Primeiro, eu pensei não sei bem porque alguém que tem dois cachorrinhos adoráveis como eu, deixa os dois sozinhos em casa, para vir ao cinema assistir Bolt, o super cão.
Primeiro deve ser por isso mesmo, por amar tanto os cachorros e se enxergar na tela de alguma maneira.
Outra razão é ser criança de novo! E por falar em crianças, onde estão as crianças? Não foram assistir ao Bolt! Pobrezinhas das crianças de hoje, não sabem o que perderam.
Enfim, ganhei meus óculos de terceira dimensão, medi as cadeiras e sentei bem no centro da fileira, as duas vezes que fui assistir ao Bolt. Amei o filme, é adorável e os efeitos em 3D são geniais.
Assistimos ao filme com diversos planos de profundidade, as coisas acontecem junto de nós, num plano intermediário ou ao fundo. Parece que as pontas de cordas ou fios vão nos tocar ou que o Bolt vai cair em cima de nós, quando ele literalmente voa. E aquela bolinha voando ou pulando era o mais engraçadinho.
A animação é excelente. Como conseguiram fazer uma caricatura perfeita das pessoas? Em que a linguagem corporal diz tudo do personagem? Notaram o olhar da empresária e a boquinha que ela fazia? E o que dizer da mãe gorda da menina atriz? Com seu cabelo grosso e duro daqueles que o vento pode bater, mas que não se move? Outro detalhe, observe o tamanho do pezinho da gorda, em relação ao seu rosto; para não falar nos tiques do empresário que queria sempre pendurar os assuntos que não lhe interessava resolver.
E o que dizer do adorável personagem do hamster? Um deslumbrado, fora da casinha como diria a Niara, mas literalmente dentro da bolha de vidro, e que não desiste de suas convicções.
Um personagem que disputa a atenção dentro do filme é a gatinha. Ela é o personagem que sabe das coisas, que compreende o que acontece. Se no início é uma gatinha mentirosa, depois é ela que faz Bolt entender que não é um super herói, que é amado por sua dona; que é bom ser um simples cãozinho, que entre outras coisas pode correr em torno do próprio rabo e pode usar todo o piso da sala ou da cozinha como prato.
Também é ela que afirma que os seres humanos amam os animais, mas depois vão embora levando o seu amor consigo. Como se diz, ela era uma gatinha escaldada, que tinha enfrentado muitas batalhas. Isto sim é triste e é verdadeiro. Além do que, a maneira de falar, a boca e os dentinhos da gatinha são a própria graça. E é ela que consegue para o Bolt um apartamento “deconstrutivista”, mas ele precisa voltar para a sua humana. E eles correm, quase voam cantando, “ O melhor lugar para se viver é o seu apartamento porque ele também é seu”.
Finalmente, a cena inesquecível, Bolt: como o melhor amigo de sua humana, não hesita em sacrificar-se por ela. Quando a menina, vencida pelo fogo, desmaia, ele enfia o focinho embaixo de seu braço e se aninha, preparando-se para morrer junto com a dona. Algum de nós já percebeu o quanto somos importantes para eles? Acho que nem de longe o ser humano tem essa percepção.Bolt, o supercão é um programa imperdível. Não esqueça, leve uma criança ao cinema ou vá sozinho mesmo.
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