O drama da ausência e da perda do pai vai muito além do limite em "Tão Forte tão Perto". O filme do diretor Stephen Daldry - o mesmo de "O Leitor" e "Horas"- discute a importância do pai na vida de um filho. Daldry é importante em Hollywood. Escolhe contar histórias trágicas e destinos fatais que afetam as pessoas, para filmar o pouco que sobra de cada um depois da grande tempestade. Tanto em "O Leitor" como em "Tão forte e tão perto" foram as grandes desgraças que moveram seus personagens a mudar os próprios destinos e não aceitar as limitações que a vida parece impor a cada um. Thomas Schell Jr.( Tom Hanks) morre no atentado de 11 de setembro, não sem antes ter feito de tudo para preparar seu filho para a vida. Mas o pequeno Oskar Schell (Thomas Horn) é um menino sensível e delicado que se expressa de forma exatamente oposta como se numa tentativa de defender-se da vida. Cheio de medos e temores, vive preocupado com a própria segurança. Sem coragem sequer para soltar o corpo no balanço do parquinho. E o pai de Oskar estava lá, incentivava o filho com jogos e enigmas que precisavam ser resolvidos.
A tragédia de 11 de setembro cai com uma bomba na vida dos americanos, do mundo inteiro e no caso, na vidinha pacata de Oskar. O menino não consegue recuperar-se. Um ano depois adquire a coragem para olhar os pertences do pai. Quebra um vaso azul, que contém uma chave dentro de um pequeno envelope amarelo, com a palavra "Black". Para Oskar aquilo parece mais uma das charadas criadas pelo pai para desafiá-lo. Entra de corpo e alma num jogo para desafiar o enigma que acredita ter sido proposto pelo pai. De fato, o menino precisa enfrentar seus medos.
Em sua grande aventura, procura os n Black das listas telefônicas. No meio do jogo, encontra laços de família perdidos no tempo. Max Von Sydow - o grande ator de Ingmar Bergman- que desaparecera da vida filho, tem a sua chance de representar o papel de pai. Precisa apenas ser o avô desta vez. Para um homem fraco e destruído, que caçou a própria palavra, ser e representar a si mesmo para o inocente neto, é muito difícil, praticamente impossível...
Assim, vemos o menino correr, gritar, berrar, procurar, encontrar n pessoas da família Black.. Oskar passa a viver uma nova vida. E não há como não emocionar-se com os abraços, as rezas e a solidariedade de todas a essas pessoas que partilham a dor de Oskar.
Atrevo-me a dizer que uma solução na história beira à pieguice. Sandra Bullock, a mãe que foi praticamente esquecida no desenrolar do filme, revela que sabia de tudo e seguia os passos do filho. Até elaborava mapas com endereços dos Black, como recomendava o pai, nos jogos. Parece uma solução um pouco forçada para marcar um fim de luto e um fim de crise, que - diga-se de passagem -, algum dia precisaria terminar!
Entretanto, Stephen Daldry dá uma lição de vida para o mais comum dos mortais. Nos ensina que muitas vezes as grandes perdas alertam para mudanças que precisam ser feitas na vida de cada um. Por maior que seja a crise, por maior que seja a dor, ela poderá levar à mudanças interiores, que poderão trazer o amadurecimento, a compreensão de si mesmo e apontar para dias melhores. A grande crise poderá levar ao enfrentamento dos medos, nem que seja por 20 segundos! Assim Oskar, você e eu poderemos descobrir que enfim não sabíamos que poderíamos de ir muito além de nosso próprio destino, quem sabe, um dia?
A tragédia de 11 de setembro cai com uma bomba na vida dos americanos, do mundo inteiro e no caso, na vidinha pacata de Oskar. O menino não consegue recuperar-se. Um ano depois adquire a coragem para olhar os pertences do pai. Quebra um vaso azul, que contém uma chave dentro de um pequeno envelope amarelo, com a palavra "Black". Para Oskar aquilo parece mais uma das charadas criadas pelo pai para desafiá-lo. Entra de corpo e alma num jogo para desafiar o enigma que acredita ter sido proposto pelo pai. De fato, o menino precisa enfrentar seus medos.
Em sua grande aventura, procura os n Black das listas telefônicas. No meio do jogo, encontra laços de família perdidos no tempo. Max Von Sydow - o grande ator de Ingmar Bergman- que desaparecera da vida filho, tem a sua chance de representar o papel de pai. Precisa apenas ser o avô desta vez. Para um homem fraco e destruído, que caçou a própria palavra, ser e representar a si mesmo para o inocente neto, é muito difícil, praticamente impossível...
Assim, vemos o menino correr, gritar, berrar, procurar, encontrar n pessoas da família Black.. Oskar passa a viver uma nova vida. E não há como não emocionar-se com os abraços, as rezas e a solidariedade de todas a essas pessoas que partilham a dor de Oskar.
Atrevo-me a dizer que uma solução na história beira à pieguice. Sandra Bullock, a mãe que foi praticamente esquecida no desenrolar do filme, revela que sabia de tudo e seguia os passos do filho. Até elaborava mapas com endereços dos Black, como recomendava o pai, nos jogos. Parece uma solução um pouco forçada para marcar um fim de luto e um fim de crise, que - diga-se de passagem -, algum dia precisaria terminar!
Entretanto, Stephen Daldry dá uma lição de vida para o mais comum dos mortais. Nos ensina que muitas vezes as grandes perdas alertam para mudanças que precisam ser feitas na vida de cada um. Por maior que seja a crise, por maior que seja a dor, ela poderá levar à mudanças interiores, que poderão trazer o amadurecimento, a compreensão de si mesmo e apontar para dias melhores. A grande crise poderá levar ao enfrentamento dos medos, nem que seja por 20 segundos! Assim Oskar, você e eu poderemos descobrir que enfim não sabíamos que poderíamos de ir muito além de nosso próprio destino, quem sabe, um dia?
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