é felliniano ainda quando faz a cena antológica do esquecido Moacyr Franco. O humorista superou-se representando o delegado, irritado por perder tempo com Benjamin, ao invés fazer o que realmente gosta, confraternizar com seu gato Franklin! Com certeza essa é a melhor cena do filme!
Senton Mello, ao mesmo tempo, atrás e na frente das câmeras é excelente, todos sabem, mas não custa repetir.
"O Palhaço" puro lirismo e inocência, é mais ingênuo que Fellini. O próprio Selton Mello, no auge de seus 38 anos tem uma carinha de menino inocente. E vejam a graça do ator quando meche no cabelo encaracolado e cria múltiplas facetas.
A simplicidade de "O Palhaço" é ressaltada com as cenas de câmera parada. Ao que parece é uma forma econômica de filmagem, sem excesso de recursos técnicos, mas com uma qualidade que garante cenas belíssimas, verdadeiras obras de arte, com os personagens parados, enfileirados olhando para a câmera.
Claudia Llhosa, a sobrinha de Mário Vargas Llosa faz o mesmo em "La Teta Assustada". Daí a beleza de muitos enquadramentos, como a cena do sofá, que aparece ao fundo, em cores fortes e características da arte latino-americana. Fausta a personagem de "La Teta..." passa de um lado ao outro da tela.
Benja sente-se usurpado em sua incapacidade de buscar a felicidade. Precisa afastar-se de seu próprio personagem para descobrir que ser palhaço é verdadeiramente a sua grande vocação.
Selton é felliniano quando mostra o pequenino Ferrugem, o menino que fazia sucesso em programas de televisão nos anos 70, agora adulto e patético. Benja tem múltiplas obrigações desde comprar tinta para clarear os cabelos de seus artistas - para parecerem russos - até conseguir um enorme soutien para a mulher tetuda, que rebentou o seu. Selton é felliniano ainda quando faz a cena antológica do esquecido Moacyr Franco. O humorista superou-se representando o delegado, irritado por perder tempo com Benjamin, ao invés fazer o que realmente gosta, confraternizar com seu gato Franklin! Com certeza essa é a melhor cena do filme!
Senton Mello, ao mesmo tempo, atrás e na frente das câmeras é excelente, todos sabem, mas não custa repetir.
"O Palhaço" puro lirismo e inocência, é mais ingênuo que Fellini. O próprio Selton Mello, no auge de seus 38 anos tem uma carinha de menino inocente. E vejam a graça do ator quando meche no cabelo encaracolado e cria múltiplas facetas.
A simplicidade de "O Palhaço" é ressaltada com as cenas de câmera parada. Ao que parece é uma forma econômica de filmagem, sem excesso de recursos técnicos, mas com uma qualidade que garante cenas belíssimas, verdadeiras obras de arte, com os personagens parados, enfileirados olhando para a câmera.
Claudia Llhosa, a sobrinha de Mário Vargas Llosa faz o mesmo em "La Teta Assustada". Daí a beleza de muitos enquadramentos, como a cena do sofá, que aparece ao fundo, em cores fortes e características da arte latino-americana. Fausta a personagem de "La Teta..." passa de um lado ao outro da tela.
Benja sente-se usurpado em sua incapacidade de buscar a felicidade. Precisa afastar-se de seu próprio personagem para descobrir que ser palhaço é verdadeiramente a sua grande vocação.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Contágio
Thomas Emhoff (Matt Demon) é o último a saber, a bela Beth Emhoff (Gwyneth Paltrow) o traía em mais uma de suas inúmeras viagens a trabalho. Por simples acaso é justamente ela a primeira a contrair o vírus mortal, mutante, capaz de dizimar a humanidade. O filme de Steven Soderbergh é bom, convincente e verdadeiro. Sem emoção parece um documentário, ou uma reportagem , em que o espectador vai recebendo as informações necessárias aos poucos. Os personagens são muitos e os atores famosos dão credibillidade ao filme. Kate Winsley é a médica, Erin Mears, que tenta salvar a humanidade, mas sucumbe, vítima do contágio.Jude Law é Alan Krumwiede, o jornalista desajeitado que adora criar polêmicas com propostas de tratamentos alternativos. Jude Law faz gênero, que nem em "A estrada da perdição". Transforma-se num jornalista comum, feio de dar dó, que não se sabe porque cargas d'água não tem o seu ortodontista. Hoje todo mundo alinha os dentes, menos Alan Krumwiede e Ronaldinho, ambos não economizam sorrisos com seus dentes horrosos!
Steven Soderbergh discute seriamente o problema das doenças infecto-contagiosas que assombram a humanidade desde sempre. Quando se trata de combater epidemias, os momentos críticos da história da humanidade revelam os múltiplos interesses que se chocam. Se existem heróinas como as doutoras Mears e Orantes (Marion Cotillard), ou ainda a jovem epidemiologista que inocula o vírus em si mesma para testar a vacina, os interesses espúrios andam à solta.
Medo do contágio e pânico são o grande perigo. Podemos tentar nos convencer que não temos nada a ver com isso - pura ilusão - quem não lembra do pavor da gripe H1N1?Quando as férias escolares foram prolongadas e as pessoas entravam no ônibus com o rosto coberto por máscaras! Cruz credo, que "meda"!
Quem leu os jornais de Porto Alegre de 1917 ficou sabendo. A "espanhola" matou tanta gente, que naquele ano houve mais mortes que casamentos e nascimentos! Na Espanha morreram 1% da população, segundo Soderbergh. Diretor sério, rodeou-se das pessoas certas como o virologista Ian Lipkin, que o assessorou nos meandros da terrível doença. "O Contágio" foi dado a conhecer como nos atos de uma peça de teatro, primeiro dia, segundo dia e lá se foi além do décimo oitavo dia. Não deixe de assistir e descubra como os personagens do filme que nós também poderíamos estar à mercê do vírus mutante, resultado de prosaica mistura entre excreções de morcego que alimentam porcos!
Steven Soderbergh discute seriamente o problema das doenças infecto-contagiosas que assombram a humanidade desde sempre. Quando se trata de combater epidemias, os momentos críticos da história da humanidade revelam os múltiplos interesses que se chocam. Se existem heróinas como as doutoras Mears e Orantes (Marion Cotillard), ou ainda a jovem epidemiologista que inocula o vírus em si mesma para testar a vacina, os interesses espúrios andam à solta.
Medo do contágio e pânico são o grande perigo. Podemos tentar nos convencer que não temos nada a ver com isso - pura ilusão - quem não lembra do pavor da gripe H1N1?Quando as férias escolares foram prolongadas e as pessoas entravam no ônibus com o rosto coberto por máscaras! Cruz credo, que "meda"!
Quem leu os jornais de Porto Alegre de 1917 ficou sabendo. A "espanhola" matou tanta gente, que naquele ano houve mais mortes que casamentos e nascimentos! Na Espanha morreram 1% da população, segundo Soderbergh. Diretor sério, rodeou-se das pessoas certas como o virologista Ian Lipkin, que o assessorou nos meandros da terrível doença. "O Contágio" foi dado a conhecer como nos atos de uma peça de teatro, primeiro dia, segundo dia e lá se foi além do décimo oitavo dia. Não deixe de assistir e descubra como os personagens do filme que nós também poderíamos estar à mercê do vírus mutante, resultado de prosaica mistura entre excreções de morcego que alimentam porcos!
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