Lua Nova, a sequência de Crepúsculo, estreou com grande sucesso. No Brasil já foi visto por mais de 1 milhão de espectadores. Chris Weitz - o diretor- transporta para a tela, a saga de Stephenie Meyer, que inicia com Crepúsculo, depois Lua Nova, Eclipse e Amanhecer. O filme é amado pelos jovens, que compareceram em peso e sentaram ao fundo da sala de projeção. Acho muito engraçado isso de observar o comportamento dos jovens. Ouvi que eles gostam da série por que é uma história de amor, tipo Romeu e Julieta. Afinal Lua Nova também trata de um amor impossível, em que a morte pode ser considerada como um fecho para uma situação amorosa insustentável. Até agora não aconteceu aquele final shakesperiano, terrível e dramático. Aliás, não houve final, para dar continuidade ao terceiro filme.
Quem lembra o filme Nosferatu? O vampiro de Murnau é uma das coisas mais repulsivas e representativas do mal que já vi. Quando ele se aproxima da loura deitada na cama, magro com orelhas e dentes ponteagudos, não dá para aguentar a tensão. A cena foi recriada em "A sombra do Vampiro", com John Malkovich e William Dafoe, o nojo não foi menor.
E eis que a estética do século XXI muda por completo. Em Lua Nova, lobisomen e vampiro passaram por um processo de limpeza, nem que seja simbólica. São belos e assépticos. Para o público não exalam nenhum cheiro, muito menos de cachorro molhado ou enxofre! Edward Cullen ( Robert Pattinson) impressiona pela beleza estranha. Pálido, com lábios avermelhados e sobrancelhas espessas, causa furor entre a meninada. Aliás mulheres em qualquer idade concordam que o jovem é possuidor de uma beleza diferente. A caracterização como vampiro limita-se à palidez do rosto, ao róseo exagerado dos lábios e à testa proeminente com sobrancelhas mu-u-u-ito espessas. Ha! mas e os olhos! Todos os vampiros tinham olhos avermelhados. Entretanto, os de Edward eram especiais e lembravam olhos de ave de rapina, de um gavião soberano, daqueles que abrem as asas e planam no ar. Era muito animal mesmo aquele olhar de vidro.
Não é sem razão que o vampiro enlouquece as garotas com seu ar triste. Pareceu-me que o diretor ou a escritora quiseram destacar a beleza dos vampiros e lobisomens e esqueceram propositadamente a mocinha da história. Como ser humano, Bella Swan ( Kristen Stewart) era simples demais.
No início, quando Edward se despede de Bella, e diz que aquele será o último encontro entre os dois, o rosto do vampiro está iluminado. Em close, cada linha de sua face escultural é valorizada, como se ele fosse um deus grego. Na sequência, surge o rosto de Bella -também em close up -, mas sem o menor brilho.
O filme foi feito para destacar Edward e Jacob Black (Taylor Lautner) em tudo, um o oposto do outro. Jacob é moreno, muito sarado e musculoso. Está sempre de torso nu, para mostrar sua força e masculinidade. Chega a parecer grosseiro no início, com o cabelão comprido. Mas seu sorriso desarma qualquer um. É um encanto o menino lobo de 16 anos. E, escravo de seu próprio destino, o lobisomen deixa aflorar seu lado animal. Quando se irrita com alguém, vira lobisomem mesmo! O filme mistura as duas lendas vampiro vs lobisomen, que as pessoas adoram contar e ouvir.
Nenhum dos vampiros no filme, nem os maus da família Volturi, que moravam em Volterra, sequer mostrou suas presas pontegudas, muito menos cravou seus dentes em algum ser humano. Aliás nenhum tinha presas ponteagudas. Olhe que muita garota na platéia adoraria ser mordida pelo vampiro.
O sangue por exemplo que é o ponto alto nos filmes de vampiro, e o ponto fraco dos vampiros está quase ausente do filme. Em uma cena apenas, Bella se corta e provoca uma reação louca em um dos vampiros, que não pode ver sangue! O descontrolado é contido por seus pares. Ali, na hora, não era permitido vampirizar, sem mais nem menos. Os Collen, família de Edward, eram cheios de regras - a principal: não se alimentam de humanos.
