Se você gosta ou não de cozinhar, isso não importa. Importa sim se você vai gostar de saber sobre as vidas de Julia Child e Julie Powell. O filme é dirigido por Nora Ephron, especialista em comédias românticas. A diretora baseou-se nas autobiografias das autoras. O livro de Julia Child é My Life in France, o de Julie Powell é Julie & Julia.
Meryl Streep interpreta Julia Child e Amy Adams, Julie Powell. Confesso que preferi a beleza e a meiguice de Amy Adams ao talento de Meryl Streep vivendo a americana Julia Child. Se a diva do cinema interpretou com tanta perfeição o seu papel, que se transformou naquela americana grandona e sem graça, então, nas aparências, deveria estar tudo bem. Mas não está.
Não gostei da forma como Meryl Streep caracteriza sua personagem. Julia pronuncia as palavras com a boquinha pequena e quase fechada. Seu sotaque estridente torna-se insuportável , à medida que se repete. Fiquei triste. O que era aquilo? Após uma hora de filme sem grandes conflitos ou acontecimentos, quando Meryl Streep abria a boca para falar- boquinha pequena olhinhos enrugados - eu tentava ver as horas. Como a própria Julia Child foi apresentadora de TV, sua imagem com certeza deveria estar à disposição da produção do filme para Meryl informar-se sobre a personagem... Me pergunto se Julia teria realmente aquele sotaque e aquela dicção...
Julia Child era casada com o diplomata Paul Child (Stanley Ticci), que mais parecia o secretário de Julia que seu marido. Paul é enviado à França. Sem conhecer o idioma e sem ter o que fazer, Julia se interessa pela gastronomia francesa. Matricula-se no Cordon Bleu. Vence o preconceito dos colegas de aula e da proprietária da escola, que não acreditava em seu talento. Muito menos, que uma americana pudesse apreciar a cozinha francesa.
Quarenta anos depois, Julie Powell, uma americana que trabalhava dando assistência às vítimas de 11 de setembro, resolve sacudir o marasmo de sua vida, criando um blog, The Julie/Julia Project em que relata todas as receitas publicadas por Julia Child em seu livro. O objetivo de Julie é testar e escrever no prazo de 365 dias, todas as 534 receitas de Julia.
O desencontro é o tema do filme, que se alterna contando os tempos das duas, Julia e Julie. A vida de Julie muda. No início sua mãe acessa o blog. Aí não conta, mãe tiete não dá ibope. Mas aos poucos o blog se transforma em sucesso. Através de Julia, Julie encontra o seu caminho.
Julie que sonhava um dia encontrar Julia, para que ela provasse as próprias receitas, fica sabendo que a velha senhora - nascida em Pasadena- não gosta de seu trabalho. Logo ela, Julie, que tanto idolatrava Julia, e que chega até a deixar um pacote de manteiga como lembrança no museu Julia Child. As duas nunca se encontram. Porque a " chef de cuisine", nos seus noventa anos, não aceitava o sucesso da outra Julie, baseado em suas receitas?
O fato de Julia Child aprovar ou não o sucesso da jovem Powell não muda nada. 270.000 pessoas tinham acessado o blog de Julie até abril de 2009! Um espanto! De fato o filme é bom para quem consegue comer muita manteiga, muita carne gorda, muito patinha de porco, muitos frutos do mar sem imaginar que suas veias um dia - por esse motivo- poderão estar com estenose severa. Pelo visto as veias das duas, Julia & Julie nunca tiveram esse problema. Ainda bem!
Meryl Streep interpreta Julia Child e Amy Adams, Julie Powell. Confesso que preferi a beleza e a meiguice de Amy Adams ao talento de Meryl Streep vivendo a americana Julia Child. Se a diva do cinema interpretou com tanta perfeição o seu papel, que se transformou naquela americana grandona e sem graça, então, nas aparências, deveria estar tudo bem. Mas não está.
