quarta-feira, 24 de outubro de 2012

As vantagens de ser invisível

Sentir-se invisível é muito mais comum do que você pensa. Sair da invisibilidade pode ser o grande desejo de metade da humanidade. Entretanto, sair do invisível e de fato ser portador de invisibilidade pode ser a condição de alguns seres humanos.
A questão pode se referir a uma auto condenação ou uma espécie de punição imposta pelo outro, a qual o inseguro se submete. Pense, é possível que para alguns de seus falsos amigos seja melhor que você se torne invisível. Só assim eles poderiam sair da invisibilidade. Palavra adequada para essa criaturas: mediocridade. Fuja dela como o diabo da cruz. Só assim você terá uma mínima chance de candidatar-se à felicidade. 
"As vantages da invisibilidade" trata desses questionamentos, da questão do "ser ou não ser invisivel". Do ser invisível por motivos de insegurança, ou da condenação a um estado de invisibilidade, ou ainda do ficar no limbo, sem ter plena consciência do porquê.
Stephen Schbosky escreveu e dirigiu o filme. O drama se desenrola na adolescência de Charlie (Logan Lerman), quando ele troca de escola e se sente, mais que nunca, só e abandonado. Encontra  Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson). Muito mais do que a garota, Charlie e Patrick sentem-se estranhos num ambiente escolar hostil e cínico. Poderiam pensar que são extra-terrestres. No ônibus ninguém sentaria perto de um ET. Charlie se sente como esse ET. Os relacionamentos com as meninas são um desastre. Após muito sofrimento e reflexão, Charlie se questiona sobre a capacidade de amar. Alguém consegue sintetizar: aceitamos o amor que julgamos merecer e por isso mesmo aceitamos que nos tratem mal. 
As razões do drama do adolescente são profundas. Aos poucos o espectador é introduzido na fixação que o menino tinha na tia; nos terríveis problemas que  podem acompanhar  crianças molestadas sexualmente. Seria a razão maior da invisibilidade.
Enfim "As vantagens de ser invisível" trata com seriedade dos dramas familiares e de como cada um pode  superar a condição de mediocridade que impõe aceitar um amor de migalha, um amor de curta estatura por não sentir-se grande e merecedor.  
 

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