"Eu receberia as piores notícias dos seus lindos olhos", interpretado por Camila Pitanga, decepciona. O filme é dirigido por Beto Brant e o enredo se baseia no livro de Marçal Aquino, de mesmo nome. O título é belíssimo, mas o mesmo não se pode dizer do filme. E se a história procura mostrar os grandes problemas da Amazônia, a destruição da natureza, o desmatamento em uma terra que parece ser de ninguém, perde um pouco a credibilidade quando mistura a história de Lavínia ( Camila Pitanga) e do fotógrafo Cauby (Gustavo Machado).
O filme é verdadeiro, quando mostra a Amazônia como pano de fundo. Uma terra sem lei e sem alma, destruída por grilheiros, ocupada por gente criminosa e desonesta. Crivada de missionários mistificadores e de gente humilde e fraca, sem o menor poder de mudar um status quo... Até aí o filme pode ser autêntico e um clamor por justiça. Mas, quando desvela os personagens... não parece misturar objetivos? Com tanta ênfase em cenas de sexo? como que para garantir bilheteria?
E o galã? Nenhum dos dois chega aos pés da bela Camila. Os pastor Ernani (Zé Carlos Machado) e o fotógrafo Cauby, os dois , sim, parecem bastante subdesenvolvidos. E ela? quando vai convencer alguém que é a pobre Lavínia, uma jovem com problemas mentais e que ainda por cima abusada pelo padrasto? Impossível. A bela Pitanga parece muito mais uma deusa do que a coitadinha da Lavínia "louca de atar", não é mesmo?
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