domingo, 15 de abril de 2012

Espelho, espelho meu

A história da Branca de Neve é virada ao avesso na versão de Tarsem Singh. Porém, nada se compara ao clássico conto dos Irmãos Grimm, em versão perfeita da Disney. O autor tenta ser criativo. Às vezes é irreverente e divertido, apenas isso. Se a versão é para adultos, fica meio sem graça. Se é para crianças tem muita violência e pancadaria.

Na história do século XXI, os anões se transformam em ventrílocos, com pernas de pau, tipo molas. O príncipe é um bobão, pelo menos é um bobão lindo! Lembram-se de Clyde, o companheiro de J. Edgar, no filme de Clint Westwood? Lembram de seu sorriso inesquecível? É ele, Armie Hammer, um belo ator, que a gente reconhece pela risada maravilhosa.

Temos pureza sim, e somente em Branca de Neve (Lily Collins). Nesta versão ela continua linda e branquinha, com pitadas de comportamento politicamente correto. É expert em artes marciais.. Mesmo assim o filme é dark. Nunca se vê o sol. Tudo se passa em cenários excessivamente artificiais. A floresta onde a Rainha Má manda matar Branca de Neve simboliza o perigo e o abandono. Oprime a todos, sem profundidade, somente árvores e gelo.

Julia Roberts, a Rainha Má, não parece tão má quanto rídícula, tentando competir com Branca de Neve, a própria juventude e perfeição. Não há como negar, o filme tem momentos engraçados, como quanto a Rainha Má fica perturbada ao ver o príncipe de torso nu, muito peito e músculos à mostra. Chega a pedir que ele vista uma camisa. Ela literamente não suporta ver tanta " beleza".

Apesar das falas artificiais e decoradas muita gente gosta do filme. Eu prefiro as lembranças do filme e do álbum de figurinhas da Disney, Branca de Neve e os Sete Anões. Ali, eu vi e vivi a magia!

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