terça-feira, 21 de julho de 2009

O BELO CLIVE OWEN EM DUPLICIDADE

Clive Owen é lindo! Pelo amor de Deus! É lindo mesmo! É até mais bonito que Judy Law, não sei como.

Duplicidade ( Duplicity) é um filme dirigido por Tony Gilroy. Clive Owen e Julia Roberts são dois agentes, que trabalham para organizações que disputam o mesmo produto. Ray (Clive Owen) e Claire (Julia Roberts) se encontram em uma festa em Dubai. Ele é agente do MI-6, a inteligência britânica. Um não sabe dos segredos do outro. A noite de festa termina na cama, onde Ray dorme placidamente, entorpecido por Claire, que tem um gesto de carinho ao ajeitar sua cabeça sobre o travesseiro. Os dois atores são muito mais Clive Owen e Julia Roberts do que seus personagens.

Ela já foi uma mulher carismática e sensual. É considerada uma feia charmosa, com uma boca enorme. Foi uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood. Ele, oh! Deus! Pode ser considerado o homem mais lindo do mundo? Digamos da Inglaterra? Os olhos de Clive Owen derrubam qualquer um, as mulheres ficam subjugadas pelo seu olhar. A boca e a maneira de falar são o próprio charme. O nariz não é tão bonito. É preciso observar o seu rosto e tentar descobrir o que faz dele um homem tão lindo?

Clive é um dos atores mais requisitados da atualidade. Seu charme e masculinidade impressionam. Seria o equivalente de um Cary Grant? É uma pena, mas não é. Clive é um moço sério e competente, que faz tudo o que o diretor lhe pede, mas não se entrega.

É como se faltasse algo a seus personagens. Ele não se entrega e não se emociona. Não entrega a alma a seus personagens. Assim, assistir ao filme Elisabeth, a Era de Ouro, Rei Arthur, O Plano Perfeito – em que ele aparece com o rosto encoberto -, Closer-perto demais - seu personagem é um desastre - ou, salvando criancinhas em Filhos da Esperança, ou ainda no belo filme do ano 2000, quando o vi pela primeira vez: As rosas são vermelhas e as violetas são azuis, tanto faz. Owen não vive a fundo o personagem, mantém a presença, entrega o seu visual impecável, vale milhões de libras, mas fica nisso e só. Nunca vai chegar a Cary Grant.

Paul Giamatti e Tom Wilkinson estão muito bons como representantes das organizações rivais. Giamatti é melhor, e nos diverte muito no início em uma cena de cinema mudo, com muita agressão entre a dupla, sob a chuva, no espaço vazio do aeroporto, sob os olhos estatelados do staff de ambos.

Julia Roberts não muda, em Onze homens e um segredo não estava muito diferente. Em alguns momentos do filme ela fica parada, tão séria, com o cabelo mal arrumado, jogado para trás, parece tão feia e sem graça, que lembra as descrições que Saint Hilaire fazia das mulheres gaúchas. Só que as de Saint Hilaire eram mais feias ainda, gordas e bigodudas, pelo menos ela é magra e bocuda.

Mesmo assim, assistir a Clive Owen brincar de gato e rato com Julia Roberts em um thriller cheio de reviravoltas não deixa de ter o seu atrativo.

Seis anos depois de Claire ter passado a perna em Ray, os dois se encontram. Agora trabalham para organizações rivais, que disputam segredos de produtos milionários. O espectador precisa seguir as pistas, que logo se revelam inúteis. Deve ficar atento aos detalhes, que passam em frações de segundos. E prestar atenção ao fio da meada que o diretor mostra que não mostra, às cenas de suspense, que dilatam o tempo, um suspense que parece não terminar. O final é surpreendente, não deixe de assistir. A operação teria dado certo ou não? O diálogo é inteligente, mas proporciona diversão apenas.



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