segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Salt

"Salt" é o novo filme de Angelina Jolie que estreou em Porto Alegre nesta sexta-feira. O enredo não é novidade, trata de intrigas de espiões na guerra fria, entre Estados Unidos e União Soviética. Os tempos em que os maus eram os russos ainda estão em voga. Angelina é Evelyn Salt, uma agente da CIA. A historinha só tem interesse porque a suposta espiã é interpretada pela bela Angelina. Quando o filme inicia, Ev é torturada por comunistas, na Coréia do Norte. O marido consegue que seja trocada por outro prisioneiro.

De volta às atividades na CIA, Ev interroga Orlov, um desertor russo, que revela uma história estraordinária. Enquanto houve a guerra fria, muitas crianças foram treinadas para matar e enviadas aos Estados Unidos, para substituir e eliminar pessoas escolhidas pelo Partido. Apesar do mundo ter mudado e da Rússia ter se desestruturado, essas crianças cresceram e permanecem no EUA. No Dia-X, pretendem criar um incidente diplomático, assassinando o presidente russo, durante sua visita ao país. Orlov afirma que o nome da espiã é Evelyn Salt. Justo a bela Angelina Jolie. Aí tem início o frenesi de perseguições e acrobacias fantásticas da mulher mais sexy do mundo. Mas, como a bela está magrinha! Afinal Angelina Jolie é Jolie e ponto final (leia Jolie em francês, que significa bela, bonita) ! Os companheiros de trabalho não entendem porque Jolie foge. Ela corre tentando salvar o marido Mike, (August Diehl).

Ted Winter (Liev Schreiber) e Peabody (Chiwetel Ejiofor) são os agentes da CIA que a perseguem. Lembram-se Liev Schreiber em dois bons filmes em 2009? Era o irmão mau de Wolverine, em "X-Men, Origens Wolverine" e também o irmão, desta vez de Turio (Daniel Craig) em "Um Ato de Liberdade", uma belíssima e verdadeira história sobre a Segunda Guerra Mundial. O outro colega é Chiwetel Ejiofor, que fez "Amistad", um filme de Steven Spielberg, por isso a impressão de "déjà vu". É verdadeira.

Angelina é a atração do filme. É mais ágil e atlética do qualquer personagem que possamos imaginar. Escala uma parede a muitos metros de altura, sem nenhuma proteção. Agarra-se às pequenas saliências do prédio, como se tivesse ganchos ao invés de mãos. Pula para dentro da caixa do elevador. Salta como uma mulher aranha, de um lado para outro. Na cena clássica - vimos pela terceira vez em poucos dia -, a heroína pula de um carro para outro em alta velocidade. Pois é, Angelina faz tudo isso e mais.

Impressionate é sua caracterização com agente - dupla ou não. Quando está caracterizada como a verdadeira Evelyn, de fato usa uma peruca loura e tem olhos azuis. Quando usa disfarce, seu cabelo é bem curtinho a "La Garçonne" e os olhos são escuros. Como morena, parece ainda mais magra e pálida, distribui socos e faz piruetas mirambolantes, um pouco como arte marcial. Usa camisa branca sobre calças pretas. Parece muito frágil, mas é exatamento o contrário. Charme é o que mais esbanja. Prestem atenção à jaqueta justa, com gola assimétrica. Poderia virar moda, na hora, no instante! (leia Jolie em francês, que significa bela, bonita).

Você percebeu? Quando os desenhistas estilizam uma mulher heroína, ela é alta, muito magra e belíssima, como a Valentina, de Guido Crepax. Os traços femininos são simplificados e acentuados quando se estiliza. Com Angelina isso é desnecessário, consegue ser mais impressionante que a Valentina. Ela veio estilizada ao vivo e a cores. É naturalmente assim, simplesmente, magra, alta, bonita e com aquela bocona imitada por muitas mulheres! (pobres! coitadinhas, porque não desistem?). O único detalhe, Jolie é desprovida de glúteos. Mas quem se importa com isso? Glúteos são para as brasileiras, não para a bela Jolie.

Não perca mais uma aventura de Angelina Jolie, depois me diga se você gostou.


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