Assim, Lua Nova gira em torno da angústia do trio formado por Edward, Jacob e Bella, envolvidos em um romance impossível. Como a jovem não consegue saber quem manda em seu coração, o desfecho é transferido para o próximo filme da série. Os jovens identificam-se com Bella, indecisa entre dois amores impossíveis. Como ela, podem sentir-se também indecisos perante a vida e as paixões impossíveis. O romantismo impregnado de vampirismo e de lobisomens tem tudo para atraí-los, além do que, devem estar cansados da pancadaria e da vulgaridade de muitos filmes dirigidos para eles, os teens.
Quem lembra o filme Nosferatu? O vampiro de Murnau é uma das coisas mais repulsivas e representativas do mal que já vi. Quando ele se aproxima da loura deitada na cama, magro com orelhas e dentes ponteagudos, não dá para aguentar a tensão. A cena foi recriada em "A sombra do Vampiro", com John Malkovich e William Dafoe, o nojo não foi menor.
E eis que a estética do século XXI muda por completo. Em Lua Nova, lobisomen e vampiro passaram por um processo de limpeza, nem que seja simbólica. São belos e assépticos. Para o público não exalam nenhum cheiro, muito menos de cachorro molhado ou enxofre! Edward Cullen ( Robert Pattinson) impressiona pela beleza estranha. Pálido, com lábios avermelhados e sobrancelhas espessas, causa furor entre a meninada. Aliás mulheres em qualquer idade concordam que o jovem é possuidor de uma beleza diferente. A caracterização como vampiro limita-se à palidez do rosto, ao róseo exagerado dos lábios e à testa proeminente com sobrancelhas mu-u-u-ito espessas. Ha! mas e os olhos! Todos os vampiros tinham olhos avermelhados. Entretanto, os de Edward eram especiais e lembravam olhos de ave de rapina, de um gavião soberano, daqueles que abrem as asas e planam no ar. Era muito animal mesmo aquele olhar de vidro.
Não é sem razão que o vampiro enlouquece as garotas com seu ar triste. Pareceu-me que o diretor ou a escritora quiseram destacar a beleza dos vampiros e lobisomens e esqueceram propositadamente a mocinha da história. Como ser humano, Bella Swan ( Kristen Stewart) era simples demais.
No início, quando Edward se despede de Bella, e diz que aquele será o último encontro entre os dois, o rosto do vampiro está iluminado. Em close, cada linha de sua face escultural é valorizada, como se ele fosse um deus grego. Na sequência, surge o rosto de Bella -também em close up -, mas sem o menor brilho.
O filme foi feito para destacar Edward e Jacob Black (Taylor Lautner) em tudo, um o oposto do outro. Jacob é moreno, muito sarado e musculoso. Está sempre de torso nu, para mostrar sua força e masculinidade. Chega a parecer grosseiro no início, com o cabelão comprido. Mas seu sorriso desarma qualquer um. É um encanto o menino lobo de 16 anos. E, escravo de seu próprio destino, o lobisomen deixa aflorar seu lado animal. Quando se irrita com alguém, vira lobisomem mesmo! O filme mistura as duas lendas vampiro vs lobisomen, que as pessoas adoram contar e ouvir.
Nenhum dos vampiros no filme, nem os maus da família Volturi, que moravam em Volterra, sequer mostrou suas presas pontegudas, muito menos cravou seus dentes em algum ser humano. Aliás nenhum tinha presas ponteagudas. Olhe que muita garota na platéia adoraria ser mordida pelo vampiro.
O sangue por exemplo que é o ponto alto nos filmes de vampiro, e o ponto fraco dos vampiros está quase ausente do filme. Em uma cena apenas, Bella se corta e provoca uma reação louca em um dos vampiros, que não pode ver sangue! O descontrolado é contido por seus pares. Ali, na hora, não era permitido vampirizar, sem mais nem menos. Os Collen, família de Edward, eram cheios de regras - a principal: não se alimentam de humanos.
Assim, Lua Nova gira em torno da angústia do trio formado por Edward, Jacob e Bella, envolvidos em um romance impossível. Como a jovem não consegue saber quem manda em seu coração, o desfecho é transferido para o próximo filme da série. Os jovens identificam-se com Bella, indecisa entre dois amores impossíveis. Como ela, podem sentir-se também indecisos perante a vida e as paixões impossíveis. O romantismo impregnado de vampirismo e de lobisomens tem tudo para atraí-los, além do que, devem estar cansados da pancadaria e da vulgaridade de muitos filmes dirigidos para eles, os teens.
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