domingo, 6 de janeiro de 2013

O Impossível

 Assistir a filmes que contam histórias verdadeiras é sempre muito difícil. Principalmente quando o tema é uma grande catástrofe. Juan Antonio Bayona dirige O Impossível. Críticas vêm de todos os lados. Alguns criticam e se perguntam porque o filme conta a tragédia de uma família de brancos e esquece os milhares de asiáticos que passaram pelo mesmo problema? Os críticos estariam querendo dizer que o diretor está contando a história oficial dos brancos e vencedores e não a história a contrapelo proposta por Walter Benjamin? Enfim ao que parece nessa tragédia, nessa revolta da natureza não existem vencedores. Todos são perdedores e no máximo sobreviventes. Outros se recriminam por não terem se emocionado como eles próprios acham que deveriam. Ou seja, uma tsunami arrasando vidas e destruindo tudo só poderia causar muitas lágrimas. Difícil entender,  mas sempre há tempo para contar a história dos vencidos.
O filme mostra como uma enorme tsunami destruiu em segundos toda uma região da Tailândia em 2004 deixando milhares de mortos. E certamente tem tudo a ver com o desequilíbrio ambiental. Os atores não poderiam ser melhores, o pai Henry é interpretado por Ewan McGregor e a mãe Maria é a sempre maravilhosa Naomi Watts. Os atores que fazem os filhos estão muito bem.
Chama a atenção os valores de família que são reforçados com a tragédia. Nesta semana vi um teste em que havia quatro opções para uma mãe escolher a qualidade que gostaria que seu filho pudesse assimilar: solidariedade, iniciativa, moral e disciplina. Difícil e impossível escolha. Maria, a mãe do filme, poderia ficar tranquila o resto de seus dias quanto às qualidades do filho Lucas. Solidariedade  foi a qualidade que o  menino desenvolveu em meio da tragédia.  Qualquer mãe ficaria orgulhosa ao ver a mudança no comportamento filho, preocupado em ajudar os desgarrados a encontrarem seus familiares. Momentos de cumplicidade entre mãe e filho, humanização do personagem e solidariedade são os grandes momentos do filme. Não Perca. 


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