Não gostei da forma como Meryl Streep caracteriza sua personagem. Julia pronuncia as palavras com a boquinha pequena e quase fechada. Seu sotaque estridente torna-se insuportável , à medida que se repete. Fiquei triste. O que era aquilo? Após uma hora de filme sem grandes conflitos ou acontecimentos, quando Meryl Streep abria a boca para falar- boquinha pequena olhinhos enrugados - eu tentava ver as horas. Como a própria Julia Child foi apresentadora de TV, sua imagem com certeza deveria estar à disposição da produção do filme para Meryl informar-se sobre a personagem... Me pergunto se Julia teria realmente aquele sotaque e aquela dicção...
Julia Child era casada com o diplomata Paul Child (Stanley Ticci), que mais parecia o secretário de Julia que seu marido. Paul é enviado à França. Sem conhecer o idioma e sem ter o que fazer, Julia se interessa pela gastronomia francesa. Matricula-se no Cordon Bleu. Vence o preconceito dos colegas de aula e da proprietária da escola, que não acreditava em seu talento. Muito menos, que uma americana pudesse apreciar a cozinha francesa.
Quarenta anos depois, Julie Powell, uma americana que trabalhava dando assistência às vítimas de 11 de setembro, resolve sacudir o marasmo de sua vida, criando um blog, The Julie/Julia Project em que relata todas as receitas publicadas por Julia Child em seu livro. O objetivo de Julie é testar e escrever no prazo de 365 dias, todas as 534 receitas de Julia.
O desencontro é o tema do filme, que se alterna contando os tempos das duas, Julia e Julie. A vida de Julie muda. No início sua mãe acessa o blog. Aí não conta, mãe tiete não dá ibope. Mas aos poucos o blog se transforma em sucesso. Através de Julia, Julie encontra o seu caminho.
Julie que sonhava um dia encontrar Julia, para que ela provasse as próprias receitas, fica sabendo que a velha senhora - nascida em Pasadena- não gosta de seu trabalho. Logo ela, Julie, que tanto idolatrava Julia, e que chega até a deixar um pacote de manteiga como lembrança no museu Julia Child. As duas nunca se encontram. Porque a " chef de cuisine", nos seus noventa anos, não aceitava o sucesso da outra Julie, baseado em suas receitas?
O fato de Julia Child aprovar ou não o sucesso da jovem Powell não muda nada. 270.000 pessoas tinham acessado o blog de Julie até abril de 2009! Um espanto! De fato o filme é bom para quem consegue comer muita manteiga, muita carne gorda, muito patinha de porco, muitos frutos do mar sem imaginar que suas veias um dia - por esse motivo- poderão estar com estenose severa. Pelo visto as veias das duas, Julia & Julie nunca tiveram esse problema. Ainda bem!
Olá Doris
ResponderExcluirOlha, eu achei a atuação da Meryl engraçada, não irritante. E a Julia Child era bastante assim: grandalhona, desajeitada, esganiçada. Você pode vê-la no Youtube. Aqui, por exemplo:
http://www.youtube.com/watch?v=LWmvfUKwBrg
Talvez a Julia não tenha se interessado (ou até repudiado) o trabalho da Julie por uma questão geracional. No tempo da Julia as coisas eram diferentes. Lançar um livro, convencer os editores, tudo muito trabalhoso. Já os jovens hoje lançam-se a si mesmos em blogs, depois a editora só fatura com o sucesso que eles já têm. Noventa anos talvez fosse muito para entender/aceitar essas diferenças geracionais.
Eu me pergunto o seguinte: a Julia ou herdeiros receberam alguma coisa do sucesso da Julie? Porque, visto de certa forma, ela serviu de trampolim para o sucesso da menina. Ou pode-se entender como homenagem, claro. Mas aí vai de cada um.
Eu achei um filme bem querido, e curti mais a parte da Julia Child :)
Abraços.
Gostei do filme. Leve, engraçado, atraente. Fiquei sim incomodado com a atitude arrogante da Julia real, de não se importar com a sua fã. Aí tem coisa, claro. Ótimo filme. Realidade um pouco decepcionante.
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