domingo, 2 de janeiro de 2011

Tron - O Legado

Tron, Legacy transporta o espectador para uma vida virtual. O original é de 1982, há exatamente 28 anos atrás. Não foi um sucesso de público, nem foi candidato à premiações sob a alegação de ter sido produzido com meios digitais. O mundo mudou, hoje em dia as coisas adquirem valor na medida em que forem realizadas em meios digitais. Você sabia , por exemplo que levantamentos métricos realizados com trena são jurássicos? Hoje existe o super Scanner Laica que faz uma série de fotos sobrepostas do objeto arquitetônico. O Scaner depois de calibrado permite a visualização em plantas baixas, cortes, elevações e perpectivas. As cores e texturas são colocadas a partir das fotos. Fica tudo igualzinho à realidade, só que virtual. O pessoal da UFBA é especialista em empregar o equipamento.

Em Tron, o legado, o diretor Joseph Kosinki cria um mundo virtual, em que os jogadores são gladiadores que participam de uma luta mortal, cuja arma são os poderosos discos. Assim como Minority Riport, Blade Runner, ou Metrópolis, todos mostram uma cidade do futuro, imaginária, opressiva e existencialista. No caso de Kosinki, a cidade é uma criação genial, mas é opressiva, em tons metálicos, cinzas e azuis. Não existe luz, e não existem verdes, muito menos amarelos. Por isso os personagens sentem-se oprimidos e têm dificuldade em imaginar um dia iluminado e ensolarado sobre a face da terra. Idem o espectador, achei o 3D muito opaco e escuro. Possivelmente essa era a intenção do diretor. Kosinski é um artista talhado para o encargo. Estudou arquitetura é o responsável pela publicidade da Mercedes Benz e da Nike. É famoso diretor de filmes publicitários em Hollywood. Veja seus videos procurando por josephkosinski.com (leia o blog do Merten, 8/12/2010). E observem também, como o diretor tem influências do Movimento Moderno na arquitetura. Ele inclusive usa a cadeira Barcelona de Mies Van der Rohe, em um de seus videos.

Em Tron, o diretor de uma empresa de tecnologia, Kevin Flynn (Jeff Bridges) desaparece. Deixa o filho, Sam Flynn (Garrett Hetlund) que é criado pelos avós. O jovem revolta-se contra a posição dos mandantes na empresa de seu pai e vaza suas novas descobertas pela internet, tornando gratuitos programas que renderiam milhões. Todos pensam que Kevin morreu, menos seu fiel amigo que depois de tantos anos, afirma ter sido bipado por ele. Alertado sobre o bipe, Flynn, vai até o antigo depósito de video games de seu pai. Consegue através nossa dimensão e ingressar num mundo cibernético. Nesse mundo virtual, é tratado como um elemento a mais, que deverá participar dos jogos de vida ou morte. Até o momento em que reencontra o pai. Ambos deverão participar de um jogo contra os programas de computação criados pelo próprio pai, numa saga em que a criatura volta-se contra o criador. O elenco é completado com nomes como Michael Sheen , Olivia Wilde e Cillian Murphy. Todos os atores estão bem e vale a pena conferir. Embora seja um filme de guri, não é mesmo?


Um comentário:

  1. Descreveu muito bem o filme prof Dóris, mas realmente é de guri, hehehe abraço da aluna Juliana!

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