domingo, 14 de março de 2010

Educação ( An Education)

Carey Mulligan é a jovem inglesa que interpreta a estudante no filme "Educação". Com apenas 24 anos concorreu ao Oscar de Melhor Atriz, em 2010. A história é real. A verdadeira estudante é Lynn Barber, que conta sua vida em um livro de memórias. Lone Sherfig, uma dinamarquesa, é a diretora.
Lynn, que no filme se chama Jenny, nos anos 60 era uma pacata e estudiosa menina, que pretendia estudar em Oxford. A vida parecia lhe reservar um futuro promissor. E, de repente a garota aceita carona de um desconhecido. Mas como isso foi acontecer? As meninas não estão carecas de ouvir de suas mães que não se aceita caronas de desconhecidos? Bem, se isso não tivesse acontecido, a vida da verdadeira Lynn Barber teria sido diferente.
O filme transcorre em uma linha reta, sem grandes emoções. Não há como identificar-se com Jenny. De início sentimos que o princípe encantado está mais para sapo fedorento do que para príncipe. Além do que aquele homem mais velho tem um quê de repulsivo. Talvez o sorriso forçado e os dentes amarelados e escuros, não sei bem... Ele é David (Peter Sarsgaard), um bom ator que convence com as falsidades de seu personagem.
A garota envolve-se com David, um homem de vida excusa. Se ele propicia à jovem uma vida sofisticada, de jantares, viagens e idas ao teatro, não consegue esconder suas atividades ilícitas. Por mais ingênua que fosse, Jenny percebe que algo está errado. Porém, ignora, finge não ver. Da mesma forma, seus familiares ficam enfeitiçados com o partidão. Valores de família pequeno burguesa que deseja casar a filha para garantir-lhe status. Ao mesmo tempo os pais ficariam livres das despesas... Esse é o pensamento da família de Jenny. Todos, como cegos que não querem ver cometem seus erros.
As melhores cenas contam com a presença das professoras. Por mais caretas que pudessem parecer, estavam com a razão. Emma Thompson está impagável como a diretora da escola. Antes de tudo uma mulher precisa estudar, ter uma boa formação, ser capaz de sustentar-se sem depedender de marido rico e bem sucedido, muito menos de amante picareta, que esconde aliança de homem casado. Meu Deus quanta ingenuidade! Nem nós brasileiras, de famílias do interior, nos mesmos anos 60 éramos tão ingênuas!
Assista ao filme e me diga se você concorda comigo!

Um comentário:

  1. Oi Dóris, tudo bem?
    Passei para dar uma olhada no seu blog.Continua muito bom.Parabéns pelo trabalho mais uma vez.
    Mas gostaria de saber uma coisa de você:Estive conversando com a prof. Maria da Graça sobre Patrimônio História.É que agora estou trabalhando nesta área e também pretendo fazer meu TFG nessa área de preservação.Bom, ela me falou que você tem 2 dvds,um sobre o trabalho que fizeste em Rio Pardinho, Rotas Imigratórias, e um outro sobre Guia da Arquitetura.
    Você poderia me emprestar esses dvds para eu dar uma olhada? Pois acho que vai me ajudar no meu trabalho.
    Desde já agradeço pela atenção.
    Eder
    Abraço.

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